Via "The Official Blog of Amb. David H. Shinn", um interessante artigo designado por "How Chinese Nationals Abroad Are Transforming Beijing's Foreign Policy" da autoria de Jonas Parello-Plesner e de Mathieu
Duchatel, publicado na revista "Business Spectator", sobre a expansão das comunidades chineses pelo mundo e os seus efeitos na política externa de Pequim. Ou seja, para além da forte presença de empresas e de turistas chineses em todos os Continentes, estima-se que actualmente existam 5 milhões chineses a viver no exterior, incluindo 2 milhões em África. Esta situação está a obrigar as autoridades chinesas a reverem alguns dos seus conceitos fundamentais de política externa, passando agora a ser dado particular enfâse à "protecção dos seus nacionais no exterior", que passou a constituir uma prioridade do Partido Comunista chinês instituída no seu 18º Congresso, em 2012, e a considerarem os seus interesses no exterior como uma prioridade na política de segurança nacional. Em síntese, a recente expansão global dos interesses comerciais e económicos chineses e o surgimento da China como um actor político, económico e militar cada vez mais preponderante, está a obrigar a significativas alterações e reajustamentos no posicionamento internacional deste país, obrigando, em alguns casos, e face a determinadas situações de risco ou de conflitos internacionais, ao estabelecimento de estratégias de intervenção para protecção dos seu nacionais que vivem no estrangeiro.
Globalização, comércio internacional e investimento direto estrangeiro. Tendências, fatores de competitividade e estratégias empresariais em mercados internacionais.
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domingo, 5 de julho de 2015
domingo, 11 de janeiro de 2015
Mudanças no dispositivo francês de diplomacia económica: lançamento da "Business France"
Com efeitos a 1 de Janeiro de 2015, o governo de Manuel Valls decidiu efectuar a fusão das duas principais agências envolvidas na promoção internacional da economia e das empresas francesas, ou seja, a "Invest in France-Agence Française pour les Investissements Internationaux" e a "Ubifrance" deram ligar à "Business France". A "Business France" vai ter como missão "favoriser le
développement international des entreprises implantées en France, de
promouvoir les exportations françaises et de développer l’attractivité
du territoire national. Business France prendra ainsi toute sa
part dans les efforts pour générer plus d’échanges et d’investissements
durables, au service de la relance de l’économie française, du
développement économique des territoires et de la création d’emplois". Nesta mudança do dispositivo francês de diplomacia económica vai também haver uma atenção muito especial ao apoio à internacionalização das pequenas e médias empresas, à divulgação da imagem global de França e à racionalização dos meios e das equipas das duas entidades agora extintas. A rápida transformação por que passa a economia internacional e a crescente concorrência entre países pela promoção das suas empresas e pelas captação de investimento internacional, obrigam os Estados, cada vez com maior frequência, a efectuarem mudanças e reajustamentos nas suas políticas de promoção económica internacional.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Malta aposta num programa de concessão de "nacionalidade gold"
O governo de Malta lançou o “Malta Individual Investor Program”, iniciativa que vai permitir a qualquer cidadão estrangeiro, mediante o investimento de uma quantia mínima de 650 000 euros, obter um passaporte de Malta e desse modo a nacionalidade deste país da União Europeia (em Chipre, e num programa semelhante, são necessários 2,5 milhões de euros para a obtenção da nacionalidade cipriota). Este novo cidadão maltês pode depois solicitar
passaportes para a restante família, a preços de saldo: 25 000 euros para cada
filho menor e 50 000 euros para os filhos maiores, esposa, pais e sogros. De
acordo com o Primeiro-Ministro de Malta, pretende-se com este programa captar investidores
estrangeiros e celebridades e individualidades do “jet-set” internacional.
Portugal não foi tão longe com a sua política de “vistos gold”, em que
mediante determinadas condições, e com um investimento mínimo de 500 000 euros,
se pode obter um visto de residência em Portugal. Refira-se que em matérias de atribuição da
nacionalidade, os Estados-membros da União Europeia têm autonomia para definirem
as suas próprias regras e condições, não estando, por isso, limitados pelos condicionalismos da política de
emigração da União Europeia. Vai valer a pena daqui a uns tempos efectuar uma avaliação de algumas destas medidas nas suas múltiplas dimensões incluindo, obviamente, ao nível da imagem externa da política
europeia de emigração, por vezes tão restrita e brutal em relação a cidadãos de países terceiros e até, como vimos recentemente, a movimentos de cidadãos de
alguns países comunitários (casos da Bulgária e da Roménia) no espaço da própria União Europeia.
