quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cidades portuguesas ficam à margem dos destinos da “nova vaga de internacionalização”, segundo estudo da KPMG

A empresa de consultadoria KPMG acaba de publicar um excelente trabalho, designado por “Exploring Global Frontiers: The New Emerging Destinations”, onde são identificados 31 destinos que vão liderar a nova vaga de internacionalização, sobretudo ao nível da externalização de serviços (“outsourcing services”).

Na opinião da KPMG os actuais destinos de investimento começam a estar saturados e por isso começam a surgir novas localizações, sobretudo em mercados emergentes, que oferecem excelentes pacotes de incentivos, recursos humanos qualificados e disponíveis e que se localizam em mercados locais ou regionais de dimensão e em forte crescimento.

Os 31 destinos seleccionados foram os seguintes:

Europa, Médio Oriente e África
Sofia (Bulgária)
Zagreb (Croácia)
Cairo (Egipto)
Port Louis (Maurícias)
Belfast (Irlanda do Norte)
Gdansk (Polónia)
Cluj-Napoca (Roménia)
Rostov-on-Don (Rússia)
Belgrado (Sérvia)
Tunis (Tunísia)
Lviv (Ucrânia)


América do Norte e do Sul

Buenos Aires (Argentina)
Campinas (Brasil)
Curitiba (Brasil)
Calgary (Canadá)
Winnipeg (Canadá)
Santiago (Chile)
Guadalajara (México)
Queretaro (México)
Boise (EUA)
Indianapolis (EUA)


Ásia, Índia, Japão e Austrália

Brisbane (Austrália)
Changsha (China)
Hangzhou (China)
Ahmedabad (Índia)
Jaipur (Índia)
Nagpur (Índia)
Penang (Malásia)
Davao City (Filipinas)
Lloilo City (Filipinas)
Ho Chi Minh City (Vietname)

Como se constata, no caso do Continente Europeu, ganham especial relevância novas localizações na Europa Central e Oriental face à perda de competitividade e de atractividade de destinos na “Velha Europa”, entre os quais se incluem Portugal e Espanha. Aliás, esta é uma tendência que se tem consolidado nos últimos anos e que deveria obrigar a uma reflexão aprofundada sobre o posicionamento e o papel de Portugal nos fluxos internacionais de investimento directo estrangeiro.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O BES e a internacionalização empresarial

O Banco Espírito Santo (BES) está a fazer um excelente trabalho no apoio à internacionalização das empresas portuguesas.

A equipa do BES que trabalha nesta área da internacionalização tem vindo a desenvolver múltiplos e variados trabalhos que vão desde o estudo e acompanhamento regular dos mercados externos, a produção de informação geral e sectorial sobre esses mercados, a realização de acções promocionais em Portugal e no estrangeiro (missões empresariais, seminários, convites a investidores para visitarem Portugal, entre outros) e o apoio aos seus clientes no exterior (utilizando a rede internacional do BES).

Todas estas actividades têm obedecido a uma estratégia que se tem revelado muito eficaz para os clientes do BES que participaram nestas acções, talvez pela sua consistência, rigor e sustentabilidade.

Para ilustrar o que referimos anteriormente, aqui vão alguns exemplos de acções que irão ser realizadas, nos meses de Outubro e Novembro, pelo BES:

i) Organização da 5ª missão empresarial a Angola, desta vez incidindo sobre os sectores da agricultura e agro-pecuária, educação/formação e saúde (esta aposta de acções promocionais sectoriais é a que faz sentido no actual estádio de desenvolvimento da economia angolana e do relacionamento Portugal-Angola). Nos últimos 3 anos, o BES já fez missões a Marrocos, Argélia, Líbia, Dubai, Angola e Brasil, envolvendo mais de 300 empresários.

ii) Dinamização do “Jour du Maroc”, no Porto, com o envolvimento de diversas empresas e entidades marroquinas.


iii) Realização do “Fórum Portugal Exportador”, em conjunto com a AIP-Associação Empresarial Portuguesa e com a AICEP.

Este tipo de actuação de entidades como o BES, e que é seguido de forma mais modesta por outras instituições bancárias como o Grupo Millennium BCP, Caixa Geral de Depósitos e Banco Santander Totta, vai obrigar, no curto prazo, ao reposicionamento estratégico de outros actores públicos e privados portugueses envolvidos na área da internacionalização. A acompanhar!


