segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Brazil´s rise in international development


Fonte: Agência Brasileira de Cooperação

O Presidente da Agência Brasileira de Cooperação, Marco Farani, esteve recentemente em Londres, a convite do “Think Tank” inglês ODI – Overseas Development Institute, para participar na Conferência “Brazil´s rise in international development: unlocking the potential”. Esta passagem de Marco Farani por Inglaterra foi especialmente notada na imprensa e nas entidades britânicas que se dedicam ao desenvolvimento e cooperação internacional, sinal da atenção e da importância que estão a dar à emergência do Brasil não só como um “player” global ao nivel politico e económico, mas também agora como um emergente doador internacional. Neste âmbito, o jornal The Guardian dedica um interessante artigo aos desafios que se colocam à cooperação brasileira, enquanto o Director do Institute of Developmente Studies (IDS), instituição de referência mundial na área dos estudos para o desenvolvimento, coloca no seu blogue um post com algumas considerações sobre estratégia brasileira  de cooperação para o desenvolvimento, na sequência dos encontros que manteve com Marco Farani. Pela sua relevância, abaixo apresentamos algumas dessas considerações:

“* the terms "North" and "South" will soon become as anachronistic as the terms "East" and "West" became after the end of the Cold War.

* Brazil's approach to development cooperation is, at the moment, project based, pragmatic and underpinned by solidarity, not ideology or commerce.

* Brazil's lack of a "past" (e.g. colonial) means it comes to Africa with less baggage than most existing donors. It has opened up 17 new embassies in Africa under President Lula Da Silva and trade with Africa has quadrupled in the past 10 years. Moreover at least 50% of the population has an African heritage.

* Already Brazil is being asked to give advice about its tropical agriculture (its agricultural research system EMBRAPA is widely respected throughout the world) and on its approaches to social protection (ditto).

* The Minister thought Brazil's development cooperation programme would specialise in environment, agriculture and social protection, but not necessarily worrying about becoming a world leader in these areas--Mr Farani reminded us, after all, that Brazil is still a recipient of ODA from Germany and Japan.

* The need to manage expectations--Brazil's domestic success in development will not necessarily mean it has the answers for other countries

* Brazil will probably retain a slightly heterodox development cooperation path, going its own way, with no plans, at least in the short term, a DAC member. “

Veja também aqui um anterior post sobre este assunto.

As Diásporas e a internacionalização da economia e das empresas



Foto: Getty Images via The Economist

A revista The Economist publicou na semana passada um excelente artigo sobre a importância actual das Diásporas, sobretudo ao nível da partilha e da divulgação de conhecimentos, da criação e alavancagem das oportunidades de negócios e até como facilitadoras dos processos de internacionalização empresarial. Este é um tema cada mais actual e relevante nos países com comunidades emigrantes. Pela sua numerosa e diversificada Diáspora, Portugal tem nesta área um vasto campo de oportunidades por explorar. Para isso, é necessário, sobretudo no actual momento que atravessamos, que este assunto ganhe maior prioridade politica e mediática e que seja feita uma avaliação e uma reflexão sobre o que tem sido, desde 1974, a politica portuguesa de relacionamento com as suas comunidades emigrantes. Depois, que as propostas de actuação sejam, de facto, implementadas e obedeçam a uma estratégia de intervenção com uma duração alargada e vantajosa para todas as partes envolvidas.
Ainda sobre este assunto veja aqui o "paper" de C. Fritz Foley e William R. Kerr  e designado "Ethnic Innovation and U.S. Multinational Firm Activity" sobre o papel das comunidades emigrantes radicadas nos EUA no processo de  internacionalização das multinacionais norte-americadas.