P.S. - Sobre a política de emigração da União Europeia ver aqui uma análise de Corinne Balleix recentemente publicada pela "La Documentation Française".
P.S. - Sobre a política de emigração da União Europeia ver aqui uma análise de Corinne Balleix recentemente publicada pela "La Documentation Française".
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Banco Africano de Desenvolvimento vai voltar a Abidjan (Costa do Marfim)
Na sequência de uma decisão do Conselho de Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) tomada na última Assembleia Anual, realizada entre os dias 27 e 31 de Maio de 2013, em Marrakech (Marrocos), esta entidade multilateral de financiamento vai voltar a localizar a sua sede em Abidjan (na foto), Costa do Marfim. A mudança de Abdijan para Tunis ocorreu no ano de 2003, na sequência da eclosão da guerra civil na Costa do Marfim. De acordo com a referida decisão, o início da deslocalização dos cerca de 1500 funcionários do BAD vai ter lugar em finais do corrente ano, esperando-se que este processo fique concluído até Novembro de 2014, altura em que esta instituição irá comemorar o seu 50º aniversário. Esta mudança está a ser preparada com bastante atenção pela administração do BAD - por exemplo, esta realizou há dias uma sessão de informação/formação para as empresas da Costa do Marfim sobre o tema “Comment devenir fournisseur de la BAD ?”- pois as mudanças irão ser grandes, mas em sentidos opostos, para Tunis e para Abidjan. Abidjan vai voltar a ocupar o lugar de importante plataforma económica e financeira africana, sendo esta decisão um sinal claro de confiança e de apoio às autoridades marfinenses, enquanto a saída de Tunis surge num momento particularmente difícil da vida politica e económica tunisina.
Face à relevância do BAD no apoio financeiro ao desenvolvimento de países africanos, de que têm beneficiado algumas empresas portuguesas, esta deslocalização para Abidjan pode levar à necessidade de algumas alterações na estrutura da diplomacia económica portuguesa na África Subsaariana, e nomeadamente na Costa do Marfim onde não existe, actualmente, nenhuma representação diplomática nacional.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
América Latina, entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico?
Fonte: The Economist
Numa altura em que se verifica uma clara aposta das empresas portuguesas num conjunto de mercados da América Latina, particularmente no Brasil, Chile, Colômbia, Peru, México e Venezuela, a The Economist fez uma análise (ver aqui) do processo de integração regional que está a verificar-se na região, cada vez vez mais focado em duas comunidades económicas: o Mercosul (que tem como membros plenos a Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela) e a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Perú). Na opinião do Ministro das Finanças do Chile, Filipe Larraín, a Aliança do Pacífico, é "the most exciting thing going on in Latin America today", enquanto outros consideram que a Aliança do Pacífico "has proved to be a brilliant piece of diplomatic marketing", mas que "has to add substance". Para já, e em termos concretos, o Chile, Colômbia, México e Perú assinaram, no passado dia 23 de Maio, um acordo que prevê a eliminação das tarifas alfandegárias em cerca de 90% do comércio externo de mercadorias entre os respectivos países e também a supressão dos vistos de viagens para os seus cidadãos. São, sem dúvida, acontecimentos que vão ter implicações ao nível da estratégia de desenvolvimento do Mercosul e que colocam, sobretudo, sérios desafios à diplomacia brasileira.
domingo, 5 de maio de 2013
"Notas Verbais": OMC. Dois na final, Portugal apoia candidato do Brasil
Via Notas Verbais, blogue que está de "regresso" à blogosfera e que saúdo com simpatia, um ponto de situação da corrida à liderança da Organzação Mundial de Comércio (OMC), com o candidato brasileiro (na foto), Roberto Azevedo, na fase final, e contando com o apoio de Portugal, juntamente com o candidato mexicano, Hermínio Blanco.
P.S.1 - Veja aqui um post anterior sobre este assunto.
P.S.2 - Veja também aqui e aqui artigos do The Guardian sobre estas duas candidaturas.