P.S. – Declaração de interesses: não sou cliente do BES, nem conheço pessoalmente os elementos da sua “task force” de internacionalização.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PS consegue um bom resultado eleitoral

O PS ganhou as eleições legislativas de ontem. Alcançou um bom resultado eleitoral. Vamos agora entrar numa nova fase da vida politica portuguesa, em que o PS irá governar sem maioria absoluta. As próximas semanas vão ser politicamente muito intensas. Vão estar na agenda politica o processo de constituição do novo governo; os eventuais "esclarecimentos" de Cavaco Silva sobre o tema das "escutas"; a evolução da situação interna no PSD; o arranque da campanha para as autárquicas; as disputas eleitorais nos concelhos de Lisboa, Porto, mas certamente também em Oeiras, Almada, Sintra, Gondomar, Matosinhos, Felgueiras, Faro e Setúbal; e, não nos devemos esquecer, a crise económica e financeira que continua a afectar as economias europeias, e nomeadamente a portuguesa. Alguns casos mais mediáticos na área económica, e que arrastam há já muito tempo, deverão também resolvidos com a máxima urgência, sob pena de enfraquecerem a posição e a imagem do Primeiro-Ministro e do novo governo como são os "dossiers" BPP, BPN, TGV, NOVO AEROPORTO, TAP, QUIMONDA, AEROSOLES e até LA SEDA BARCELONA. Na área externa, o referendo na Irlanda, a questão do Irão, a situação no Afeganistão e a eleição na nova Comissão Barroso vão ser temas a acompanhar nas próximas semanas. Entretanto, aguardamos também com alguma expectativa a implementação do Pacto para a Internacionalização que constava do programa eleitoral do PS.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Eu Voto PS

Nas eleições do próximo Domingo, votarei PS.
Da minha parte, não seria honesto e correcto para todos aqueles que vão lendo este blogue se não partilhasse convosco esta decisão.
Ficamos a aguardar com alguma expectativa por Domingo à noite para vermos qual será o sentido de voto da maioria dos portugueses.

2009: Ano de França no Brasil


O Governo francês, através da UBIFRANCE, uma das mais dinâmicas agências públicas de promoção das exportações e da internacionalização das empresas, está a dinamizar, em várias cidades brasileiras, “L’ année de la France au Brésil”. Trata-se de conjunto muito diversificado, integrado e temporalmente concentrado (cerca de 6/7 meses) de acções de promoção económica, empresarial, cultural e da imagem-país que têm vindo a ser realizadas, anualmente, em diversos países estratégicos para os interesses franceses, tendo este ano sido seleccionado o Brasil.

Esta campanha iniciou-se no passado dia 21 de Abril e vai prolongar-se até ao próximo dia 15 de Novembro e prevê a promoção de 12 sectores relevantes e prioritários nas relações comerciais e de cooperação franco-brasileiras (bens de consumo, agricultura e fileira alimentar, infra-estruturas de transporte e construção, energia, petróleo e gás, ambiente, máquinas e equipamentos, automóvel, aeronáutica, tecnologias da informação e comunicação, saúde e farmácia e turismo), e a realização de diversas iniciativas “umbrella” sobre a capacidade da oferta francesa de bens e serviços, para além de acções com os principais órgãos de comunicação social brasileiros, eventos de natureza cultural, entre outros. Todas estas iniciativas têm sido apoiadas ao mais alto nível político, com a participação e envolvimento directo do próprio Presidente francês e de vários ministros. Ainda é cedo para se avaliarem os resultados desta campanha, mas para já há assinalar o importante contrato no domínio da defesa e da transferência de tecnologia militar assinado recentemente entre os dois países.

A França é o 8º parceiro económico do Brasil. Em 2008, o comércio bilateral ultrapassou os 6 mil milhões de euros, tendo crescido 135% nos últimos 5 anos, e a França é o 6º investidor estrangeiro no Brasil, estando os investimentos franceses no país avaliados em cerca de 12,2 mil milhões de euros.



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

It's time to explore new markets....

Numa altura em que em Portugal a problemática da internacionalização das empresas e está no centro da agenda política e em que se discutem, mais uma vez, os modelos de “diplomacia económica” (ou antes diplomacia comercial?) e o papel dos seus actores no “terreno”, no Reino Unido, a entidade estatal responsável pela promoção do investimento e das exportações – a UK Trade & Investment -, dá passos concretos no apoio à entrada de empresas inglesas em novos mercados. Assim, para além de realizar um conjunto de estudos (veja aqui, aqui e aqui) onde chama a atenção para a preponderância dos novos mercados, mas também para os obstáculos e dificuldades existentes na abordagem dos mesmos, a UK Trade & Investment lançou também um programa de apoio à internacionalização devidamente adaptado, quer ao perfil das empresas suas “clientes”, quer às características e exigências desses mercados.

Face a este tipo de exemplos que apenas vêm confirmar a importância que é hoje atribuída por Estados, empresas e outras entidades da sociedade civil ao tema da internacionalização da economia e das empresas, esperamos que José Sócrates possa vir a ter oportunidade de implementar o “Pacto para a Internacionalização” que consta do programa eleitoral do Partido Socialista.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Leituras: “Foreign Direct Investment in Spain’2009”

A Invest in Spain, agência espanhola de promoção e captação de investimento estrangeiro, publicou o seu relatório anual onde é analisada com bastante detalhe a evolução do investimento directo estrangeiro (IDE) em Espanha e a sua contribuição para a economia espanhola. Trata-se de uma das “boas práticas” desta agência: informa os agentes económicos, imprensa e público em geral sobre as principais características e tendências do IDE em Espanha; destaca a relevância do IDE para o desenvolvimento da economia espanhola; e chama a atenção para a importância do trabalho desenvolvido pela Invest in Spain.