Armada espanhola desembarca na Ásia e na Oceânia


As empresas espanholas dos sectores da construção e serviços estão a comportar-se como autênticas “pontas de lança” do processo de diversificação de mercados e de internacionalização da economia de Espanha. Assim, depois de há algumas semanas um conjunto de empresas espanholas ter ganho  o concurso para a construção de um projecto ferroviário de alta velocidade entre Medina e Meca, na Arábia Saudita, agora algumas dessas mesmas empresas, em parceria com sócios indianos, encontram-se muito bem posicionadas no concurso para a execução de um novo projecto de alta velocidade que irá ligar as cidades de Nova Deli, Bombaim e Calcutá, numa extensão de 1800 km de via. Na mesma altura, a construtora OHL decidiu abrir uma filial em Brisbane, na Austrália com o objectivo de avaliar projectos na área da construção civil e da gestão de infra-estruturas na região da Ásia-Pacifico. Hoje, desembarcou em Jacarta, Indonésia, uma missão empresarial de 20 empresas espanholas com o objectivo de avaliarem as oportunidades de negócios existentes neste país. Em síntese, a crise económica em Espanha está a "estimular" um conjunto de médias e grandes empresas a estalecerem planos de internacionalização cada vez mais ambiciosos e para mercados cada vez mais distantes, quer em termos geográficos quer em termos de “distância psicológica” ("from local champions to global masters"?).

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Start-Up: Chile, USA e Espanha


O Programa Start-Up Chile é um caso de sucesso internacional ao nível das políticas públicas de apoio ao empreendorismo. Esta iniciativa liderada pelo Ministério da Economia do Chile, em colaboração com entidades privadas, tem por objectivo "...attract early stage, high-potential entrepreneurs to bootstrap their startups in Chile, using it as a platform to go global. The end goal of the accelerator program is to convert Chile into the definitive innovation and entrepreneurial hub of Latin America".
Depois do sucesso alcançado pelo Start-Up Chile, esta experiência foi replicada nos EUA, envolvendo o governo federal e um conjunto de grandes empresas norte-americanas com o objectivo de coordenar os esforços das várias entidades norte-americanas envolvidas no apoio ao empreendorismo. Agora, chegou também a vez de Espanha aprofundar este assunto! Com efeito, as autoridades espanholas constataram a existência de mais de 2 500 plataformas dedicadas ao empreendorismo, mas que apresentam algumas dificuldades de funcionamento e de coordenação  e também deficiências e debilidades ao nível do estabelecimento de alianças estratégicas com o tecido empresarial e com entidades públicas. Por isso, um conjunto de empreendedores espanhóis, com o apoio da Esade Business School, pretende agora alterar este estado de coisas com o desenvolvimento de um programa designado por Start-Up Espanha que permita criar as condições para uma maior eficiência nos sistemas de apoio ao empreendorismo e para o aumento da iniciativa empresarial privada. Com este objectivo, vai realizar-se no próximo dia 30 de Novembro, em Madrid, na Fundação Rafael del Pino, um encontro sobre este assunto que decerto vai marcar a agenda e a reflexão sobre os desafios das plataformas de empreendorismo existentes em Espanha. Como curiosidade, este encontro vai ter o seguinte programa:

17h30 Bienvenida

María del Pino, Presidenta de la Fundación Rafael del Pino

Eugenia Bieto, Directora General de ESADE


17h45 Introducción

Luisa Alemany, Profesora y Directora del Instituto de Iniciativa Emprendedora de ESADE


18h00 Mesa redonda “Emprendedores europeos y americanos en España. ¿Por qué elegimos España para nuestros proyectos? ¿Qué debería hacer España para generar atracción más allá de sus fronteras?

Moderador:
Javier Santiso, Director de ESADE Center for Global Economy and Geopolitics (ESADEgeo) y Profesor de ESADE

Intervienen:

Francois Derbaix , Fundador y CEO de Toprural (Bélgica)

Niklas Gustafson, Fundador y CEO de conZumo (Suecia)

Michael Kleindl, Fundador y Presidente de Plenummedia (Alemania); Fundador de Smartclip (Alemania)

Ana María Llopis, Fundadora y CEO de Ideas4all (Venezuela y España)

Bernhard Niesner , Co-Fundador y CEO de Busuu (Austria)

Joshua Novick, Fundador y CEO de Antevenio (Estados Unidos)

Iván Retzignac, Fundador y CEO de MedicAnimal (Francia y Estados Unidos)

19h15 Mesa redonda “Conclusiones para la mejora de las políticas en el ámbito emprendedor”

Moderador:
Marcel Planellas, Secretario General y Profesor de ESADE y Coordinador del Grupo de Investigación en Iniciativa Emprendedora (GRIE)

Intervienen:

José Cerdán, CEO de Acens (España)

Jesús Encinar, Fundador y CEO de idealista.com (España)

Gustavo García, Fundador y CEO de BuyVip (España)

Sobre este tema políticas públicas de apoio ao empreendorismo vale a pena também a leitura de uma obra recente e já incontornável nesta área: "Start-up Nation: The Story of Israel's Economic Miracle".