P.S.3 - Roberto Azevedo ganhou a corrida para a liderança da OMC, ao contar com o apoio dos BRICS (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) e de um vasto grupo de outros países em desenvolvimento. Os EUA e maioria dos países da União Europeia, ou de acordo com outras fontes a União Europeia em bloco, votou no candidato mexicano. Trata-se de um enorme sucesso para a diplomacia brasileira que já tinha consigo recentemente a eleição de Jose Graziano da Silva para Director-Geral da FAO/ONU - o próximo desafio da diplomacia brasileira será a conquista de um lugar de membro-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas? Mas os resultados alcançados por candidatos oriundos de economias emergentes, ao nível das principais organizações internacionais - veja-se também os casos da ONU (liderada por um sul-coreano) e da OCDE (liderada por um mexicano) -, estão também a modificar, de uma forma clara, a geopolitica destas organizações.
P.S.1 - Veja aqui um post anterior sobre este assunto.
P.S.2 - Veja também aqui e aqui artigos do The Guardian sobre estas duas candidaturas.
P.S.3 - Roberto Azevedo ganhou a corrida para a liderança da OMC, ao contar com o apoio dos BRICS (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) e de um vasto grupo de outros países em desenvolvimento. Os EUA e maioria dos países da União Europeia, ou de acordo com outras fontes a União Europeia em bloco, votou no candidato mexicano. Trata-se de um enorme sucesso para a diplomacia brasileira que já tinha consigo recentemente a eleição de Jose Graziano da Silva para Director-Geral da FAO/ONU - o próximo desafio da diplomacia brasileira será a conquista de um lugar de membro-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas? Mas os resultados alcançados por candidatos oriundos de economias emergentes, ao nível das principais organizações internacionais - veja-se também os casos da ONU (liderada por um sul-coreano) e da OCDE (liderada por um mexicano) -, estão também a modificar, de uma forma clara, a geopolitica destas organizações.
domingo, 3 de março de 2013
Índia na rota da diplomacia económica europeia: depois de Hollande seguiu-se Cameron
Depois do Presidente francês, François Hollande, ter visitado há dias a Índia, seguiu-se agora a deslocação de David Cameron, primeiro-ministro britânico, uma agenda bastante diversificada, mas onde se destacam os assuntos de natureza económica e empresarial. Com David Cameron seguiu a maior delegação empresarial que algum vez acompanhou um primeiro-ministro britânico à Índia. Quer no caso francês, quer no caso inglês, e também como consequência destas visitas oficiais, está a assistir-se a um reforço dos dispositivos de diplomacia comercial e de apoio à internacionalização junto da representações diplomáticas dos dois países na Índia (para mais informações sobre este assunto veja aqui o website da Embaixada de França em Nova Deli e aqui o website da Embaixada do Reino Unido em Nova Deli), com o objectivo de reforçar o apoio à actividade das empresas francesas e inglesas no vasto e complexo mercado indiano. Depois de Hollande e de Cameron qual será o próximo dirigente europeu a visitar a Índia?
sábado, 16 de fevereiro de 2013
François Hollande na Índia
Foto: AFP / RAVEENDRAN
O Presidente francês François Hollande efectuou esta semana uma deslocação oficial à Índia. A primeira visita oficial bilateral que faz à Ásia e onde esteve acompanhado por 6 ministros - Negócios Estrangeiros, Defesa, Comércio Externo, Ensino Superior e Ciência, Tranportes e Cultura (os sublinhados são meus) - e por cerca de 60 empresas de grande, média e e pequena dimensão. Com esta visita a França pretende reforçar o seu relacionamento bilateral, a todos os níveis, com este gigante asiático. Na área económica, e para além da promoção das exportações e do investimento francês na Índia (nesta altura existem cerca de 750 empresas indianas com capitais francesas que empregam 250 000 trabalhadores), deu-se também particular atenção à captação de investimento indiano e à necessidade de rápida conclusão do Acordo Comercial entre a Índia e a União Europeia, em negociação desde 2007 (sem dúvida, um importante desafio para João Gomes Cravinho, actual Embaixador da União Europeia na Índia). Uma última e pertinente observação deixada pelo CEO da SNCF (Caminhos de Ferro franceses), Guillaume Pepy, por ocasião desta visita e que com certeza é também válida para outras empresas europeias interessadas no mercado indiano "En Inde, tout passe par le politique, on ne fait rien sur une base
purement business. Une telle visite peut donc avoir un effet facilitateur pour accélérer les choses dans un
pays où tout prend beaucoup de temps pour se faire". Face à complexidade desta visita e da abordagem deste mercado, Laurent, Goulvestre não hesitou em publicar no jornal francês "LesEchos" uma "carta aberta" a François Hollande, designada "10 conseils à François Hollande pour réussir en Inde ...", em que depois das várias recomendações termina deste modo "Et enfin, les Indiens ne connaissent rien de notre savoir-faire et n’ont pas d’a
priori. Il est cependant très difficile de les séduire par notre technologie car
ils pensent déjà être en avance sur de nombreux points. Ce n’est qu’avec des
démonstrations percutantes ou encore avec une technologie très avancée qu’ils
seront à l’écoute".