World Investment Report'2009

O World Investment Report’2009 (WIR) da UNCTAD já está disponível. Este ano, e para além da análise da actual crise económica e financeira e das suas implicações nos fluxos de investimento internacionais, o WIR dá particular destaque à crescente relevância dos investimentos no sector agrícola, nomeadamente em países em vias de desenvolvimento. Veja também aqui a informação sobre Portugal ("Country fact sheet: Portugal") que consta do WIR.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

3rd EU-Africa Business Forum

O 3º EU-Africa Business Forum vai ter lugar em Nairobi (Quénia), nos próximos dias 28 e 29 de Setembro. Na última edição deste Business Forum, realizada, em 2007, em Accra (Ghana), foi elaborado um documento com um conjunto de recomendações para melhoria do ambiente de negócios em África. Ficamos a aguardar as sugestões deste ano!

Negócios com Timor Leste (2)

aqui havíamos chamado a atenção para a importância do reforço da presença empresarial portuguesa em Timor Leste, face à relevância do envolvimento politico e institucional de Portugal com este país lusófono. Hoje surgem na imprensa duas boas noticias: (1) o anúncio da criação pelo governo português de uma linha de crédito de ajuda com uma dotação inicial de 100 milhões de euros, podendo ser aumentada até 500 milhões, que se destina a financiar projectos de investimento em infra-estruturas, com a participação de empresas portuguesas, tendo como áreas prioritárias a energia, transportes e comunicações, saúde e educação; (2) e o anúncio de novos investimentos da Portugal Telecom, sobretudo ao nível do lançamento da banda larga e da internacionalização do Portal Sapo para Timor Leste. Para que a primeira das medidas (a linha de crédito) possa trazer resultados vantajosos e duradouros para ambas as partes, a portuguesa e a timorense, é necessário fundamentalmente implementar, no curto-prazo, as seguintes iniciativas: (1) informar e divulgar as condições da referida linha de crédito junto do tecido empresarial português, a par das características e da forma de fazer negócios no mercado de Timor; (2) garantir o envolvimento sustentado de empresas portuguesas de grande e pequena e média dimensão; (3) e apoiar localmente, através das entidades oficiais portuguesas presentes no "terreno", estas empresas nos contactos com as autoridades timorenses e parceiros locais.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Itaú Unibanco - Conselho Consultivo para a Internacionalização

O Itaú Unibanco, um dos mais importantes grupos bancários brasileiros, criou um Conselho Consultivo Internacional, liderado pelo ex-ministro da Fazenda brasileiro, Pedro Malan, que tem por objectivo auxiliar e apoiar esta instituição bancária no seu processo de internacionalização. Na opinião de Pedro Malan, o aumento da presença de empresas brasileiras no exterior (as chamadas "multinacionais verde amarelas") criam oportunidades claras de negócios que deverão ser aproveitadas pelo Itaú Unibanco.
O Conselho Consultivo Internacional do Itaú Unibanco será, numa primeira fase, constituido por 10 elementos: o economista André Lara Resende, um dos criadores do Plano Real; o presidente da Renault Nissan, Carlos Ghosn; o ex-presidente do banco de investimentos Merrill Lynch e do Banco de Israel, Jacob Frenkel; o sócio da AmBev e da AB-InBev, Marcel Telles; o ex-secretário da Fazenda do México Pedro Aspe; o ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Raghuram Rajan; o ex-presidente do McDonald's na América Latina, Woods Staton; além dos presidentes executivo e do conselho de administração do Itaú Unibanco, Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles.
Por cá, e ao nível do sector público, o Ministro da Economia e das Finanças anunciou recentemente a criação de um Conselho Coordenador da Internacionalização, que será presidido por Francisco Van Zeller, Presidente da Confederação da Industria Portuguesa. Aguarda-se a restante composição deste órgão. A acompanhar!

Best Global Brands'2009

A Coca-Cola lidera o ranking "Best Global Brands'2009" da consultora Interbrand. Na lista "Top 100 Brands" surge apenas uma empresa da Península Ibérica: a Zara na 50ª posição.

Guiné-Equatorial

Não é só em Portugal que começam a surgir empresas interessadas em realizarem negócios e/ou em instalarem-se na Guiné-Equatorial. Também no Brasil se está a dar algum destaque às oportunidades de negócios existentes neste pequeno país da África Subsaariana, com o estatuto de observador da CPLP e um dos principais produtores de petróleo africanos. A acompanhar!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Angola e China: o fim da lua-de-mel?