Manuel Marín: "Necesitamos una Alemania europea y no una Europa alemana"


"Necesitamos una Alemania europea y no una Europa alemana", é uma das afirmações proferidas por Manuel Marín numa entrevista hoje publicada no jornal espanhol "El País" sobre a crise na Europa e o funcionamento das instituições comunitárias. Manuel Marín foi um destacado dirigente socialista espanhol, muito próximo de Felipe González, que ocupou durante vários anos o cargo de Vice-Presidente da Comissão Europeia nos mandatos liderados por Jacques Delors e Jacques Santer. Mais recentemente ocupou o cargo de Presidente do Parlamento de Espanha (2004-2008). Durante o período em que vivi em Madrid tive a oportunidade de escutar de Manuel Marín algumas interessantes "estorias" sobre os primeiros anos da democracia espanhola e o processo de adesão de Espanha e Portugal à União Europeia, em que foi o principal negociador espanhol, na qualidade de Secretário de Estado dos Assuntos Europeus. Para quem teve este nível de comprometimento e de implicação com o "projecto europeu", o actual estado da Europa deve com certeza causar alguma frustração e desalento.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

As relações entre a União Europeia e a Rússia por Adam Michnik


Adam Michnik é dos mais conhecidos intelectuais polacos. Teve um papel relevante na oposição ao regime comunista polaco e é actualmente editor-chefe do "Gazeta Wyborcza", um dos principais jornais do seus país. Amanhã vai estar na Fundação Calouste Gulbenkian para nos falar  sobre as relações entre a União Europeia e a Rússia. Um tema que na Polónia é acompanhado com especial atenção!

domingo, 20 de novembro de 2011

A internacionalização das empresas e das marcas angolanas: o caso do refrigerante da marca "Blue"


O "Blue" é uma marca de refrigerantes produzida pela empresa angolana de bebidas Refriango e que começou ser exportado, em finais de 2010, para Portugal. Talvez tenha sido a primeira marca angolana de produtos de grande consumo a ser exportada para a Europa, e nomeadamente para Portugal. Para este facto não será alheio a existência de capitais portuguesas na estrutura accionista da Refriango e a crescente importância da diáspora angolana residente em Portugal. Para além disso, os responsáveis de marketing desta empresa estão de parabéns, pois logo no ano de entrada em Portugal conseguem que a marca "Blue" esteja associada a um feito desportivo de grande relevância nacional. Com efeito, a equipa de voleibol da Associação de Jovens de Fonte Bastardo (na foto), da Ilha Terceira, Açores, patrocinada pela "Blue", sagrou-se, pela primeira vez, campeão nacional na época de 2010/2011.  Esta aposta acertada da Refriango na equipa de Fonte Bastardo revela também o profundo conhecimento existente em Angola da realidade desportiva portuguesa, mas também da realidade económica e empresarial nacional. Um facto às vezes esquecido nos vários discursos que normalmente se fazem sobre as caracteristicas do relacionamento entre os dois países, mais propícios a explorarem o "enorme capital de conhecimento existente em Portugal sobre Angola". Estou certo que depois da "Blue" outras marcas angolanas chegarão a Portugal, caso, por exemplo, de algumas marcas de cerveja e de café, sinal da crescente interdepêndencia entre as duas economias, numa altura em que assiste a algum nervosismo junto dos exportadores nacionais devido à perspectiva de aumento, já em 2012, das taxas e direitos aduaneiros sobre produtos importados por Angola.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Clusters aeronáuticos na Bacia do Mediterrâneo