domingo, 13 de janeiro de 2013
Brasil aposta na conquista de posições-chave em organizações internacionais
A diplomacia brasileira tem hoje um agenda global como se pode constatar, entre outros factos, pela abordagem e estratégia que está a seguir na apresentação de candidaturas a lugares-chave em várias organizações internacionais. Se, em 2012, o Brasil conseguiu eleger Jose Graziano da Silva para o cargo de Director-Geral da FAO, Agência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, em 2013, o Brasil acabou de apresentar a candidatura do diplomata Roberto Carvalho de Azevêdo à liderança da Organização Mundial do Comércio (OMC), entidade actualmente dirigida pela francês Pascal Lamy (vai terminar o seu 2º mandato à frente da organização a 31 de Agosto de 2013). Face à crescente relevância internacional da economia e do comércio externo brasileiros, sobretudo ao nível do sector primário, este é um lugar-chave para as aspirações internacionais do país.
Roberto Carvalho de Azevêdo (na foto) é o actual chefe da missão brasileira junto da OMC, tem uma formação de base em engenharia electrotécnica e possui uma longa experiência em economia e comércio internacional e irá concorrer com mais 8 candidatos oriundos do Ghana, Costa Rica, Indonésia, Nova Zelândia, Quénia, Jordânia, México e Coreia do Sul. Curioso que não exista nenhuma candidatura dos EUA, Japão, China ou União Europeia que juntos representam mais de metade do comércio externo mundial.
sábado, 3 de novembro de 2012
Australia in the Asia Century - White Paper
A profunda transformação que se está a verificar no Continente Asiático coloca grandes desafios, mas também oportunidades, à economia australiana e ao seu posicionamento geo-estratégico no contexto da região Ásia-Pacifico. Ciente deste facto, o governo de Camberra acaba de publicar um documento designado "Australia in the Asia Century - White Paper" que constitui "a roadmap to guide Australia to become a more prosperous and resilient nation, fully part of the region and open to the world" e que faz uma reflexão sobre qual deverá ser o lugar da Austrália neste novo enquadramento politico e económico. No caso português não se conhecem muitos trabalhos semelhantes nem para o Continente asiático, nem para outras áreas geográficas mais relevantes para os interesses nacionais, em termos politicos, económicos e empresariais. Algum dia as coisas mudarão? A seguir!
sábado, 16 de junho de 2012
"La Silenciosa Conquista China" e a diplomacia espanhola
Pablo Cardenal e Heriberto Araújo, são dois jornalistas espanhóis residentes na China e que publicaram recentemente "La silenciosa conquista china", uma obra que procura explicar, com grande detalhe, o processo de expansão internacional das empresas chinesas. Nesta investigação, os autores realizaram mais de 500 entrevistas em 25 países de África, Ásia e América Latina, sendo este livro já considerado um autêntico "best seller", com 5 traduções em espanhol e estando também a ser traduzido para francês, inglês, polaco e chinês (para o mercado de Taiwan). Trata-se de uma obra de referência em termos internacionais devido à qualidade da análise realizada sobre uma realidade económica e empresarial ainda pouco conhecida e constitui também um livro percursor em Espanha onde não têm surgido, nos últimos tempos, muitos trabalhos de autores espanhóis sobre os mercados asiáticos.
Mas esta obra tem suscitado alguma polémica em Espanha por outros motivos. Na sequência de pedido formulado pelos seus autores para que o livro fosse apresentado na Embaixada de Espanha em Pequim e/ou na Delegação local do Instituto Cervantes, que integra os Serviços Culturais da referida representação diplomática, o Embaixador espanhol no referido país considerou "pouco apropriada" essa apresentação nos referidos espaços, devido ao facto do livro não estar a ser distribuído na China. Esta decisão provocou grande surpresa nos autores do livro que referem que existe uma razão mais profunda para esta decisão que lhes foi explicada "off the record" pelo Embaixador de Espanha em Pequim e que estará relacionada com o facto da mesma poder pôr em causa os interesses políticos e económicos espanhóis na China. Esta actuação da diplomacia espanhola, que alguns consideram um "veto politico" e uma "verdadeira acção de censura ideológica", já originou vários artigos em jornais espanhóis de referência como o El Pais, El Mundo e ABC, com este último a considerar que "...la diplomacia española ha vuelto a pecar, una vez más, de cagona. Y es lo mejor que se puede decir porque la otra opción que nos queda es mucho más triste: connivencia con el autoritario régimen chino, que censura todo aquello contrario a sus intereses."