A imprensa de hoje, e nomeadamente o Diário Económico, faz referência ao facto da Sonangol, petrolífera estatal angolana, não estar a autorizar as petrolíferas estatais chinesas CNOOC e SINOPEC a comprarem uma participação de 20% no bloco 32 à empresa norte-americana Marathon International Petroleum. Adiantam ainda, com base na opinião de alguns analistas, que este episódio pode significar o “fim da lua-de-mel” entre China e Angola. Na nossa opinião, não se trata do “fim da lua-de-mel” e da forte relação económica e politica que une estes dois países. Trata-se antes de mais, de um sinal que as autoridades angolanas pretendem dar ao Governo chinês que não estão “reféns” ou “dependentes” da sua ajuda económica e financeira e que pretendem, como até aqui, continuar a ter um grupo alargado e diversificado de parceiros económicos e comerciais, entre os quais se inclui, obviamente, a China. Esta tem sido a estratégia que inteligentemente as autoridades angolanas têm vindo a seguir, nos últimos anos, quando alguns dos seus principais parceiros económicos começam a ganhar uma “exagerada” relevância ou protagonismo na vida económica e politica angolana. Sinais como o que agora foi dado à China, já foram mostrados, em diversos momentos, a países como a antiga União Soviética, Cuba, EUA, Brasil, França e África do Sul, e até a algumas organizações internacionais - como as Nações Unidas, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e União Europeia - e são “permanentemente” enviados a Portugal. Aliás, a esta posição mais recente tomada em relação a interesses chineses, não será alheia a decisão do governo de Angola em retomar e reforçar o relacionamento com o Fundo Monetário Internacional, em relação ao qual está agora interessado em obter um financiamento de dois mil milhões de dólares para reestruturação e desenvolvimento da economia angolana.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Durão Barroso consegue segundo mandato como Presidente da Comissão Europeia


Durão Barroso foi eleito para Presidente da Comissão Europeia por uma maioria clara de votos do Parlamento Europeu. Esperamos que este 2º segundo venha a ser diferente, para melhor, da forma como geriu os assuntos comunitários nos cinco do seu primeiro mandato. Segue-se agora a indicação e nomeação dos restantes membros da sua equipa, onde Durão Barroso poderá ter alguma influência, tendo em atenção a posição fortalecida com que saiu ontem do Parlamento Europeu.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Doing Business 2010


O Banco Mundial divulgou esta semana a edição de 2010 do relatório “Doing Business”. Portugal está classificado na 48ª posição deste ranking, o mesmo lugar alcançado em 2009, e ainda longe dos resultados atingidos pelos países mais desenvolvidos do Norte da Europa e das maiores potências Europeias, como a Alemanha, a França ou o Reino Unido. Aliás, os 3 melhores países para "fazer negócios" são Singapura, Nova Zelândia e Hong Kong.
O relatório "Doing Business" mede o clime de investimento global de um país com base em 10 indicadores: "the ease of doing business; setting up a business; dealing with construction permits; employing workers; registering property; access to credit; investor protection; paying taxes; trading across borders; enforcing contracts, and closing businesses."
De acordo com o "Doing Business 2010", os países menos desenvolvidos e alguns mercados emergentes foram aqueles que efectuaram um maior número de reformas com vista a facilitar a criação de empresas e a realização de negócios, com destaque para os progressos alcançados na Europa Central e Oriental e na Ásia Central. Este ano, e pela primeira vez, um país da África Subsaariana, o Rwanda, foi considerado o “world’s top reformer”.

Alguns dos países com quem temos relações económicas mais estreitas, como são o caso dos PALOP, Brasil e alguns dos países do Norte de África, apresentam (ainda) um ambiente de negócios pouco favorável.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Governo espanhol promove encontro para concertação das políticas públicas de apoio à internacionalização

Num momento particularmente difícil e decisivo para a economia espanhola e para o seu sector exportador, o governo de Rodriguez Zapatero, decidiu dar prioridade à realização, em Valência, de um encontro do “Consejo Interterritorial de Internacionalización” (CII), com o objectivo de coordenar e concertar todas as politicas politicas de apoio à internacionalização.

No CII estão representados o Ministério da Industria, Turismo e Comércio, o ICEX-Instituto Espanhol do Comércio Externo, todas as agências e entidades autonómicas ligadas à promoção da internacionalização, o CSC-Conselho Superior de Câmaras de Comércio e a CEOE – Confederação Patronal espanhola.

O encontro de Valência, em que também foram convidados a participar representantes da Invest in Spain, agência espanhola de promoção e captação de investimento estrangeiro, foi precedido de uma conferência a cargo de Stephane Garelli, professor da Universidade de Lausanne e Director do World Competitivess Center, sobre a situação actual e cenários futuros para a economia mundial.

Empresas polacas com capitais portugueses no ranking "Top 500 Companies in Central Europe 2009" da Deloitte

Notável!

A Jeronimo Martins Dystrybucja (Biedronka), empresa de distribuição alimentar polaca do Grupo Jerónimo Martins, é 29ª maior empresa da Europa Central, segundo o ranking "Top 500 Companies in Central Europe 2009" da empresa de consultadoria e auditoria Deloitte. Por sua vez a Eurocash, outra empresa polaca do sector da distribuição alimentar participada e liderada por Luis Amaral, ocupa a 93ª posição da mesma lista.