A empresa canadiana Bombardier anunciou esta semana na Feira Aeronáutica do Dubai que vai avançar, já no próximo ano, com a construção de uma unidade industrial em Marrocos que se vai dedicar à fabricação de aviões. Este investimento vai atingir cerca de 148 milhões de euros e espera-se que esteja operacional em 2013. De acordo com a empresa, as razões para a escolha desta localização do Norte de África foram os custos de produção bastante competitivos em termos internacionais, os baixos custos de transporte e de operação logística e a proximidade geográfica em relação à Europa. Aliás, motivações muito semelhantes às que levaram a brasileira Embraer a escolher Évora (Portugal) para a instalação da sua futura fábrica de aviões. Não deixa, por isso, de ser muito curiosa as opções de localização de investimentos - a região da Bacia do Mediterrâneo - destas duas companhias de aviação que são grandes concorrentes no segmento dos aviões executivos e dos pequenos aviões comerciais. A prazo, iremos ter em cada uma das margens do Mediterrâneo dois importantes "clusters" aeronáuticos" que irão competir entre si e que vão alavancar a instalação de um conjunto de outras empresas a montante e a jusante do sector aeronáutico (não esquecendo também que é no sul de França, em Toulouse, que está localizada a sede da Airbus).

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A importância estratégica do novo aeroporto de Luanda


O aeroporto de Joanesburgo é maior “airport hub” (centro de ligações) da África Austral e do Continente Africano. A partir Joanensburgo, existem ligações aéreas directas para todos os Continentes e para um grande número de países africanos. Passei por Joanesburgo várias vezes em trânsito para Moçambique, Zimbabwe e Namíbia e recordo uma infra-estrutrura aeroportuária eficiente e apoiada numa companhia de bandeira, a South African Airways, moderna e com um serviço de qualidade. No entanto, e a exemplo do que já se verifica em outras áreas, a posição sul-africana neste domínio das ligações aéreas vai também passar a ter, a curto-médio prazo, um rival regional de alguma relevância. Com efeito, o governo angolano decidiu recentemente apostar na construção de um novo aeroporto, nos arredores de Luanda, que pretende vir a ser o novo “hub” para a região austral do Continente Africano. Os trabalhos neste novo aeroporto estão a decorrer a bom ritmo, têm o acompanhamento directo do Presidente da República – o que releva a importância do projecto para o Estado angolano –, vai custar cerca de 3 mil milhões de USD e estará, em principio, concluído num prazo de 2 anos. Até lá, haverá um conjunto de outras melhorias que as autoridades angolanas deverão efectuar ao nível das diversas infra-estruturas de apoio ao aeroporto e na modernização e aumento da capacidade operacional da companhia de bandeira angolana (TAAG). No entanto, a construção deste novo aeroporto, em Luanda, não vai ter apenas consequências regionais ou até no Continente Africano. Irá também colocar grandes desafios à TAP Air Portugal, em termos de comerciais e de relacionamento com as autoridades angolanas, numa rota de importância estratégica para a actual companhia de bandeira portuguesa.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Inditex/Zara abriu primeira loja na África do Sul


A Inditex/Zara continua a sua expansão internacional. Na passada Quarta-Feira, abriu a sua primeira loja Zara na África do Sul, nomeadamente no Sandton City Shopping Centre, um dos mais exclusivos centros comerciais de Joanesburgo. Na semana anterior, tinha sido Taipé, capital de Taiwan, a acolher a primeira loja Zara deste pais asiático.  O Peru, Geórgia e Azerbeijão vão ser os próximos mercados de entrada desta marca espanhola, sinal de que o crescimento do Grupo Inditex passa nesta altura, e fundamentalmente, pela entrada e aposta em mercados emergentes.

Actuable (Espanha): Uma plataforma on line para a apresentação/colocação de petições e propostas de mudança social, económica e politica


Cheguei à plataforma Actuable na sequência de uma noticia sobre uma petição apresentada por um grupo de pequenos e médios empresários espanhóis ao governo de Rodriguez Zapatero sobre a situação económica de Espanha. A petição chama-se Manifiesto España Emprende e já tem um número significativo de aderentes, de comentários e de retweets. No entanto, e depois da consulta a esta plataforma, constatei a existência um conjunto mais alargado de propostas e de petições que percebi que podem ser apresentadas/colocadas por qualquer indivíduo mas que através da Actuable passam a ter uma divulgação e uma visibilidade muito mais alargadas. A Actuable apresenta-se como “una comunidad online de personas y organizaciones que unen esfuerzos para transformar el mundo diciéndole a gobiernos, empresas y otros actores importantes de nuestra sociedad qué cambios queremos” e  tem como slogan  "Inicia Acciones, suma fuerzas e provoca cambios". Sinais dos tempos, neste final de 2011, nos países da bacia do Mediterrâneo?

