A Parceria Oriental ("Eastern Partnership"), é uma iniciativa conjunta lançada, em 2009, pela União Europeia (UE) e por um conjunto de seis países da Europa Central e Oriental e do Sul do Cáucaso (Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Moldávia e Ucrânia). Esta parceria visa reforçar a presença da União Europeia nas suas fronteiras orientais, garantindo maior segurança e estabilidade numa região que tem atravessado, desde o desmembramento da União Soviética, um conjunto de conflitos e que enfrenta grandes desafios na via da democracia e do Estado de Direito.
O Eurostat acaba de publicar uma análise económica dos países da Parceria Oriental e das suas relações comerciais com os países da União Europeia (pode ver aqui). Se em 2004, as exportações de bens da UE para os países da Parceria Oriental, que têm uma população total de 75,2 milhões de habitantes, representavam 16 365 milhões de euros, em 2014 já atingiam 33 069 milhões de euros. Os principais mercados de exportação, em 2014, para as empresas europeias foram a Ucrânia (17 143 milhões de euros), a Bielorrússia, (7 464), Azerbaijão (3 482), Moldávia ( 2 355), Geórgia (1 911) e Arménia (714). Por sua vez, os maiores países europeus exportadores de bens para a Parceria Oriental foram, a larga distância dos restantes, a Alemanha (7 mil milhões de euros e 21% do total de exportações) e a Polónia (5,2 mil milhões e 16% do total das exportações). Seguiram-se a Itália (2,8 mil milhões de euros e 8% do total), a Lituânia (2,2 mil milhões de euros e 7% do total) e a Hungria (2,1 mil milhões de euros e 6% do total). A posição portuguesa ainda é modesta, mas parece-nos que existem oportunidades de exportação que poderão ser potenciadas, sobretudo, pelas empresas nacionais com investimentos nos mercados da Europa Central e Oriental, pois já conhecem o ambiente de negócios desta região e algumas delas conseguiram estabelecer redes de relações com diversos "stakeholders" nestes mercados.