Por outro lado, o Bank Millennium, banco polaco do Grupo MillenniumBCP, é o 18º maior banco da Europa Central, segundo o ranking "Banking TOP 50" da Deloitte.

A internacionalização destas 3 empresas para a Europa Central e Oriental, e nomeadamente para a Polónia, foi uma aposta ganha, apesar das dificuldades iniciais que enfrentaram no mercado polaco e dos obstáculos e resistências que algumas delas tiveram, inclusive, que ultrapassar em Portugal. Estes são 3 "case studies" que deveriam ser obrigatoriamente estudados nas cadeiras de marketing internacional/gestão internacional das escolas de gestão portuguesas. Demonstram a forte competitividade de algumas empresas portuguesas nos principais mercados internacionais e revelam a grande capacidade de gestão, de liderança, de inovação e de resiliência do respectivo "management", em Portugal e na Polónia, constituído fundamentalmente por gestores portugueses.
Gratulacje i powodzenia Biedronka, Eurocash e Millennium Bank!


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Leituras: "O homem certo para gerir uma empresa é uma mulher"

Rosália Amorim, editora da revista Exame, lança hoje um livro sobre a vida das mulheres no mundo dos negócios com base em testemunhos de 25 mulheres executivas portuguesas. Esta obra tem por titulo "O homem certo para gerir uma empresa é uma mulher", um prefácio assinado pela médica psicóloga Isabel Rodrigues e será apresentada esta tarde na FNAC Chiado pelo director-adjunto do Expresso, Nicolau Santos. Trata-se de uma problemática bastante actual e relevante, mas que tem sido pouco estudada em Portugal, e que é aqui abordada por um dos melhores e mais seguros valores do jornalismo económico português.

domingo, 13 de setembro de 2009

Sobre os 10 debates da pré-campanha eleitoral

Concordo inteiramente com a Ana Gomes quando escreve aqui que "Durante os 10 debates realizados nesta pré-campanha, não se ouviu uma palavra a nenhum dos líderes sobre política de defesa, a política externa, as relações transatlânticas, a diáspora portuguesa e, sobretudo, sobre a Europa.Dir-me-ão que isso não dá votos. Mas atesta bem o grau de provincianismo que cultivamos." Acrescentaria ainda que não ouvimos também qualquer referência ao relacionamento de Portugal com os Países de Lingua Oficial Portugal, particularmente com o Brasil e com Angola, e com Espanha (parece que neste caso se esgota na questão do TGV...)! A que se deve este facto? Será que hoje não conseguimos olhar além-fronteiras?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Logoplaste na Ucrânia

De acordo com o Diário Económico de hoje, a Logoplaste está em fase de consolidação do seu investimento industrial na Ucrânia, tendo para o efeito obtido um financiamento de 4,1 milhões de euros junto do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).
Trata-se de um dado relevante no processo de internacionalização das empresas portuguesas para os Países da Europa Central e Oriental (PECO), e nomeadamente para o mercado ucraniano.
Apesar da instabilidade política e económica que este país atravessa, a Ucrânia será a curto-médio prazo o mercado de expansão natural para as empresas internacionais já presentes em outros mercados dos PECO, e nomeadamente para as empresas portuguesas instaladas na Polónia, Hungria, Rep. Checa e Roménia. Para estas empresas, e fundamentalmente para as de média e grande dimensão e para as que actuam no sector da consultadoria de engenharia e de gestão, o BERD poderá vir a constituir um importante parceiro financeiro (veja aqui um ponto de situação recente sobre "Portugal e o BERD"), a par de outas instituições bancárias portuguesas presentes na Europa Central e Oriental (Grupo MillenniumBCP, Banco Espírito Santo e Banco Mais/BANIF).

Governo cria linha de crédito para promover a internacionalização de marcas

As empresas ou inventores individuais que pretendam registar marcas e patentes fora de Portugal podem, a partir de hoje e durante os próximos três meses, recorrer a uma nova linha de apoio à internacionalização de patentes (LAIP) do Ministério da Justiça que disponibilizará entre 50% a 90% das despesas, até um limite máximo de 8 mil euros por pedido. A portaria que regulamente o apoio foi ontem publicada em Diário da República.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Portugal não faz parte da “short list” da Tata Motors

Segundo o jornal económico espanhol Cinco Dias, o conglomerado empresarial indiano Tata Motors pretende construir uma unidade de montagem de automóveis eléctricos na Europa. Na “short list” de possíveis localizações para este importante investimento estão duas comunidades espanholas (Catalunha e Andaluzia), o Reino Unido e a Noruega. Nesta altura, diversas fontes referem que o país melhor posicionado para acolher este projecto é a Noruega, onde a Tata Motors já possui uma fábrica de pilhas para automóveis eléctricos, em parceria com o empresa local Miljo Greenlands, mas o governo de Rodriguez Zapatero e as autoridades da Catalunha e da Andaluzia estão muito empenhados em conseguir captar este investimento do construtor indiano.

