Via "The Official Blog of Amb. David H. Shinn", um interessante artigo designado por "How Chinese Nationals Abroad Are Transforming Beijing's Foreign Policy" da autoria de Jonas Parello-Plesner e de Mathieu
Duchatel, publicado na revista "Business Spectator", sobre a expansão das comunidades chineses pelo mundo e os seus efeitos na política externa de Pequim. Ou seja, para além da forte presença de empresas e de turistas chineses em todos os Continentes, estima-se que actualmente existam 5 milhões chineses a viver no exterior, incluindo 2 milhões em África. Esta situação está a obrigar as autoridades chinesas a reverem alguns dos seus conceitos fundamentais de política externa, passando agora a ser dado particular enfâse à "protecção dos seus nacionais no exterior", que passou a constituir uma prioridade do Partido Comunista chinês instituída no seu 18º Congresso, em 2012, e a considerarem os seus interesses no exterior como uma prioridade na política de segurança nacional. Em síntese, a recente expansão global dos interesses comerciais e económicos chineses e o surgimento da China como um actor político, económico e militar cada vez mais preponderante, está a obrigar a significativas alterações e reajustamentos no posicionamento internacional deste país, obrigando, em alguns casos, e face a determinadas situações de risco ou de conflitos internacionais, ao estabelecimento de estratégias de intervenção para protecção dos seu nacionais que vivem no estrangeiro.