No final, e depois de toda esta polémica, o referido livro acabou por ser apresentado no passado dia 07 de Junho na Embaixada do México em Pequim que, pelos vistos, avaliou de forma diferente o pedido formulado pelos jornalistas espanhóis. Também ainda não foi desta que Camacho foi despedido de seleccionador nacional da equipa de futebol chinesa. Mas esta polémica vem chamar a atenção para as questões da "sensibilidade" e das características especificas do relacionamento político, económico e comercial da China com o seus parceiros externos.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Entrevista da Embaixadora Margarida Figueiredo ao jornal "Público"
Margarida Figueiredo foi a primeira Embaixadora "full rank" portuguesa, juntamente com Ana Martinho, e a primeira mulher licenciada a entrar no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). Foi uma grande Embaixadora de Portugal na Polónia. Em Varsóvia, liderou uma excelente equipa que tive o privilégio de integrar. O jornal "Expresso" numa reportagem que realizou na altura fez-lhe a seguinte descrição "É uma diplomata atípica. Veste-se informalmente, fuma como um turco e é terrivelmente eficaz". Reformou-se recentemente do MNE e no passado Domingo, concedeu uma interessante entrevista ao jornal "Público" que pode ler aqui.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Top 5 Foreign Policy Books in 2011
Neste final de ano, os colaboradores da Foreign Policy Association (E.U.A.) efectuaram uma votação sobre os melhores livros de 2011 relacionados com a politica externa dos E.U.A. e chegaram aos seguintes resultados:
George F. Kennan: An American Life
by John Lewis Gaddis (Penguin Press 2011)
Best Regional Read
Rock the Casbah: Rage and Rebellion Across the Islamic World
by Robin Wright (Simon & Schuster 2011)
Best History
Berlin 1961: Kennedy, Khrushchev, and the Most Dangerous Place on Earth
by Frederick Kempe (Putnam 2011)
Best Contemporary Issue
The Quest: Energy, Security and the Remaking of the Modern World
by Daniel Yergin (Penguin Press 2011)
Best "Off the Radar" Subject
Where China Meets India: Burma and the New Crossroads of Asia
by Thant Myint-U (Farrar, Straus and Giroux 2011)
Veja aqui uma análise mais detalhada dos referidos livros.
domingo, 6 de novembro de 2011
O estado chocante e deplorável da casa de Aristides Sousa Mendes em Cabanas de Viriato, distrito de Viseu
É chocante e deplorável o estado de conservação da casa de Aristides Sousa Mendes, classificada como monumento nacional, em Cabanas de Viriato, distrito de Viseu. Não é desta maneira que se homenageia a memória e se reconhece a generosidade e o altruísmo dos actos praticados pelo "Cônsul português em Bordéus, durante a 2ª Guerra Mundial". Veja aqui o texto do artigo ontem publicado no jornal Público sobre este assunto, sob o título "Em defesa da Casa do
Passal, de Aristides Sousa Mendes", e que nos chegou via blogue Duas ou Três Coisas.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
"Emerging Powers in Africa", de David H. Shinn - Uma visão americana dos (novos) actores externos do Continente Africano
David H. Shinn é professor de "International Affairs" na The George Washington University, tem um PhD pela mesma universidade, e foi Embaixador dos EUA no Burkina Faso (1987-90) e na Etiópia (1996-99).