Portugal não faz parte da “short list” da Tata Motors.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Leituras: Second Joint Strategic Framework (Germany, Netherlands, Portugal and United Kingdom) – African Development Bank

A “constituency” que representa a Alemanha, Holanda, Portugal e o Reino Unido na administração do Banco Africano de Desenvolvimento, com sede em Tunis, publicou um excelente documento de estratégia sobre as prioridades e linhas gerais de orientação que irão defender, no período 2009-2011, junto desta instituição internacional de financiamento.

Investment Climate Survey in Poland

A PAIiIZ – Agência Polaca de Informação e Investimento Estrangeiro acaba de anunciar o lançamento da 3ª edição da “Investment Climate Survey in Poland”, com a colaboração das 14 câmaras de comércio bilaterais existentes na Polónia.

O “Investment Climate Survey in Poland” é um inquérito realizado regularmente pela PAIiIZ junto das empresas polacas com capitais estrangeiros com o objectivo de avaliar o ambiente e as condições de negócio neste mercado da Europa Central e Oriental.

Em 2004 e 2007, a Delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Varsóvia, realizou, sob a coordenação e supervisão do signatário, um trabalho com características semelhantes, no âmbito do Barómetro do Investimento Português na Polónia, mas dirigido apenas ao universo das empresas polacas com capitais portugueses. Os inquéritos de 2004 e 2007 do Barómetro do Investimento Português na Polónia foram, na altura, amplamente divulgados e tiveram por finalidade a recolha de informações objectivas sobre o comportamento das empresas portuguesas instaladas na Polónia, no que se refere aos seguintes aspectos: caracterização global deste conjunto de empresas; factores que estiveram na origem do investimento; formas de investimento (modos de entrada) mais utilizadas; estratégias de interacção com o meio sócio-económico; intenções de expansão e de internacionalização; dificuldades e constrangimentos que as empresas enfrentaram em diversas fases da sua actividade; níveis de confiança dos empresários e opiniões sobre o “ambiente empresarial”; apoios ao investimento mais utilizados; tipo de intervenção que as empresas esperam que seja efectuada/dinamizada localmente por parte de entidades públicas e privadas portuguesas; avaliação dos serviços da Delegação da AICEP em Varsóvia; entre outros aspectos. Veja aqui, aqui e aqui as informações recolhidas no âmbito do Barómetro do Investimento Português na Polónia.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Relatório da OCDE assinala melhorias na educação em Portugal

A OCDE divulgou hoje a edição de 2009 da publicação "Education at a Glance" onde confirma a existência de mais alunos e de melhores resultados escolares em Portugal no ano lectivo de 2006/07, período de referência da publicação.
Entre as principais conclusões sobre o sistema educativo português que constam da referida publicação , e segundo nota do Ministério da Educação, destacam-se os seguintes factos:

" Número de alunos matriculados
O número de alunos matriculados no sistema de ensino cresceu em Portugal. A percentagem de alunos entre os 15-19 anos inscritos no sistema de ensino atingiu os 77%, mais 4 pontos percentuais do que em 2004/05. A média da OCDE situou-se nos 82%. A distância de Portugal para a média dos países da OCDE passou dos 8 pontos percentuais, em 2004/05, para 5 pontos percentuais em 2006/07.


Taxas de transição no ensino secundário

A taxa líquida de transição no ensino secundário atingiu 65%, mais 14 pontos percentuais do que em 2004/05 (51%), iniciando a aproximação à média observada para os países da OCDE (82%). Em 2004/05, a média da OCDE situava-se nos 80%. Portugal reduziu, no espaço de dois anos, 12 pontos percentuais na distância que o separa dos países da OCDE.


Qualificação da população
A percentagem da população portuguesa dos 25-34 anos que concluiu pelo menos o ensino secundário atingiu os 44%, contrastando com os 29% observados no início da década. A média da OCDE situou-se nos 79%, demonstrando a necessidade de medidas de política, como a da escolaridade obrigatória até aos 18 anos de idade e o reforço do apoio às famílias na educação dos seus filhos, que permitam mais rapidamente aproximar Portugal dos países da OCDE.


Investimento na Educação: Recursos Financeiros

A despesa pública em educação como percentagem do PIB foi de 3,7, valor superior à média observada nos países da OCDE (3,5%). A percentagem da despesa corrente atingiu 98,1%, enquanto nos países da OCDE a média situou-se nos 92%. Em Portugal, cerca de 80% das despesas correntes respeitavam a salários. No topo da carreira os professores portugueses continuam a ser dos mais bem remunerados do espaço da EU e da OCDE.


Horas de instrução por ano durante a escolaridade obrigatória
Em Portugal, os alunos com 15 anos tinham em média por ano 821 horas de instrução. A média dos países da OCDE era de 921 horas. Na faixa etária dos 12 aos 14 anos, a média em Portugal atingiu 880 horas de instrução, situando-se a média dos países da OCDE nas 892 horas. A relação altera-se no 1.º ciclo do ensino básico. Em Portugal a média de horas de instrução por ano, para os alunos com 7 e 8 anos, foi de 855, mais 86 horas, em média, do que nos países da OCDE (769 horas).


Dimensão das turmas
Em Portugal, no primeiro e no segundo ciclos do ensino básico, o número de alunos por turma era de 19,7, enquanto nos países da OCDE a média era de 21,4.

O menor número de alunos por turma, em Portugal, verifica-se também no 3.º ciclo do ensino básico; 22,3 alunos por turma em Portugal, 23,9 alunos por turma nos países da OCDE.


Relação alunos por Professor
No primeiro e no segundo ciclos do ensino básico, o número de alunos por professor era de 11,8, em Portugal, contrastando com os 16 alunos por professor nos países da OCDE. No terceiro ciclo do ensino básico a relação era de 7,9 alunos por professor, enquanto nos países da OCDE a média se situava nos 13,2 alunos por professor. No ensino secundário, Portugal apresentava um rácio de 8,4 alunos por professor, enquanto nos países da OCDE a relação era de 12,5 alunos por professor. "
Mais informações sobre este assunto podem ser obtidas aqui.

Global Competitiveness Report 2009-2010

Segundo o “Global Competitiveness Report 2009-2010” (GCR) hoje divulgado pelo World Economic Fórum, Portugal manteve a 43ª posição , alcançada o ano passado, no índice global de competitividade numa lista liderada pela Suíça, seguida dos EUA, Singapura, Suécia e Dinamarca. No contexto da UE27, Portugal situou-se à frente de países como a Itália (48ª) ou a Grécia (71ª), mas atrás de alguns dos países dos últimos alargamentos da UE, como a Rep. Checa (31ª), Chipre (34ª), Estónia (35ª) e Eslovénia (37ª) e até de alguns países do Magrebe e Próximo Oriente, como são os casos da Tunísia (40ª) e Israel (27ª).
No índice de competitividade deste ano foram também classificados outros países lusófonos, como foram os casos do Brasil (56ª posição), Timor Leste (126ª) e Moçambique (129ª).

IDE na Europa Central e Oriental: Procter & Gamble reforça aposta na Polónia

No próximo dia 23 de Setembro, a multinacional Procter & Gamble vai inaugurar em Aleksandrów Łódzki, Polónia, mais um projecto de investimento, desta vez uma unidade industrial de produtos de cosmética, que empregará 300 trabalhadores e que custou cerca de 50 milhões de USD. Trata-se do 3º projecto empresarial relevante desta multinacional no mercado polaco, depois dos investimentos realizados na unidade industrial de Targówek (Varsóvia) e da implantação, em Lodz, da maior fábrica do mundo de lâminas para barbear da marca Gillete que emprega actualmente 3 200 trabalhadores e que custou 500 milhões de USD. Ou seja, apesar da crise económica e financeira internacional e das dificuldades que estão a passar algumas das economias da Europa Central e Oriental, a Polónia continua a ser um mercado muito competitivo e atractivo ao nível da captação de investimento directo estrangeiro (IDE), sobretudo face aos mercados da Europa do Sul, nomeadamente Portugal e Espanha. Aliás, em 20.05.2004, numa entrevista concedida ao Semanário Económico, o economista e Prémio Nobel Paul Krugman já alertava para o impacto do alargamento da União Europeia na economia portuguesa e apontava a Polónia como o principal concorrente de Portugal na captação de IDE.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Expat Explorer Survey' 2009 - HSBC Bank International

Já está disponível a edição de 2009 da "Expat Explorer Survey from HSBC Bank International". Desta vez foram entrevistados cerca de 3 000 expatriados que partilharam as suas experiências de trabalho e residência em 50 países. Veja aqui os resultados.

Negócios em Timor Leste

De acordo com o Jornal de Negócios, a empresa Visabeira Global, através da sua participada Viatel, vai avançar com uma operação em Timor Leste em parceria com a Nokia Siemens Networks, avaliada em 3,1 milhões de euros. Uma boa noticia para os interesses portugueses em Timor-Leste. No entanto, num país onde Portugal tem tido um papel preponderante no âmbito da ajuda pública ao desenvolvimento e que tem constituído uma das principais prioridades da nossa política externa, seria interessante perceber e conhecer, em termos globais, a intervenção empresarial portuguesa em Timor Leste e também as principais dificuldades, desafios e oportunidades que se colocam a estas empresas e a todas as outras que pretenderem abordar deste mercado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

E-Business Entrepreneurs From Around the Globe to Convene in China for APEC SME Summit