Na sequência de uma intervenção que realizou, a 15 de Junho de 2011, no "Africa Center for Strategic Studies" do "National Defense University", em Washington, elaborou um "paper" designado "Emerging Powers in Africa" que considero de leitura obrigatória para quem pretender acompanhar com atenção a evolução económica e politica em África, e particularmente as suas condicionantes e actores externos. Como potências emergentes em África, o Embaixador Shinn aponta a China, Índia, Brasil, Rússia, Turquia e alguns países do Golfo Pérsico, Cuba e Vietname. As razões destas escolhas são apresentadas de uma forma muito clara e com uma argumentação bastante sólida, rigorosa e bem fundamentada.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Collège d' Europe, em Natolin
Há dias lendo a imprensa estrangeira, vi uma referência à conferência dada pelo Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, no Colégio de Natolin, em Varsóvia, por ocasião do inicio da Presidência polaca da União Europeia. Lembrei-me da excelente impressão que este estabelecimento de ensino superior, especializado em politica europeia, me causou deste a primeira vez que o visitei, durante o período em que vivi na Polónia. Com efeito esta instituição, fundada em 1992, graças à determinação e à ousadia de Jacques Delors, e localizada nos arredores de Varsóvia, conseguiu reunir um grupo de excelentes professores de vários países que leccionam para estudantes de uma leque muito alargado de nacionalidades e de "background" académicos, num estabelecimento de ensino de grande qualidade arquitectónica e com óptimas condições para o estudo e investigação. De Natolin, lembro-me também da visita e da excelente intervenção realizada sobre politica europeia que ali foi efectuada pelo ex-Presidente da República Jorge Sampaio, numa das suas deslocações a Varsóvia, e da grande simpatia e enorme satisfação com que Jorge Sampaio foi recebido pelo reduzido grupo de estudantes portugueses desta escola. Num momento em que o projecto europeu se encontra num período de grandes indefinições e turbulências e aparentemente sem qualquer rumo ou sentido estratégico, vale a pena recordar alguns dos casos de sucesso desse mesmo projecto, como é caso do Collège d' Europe (que tem um outro e mais antigo "campus", situado em Bruges, na Bélgica).
Notas Verbais / "Locate" - Ferramenta de apoio consular desenvolvida pelo Foreign and Commonwealth Office
Ao Carlos Albino, nas Notas Verbais, agradeço a referência ao post sobre o "Locate".
domingo, 3 de julho de 2011
"Locate" - Ferramenta de apoio consular desenvolvida pelo Foreign and Commonwealth Office
Quantas vezes, em situações de emergência no estrangeiro, já ouvimos as diversas autoridades informarem que não dispõem de dados que permitam identificar o número, perfil e características dos cidadãos que se encontram nessas zonas de crise? Quantas vezes não registámos os apelos de familiares desses cidadãos a referirem que não dispõem de informações sobre o seu paradeiro e a solicitarem a rápida intervenção das suas autoridades? Com vista a minorar este tipo de problemas e a acompanhar mais de perto todos os cidadãos do Reino Unido que vão viajar ou que tenham residência no estrangeiro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (Foreign and Commonwealth Office) deste país desenvolveu uma útil, eficaz e muito simples "ferramenta" de apoio consular, denominada "Locate". Veja aqui as suas especificidades.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Mudanças na diplomacia angolana
O relacionamento internacional e a projecção politica e económica externa de Angola assumem uma relevância preponderante na agenda da liderança angolana, como, aliás, ficou demonstrado na recente visita oficial à África do Sul do Presidente José Eduardo dos Santos. Para a implementação desta estratégia, e para que se possam atingir os melhores resultados, o novo Ministro das Relações Exteriores de Angola, George Chikoty, entende que é necessário efectuar um conjunto de mudanças na estrutura e funcionamento do seu Ministério. Está em causa a organização interna do próprio ministério, a abertura de novas representações diplomáticas, o perfil e a fomação do pessoal diplomático, a duração das comissões no estrangeiro, a articulação institucional entre pessoal o diplomático e pessoal com acreditação diplomática (conselheiros e adidos comerciais, culturais, de defesa, entre outros) em serviço nas embaixadas, as prioridades da diplomacia económica e comercial, entre outros aspectos. Para já, e de acordo com o jornal angolano "O País", está previsto um amplo movimento diplomático com a estreia de um conjunto de novos chefes de missão e que irá envolver as seguintes embaixadas:
domingo, 26 de setembro de 2010
Diplomacia e Redes Sociais
O Center on Public Diplomacy da University of Southern California anunciou recentemente o vencedor do "2010 CPD Prize for Best Student Paper in Public Diplomacy". O trabalho seleccionado, da autoria de Melanie Ciolek, designa-se "Understanding Social Media’s Contribution to Public Diplomacy" e aborda a utilização da rede social Facebook pelo Departamento de Estado dos E.U.A. com o objectivo de aumentar a notoriedade e o impacto da visita que o Presidente Obama planeia realizar, brevemente, à Indonésia.
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