A APEC SME (Small and Medium Entreprises) Summit deste ano vai ter lugar nos dias 11 e 12 de Setembro, em Hangzhou (China), sob o tema "Small is Beautiful, numa organização do AlibabaGroup (a maior empresa de e-commerce na China), Singapore Business Federation, The Chinese Council for the Promotion of International Trade (CCPIT) e People`s Municipal Government of Hangzhou. São esperados 3000 participantes oriundos de 20 países.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Caixa Geral de Depósitos considerado um dos bancos mais seguros do mundo

A revista Global Finance acaba de publicar a lista anual dos 50 bancos mais seguros do mundo - “World’s 50 Safest Banks’2009”. Neste prestigiado ranking surge um único banco português: a Caixa Geral de Depósitos na 34ª posição. Espanha tem 4 bancos nesta classificação da Global Finance: Banco Santander (13ª posição), BBVA ( 20ª), Banesto (25ª) e La Caixa (30ª). Será que esta sustentabilidade e capacidade financeira do Grupo Caixa Geral de Depósitos, decorrente, sobretudo, da natureza do seu principal accionista (Estado), não poderia ser mais e melhor utilizada no apoio ao desenvolvimento, modernização e, fundamentalmente, internacionalização das pequenas e médias empresas portuguesas?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Leituras: "Outsourcing's third wave"

A revista Economist publicou há algumas semanas um excelente artigo com o titulo "Outsourcing's third wave" sobre as aquisições de terra que estão a ser feitas em larga escala em África, América Latina e Ásia por empresas privadas ou para-estatais de países como a China, Índia, Qatar, Bahrain, Arábia Saudita, EUA e Reino Unido, e suas aplicações. Sobre este assunto veja também o relatório "Land grabbing” by foreign investors in developing countries" do International Food Policy Research Institute e o seminário que sobre o referido tema foi realizado no Woodrow Wilson International Center for Scholars.

Leituras: "Hillary em África"

O jornal Expresso publicou no passado fim-de-semana um artigo muito interessante da autoria de Luís Todo Bom, com o titulo "Hillary em África", sobre o relacionamento político e económico de Portugal com os PALOP - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Polónia recorda o dia de início da II Guerra Mundial

Assinala-se hoje em Gdansk, norte da Polónia, o dia de início da II Guerra Mundial, 01 de Setembro de 1939, um dos mais trágicos e traumáticos momentos da história da humanidade. Passados 70 anos são também assinados um conjunto de acordos que poderão normalizar o complicado relacionamento politico bilateral existente entre a Rússia e a Polónia, em grande parte motivado por um conjunto de acontecimentos verificados durante a II Guerra Mundial e pelo período de domínio soviético que se seguiu, até à Queda do Muro de Berlim, em 1989. Ontem, o Primeiro-Ministro russo, V. Putin, condenou o pacto Ribbentrop-Molotov, assinado em Agosto de 1939, e que tinha uma cláusula secreta ao abrigo da qual as tropas de Estaline ocuparam a zona oriental da Polónia e, hoje, em Gdansk, cidade-berço do sindicato "Solidariedade" e da contestação ao regime comunista polaco, V. Putin, afirmou que estava disposto a abrir os arquivos de Moscovo sobre o massacre de Katyn, um dos episódios mais traumáticos da Segunda Guerra Mundial para a população polaca, desde que houvesse reciprocidade das autoridades polacas, na abertura dos arquivos de Varsóvia. São acontecimentos muito importantes que esperamos que sejam o prenúncio de uma nova fase de relacionamento politico e económico entre a Polónia e a Rússia e, até, entre a União Europeia e a Rússia. Veja aqui, aqui e aqui a excelente reportagem do jornal Público sobre estas celebrações.

TAP está a ganhar a aposta feita nos mercados da Europa Central e Oriental

A aposta da TAP nos mercados da Europa Central e Oriental parece estar a alcançar bons resultados segundo esta notícia do Diário de Noticias e conforme havíamos aqui previsto no início desta operação.

No entanto, e até face a estes resultados, continuamos a defender uma maior aposta promocional do Turismo de Portugal e das Agências Regionais de Promoção Turística nos mercados da Europa Central e Oriental, nomeadamente na Polónia, Rússia, Rep. Checa e Hungria, face ao potencial de crescimento que apresentam, à necessidade de diversificação dos nossos principais mercados emissores e ao facto de possuírem actualmente ligações aéreas regulares e directas para Portugal, operadas através da TAP.

No 1º semestre de 2009, e de acordo com dados do INE, os 4 principais mercados emissores para Portugal da Europa Central e Oriental, tiveram o seguinte comportamento, em termos de número de hóspedes e dormidas:

Mercado – Nº Hóspedes – Posição enquanto mercado emissor para Portugal
Polónia – 31 638 (16º)
Rússia – 21 200 (20º)
Rep. Checa – 15 874 (21º)
Hungria – 7 501 (22º)


Mercado – Nº Dormidas – Posição enquanto mercado emissor para Portugal
Polónia – 120 593 (17º)
Rússia – 67 060 (19º)
Rep. Checa – 50 053 (21º)
Hungria – 22 646 (22º)

Fonte: INE (Portugal)