Doação de antigo aluno permite criar o Stanford Institute for Innovation in Developing Economies


A Stanford Graduate School of Business recebeu recentemente uma das maiores doações da sua história no valor de 150 milhões de USD. Os responsáveis por esta acção foram Dorothy and Robert King (na foto), este último um antigo aluno dessa universidade (MBA em 1960) e ex-Presidente da empresa financeira R. Eliot King & Associates. Esta contribuição vai permitir à  Stanford Graduate School of Business a criação do Stanford Institute for Innovation in Developing Economies que vai dedicar à promoção da inovação, do empreendorismo e ao combate à pobreza em países em vias de desenvolvimento.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Financial Times and Goldman Sachs Business Book of the Year: “Poor Economics” by Abhijit Banerjee and Esther Duflo



Na passada Sexta-feira foi anunciado o vencedor do “Financial Times and Goldman Sachs Business Book of the Year” e a escolha do júri recaiu sobre a  obra “Poor Economics” de Abhijit Banerjee e Esther Duflo.

Os autores do livro são professores de economia no MIT-Massachusetts Institute of Technology, onde também dirigem o  J-PAL, um  dos centros de investigação do MIT dedicados ao estudo e à investigação de temas relacionados com a luta contra a pobreza e o desenvolvimento internacional.

Na “short list” estiveram as seguintes obras: Exorbitant Privilege de Barry Eichengreen; Good Strategy/Bad Strategy de Richard Rumelt; The Quest de Daniel Yergin; Triumph of the City de Edward Glaeser; e Wilful Blindess de Margaret Heffernan.
Veja também aqui a web page criada por  Abhijit Banerjee e Esther Duflo  para o debate e reflexão de alguns dos temas abordados no livro "Poor Economics". 

Rumo: Nova revista angolana de economia e negócios



Em Angola, e à semelhança do que já acontece em outros sectores de actividade, também a imprensa económica está a entrar num período de expansão e de forte concorrência com o aparecimento de novas publicações ligadas a alguns dos principais grupos económicos locais.

Desta vez, o Grupo Impresa e a sociedade angolana de gestão de activos Finicapital vão lançar, até ao final do ano, a revista de economia e negócios Rumo, de periodicidade mensal e que vai ser dirigida por Luís Ferreira Lopes, ex-editor de economia da SIC e Rosália Amorim, ex-coordenadora da revista Única do Expresso. Até ao lançamento desta publicação, podemos começar já a acompanhar as novidades económicas e empresariais angolanas através da web page da Rumo.

domingo, 6 de novembro de 2011

O estado chocante e deplorável da casa de Aristides Sousa Mendes em Cabanas de Viriato, distrito de Viseu



É chocante e deplorável o estado de conservação da casa de Aristides Sousa Mendes, classificada como monumento nacional, em Cabanas de Viriato, distrito de Viseu. Não é desta maneira que se homenageia a memória e se reconhece a generosidade e o altruísmo dos actos praticados pelo "Cônsul português em Bordéus, durante a 2ª Guerra Mundial". Veja aqui o texto do artigo ontem publicado no jornal Público sobre este assunto, sob o título "Em defesa da Casa do Passal, de Aristides Sousa Mendes", e que nos chegou via blogue Duas ou Três Coisas.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A propósito da entrada do Grupo Jerónimo Martins na Colômbia



O Grupo Jerónimo Martins (JM) anunciou esta semana que a Colômbia vai ser o seu novo mercado de expansão internacional, depois de Portugal e da Polónia. Nos próximos 3 anos, o Grupo Jerónimo Martins estima investir cerca de 400 milhões de euros no mercado colombiano. É uma aposta forte de um grupo empresarial que é hoje uma referência mundial no sector da distribuição alimentar . Por sua vez, a Colômbia com 44 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento bastante robusta,  é um dos mercados emergentes que oferece maiores potencialidades de negócios em vários sectores de actividade económica.
Esta é também uma noticia que poderá suscitar interesse a algumas empresas portuguesas que apostam nos mercados da América Latina, e nomeadamente na Colômbia, para a sua expansão internacional. A exemplo do que se verificou com a entrada e posterior expansão do Grupo Jerónimo Martins na Polónia, este novo investimento vai criar oportunidades de negócios que permitirão alavancar a penetração de empresas portuguesas e polacas (algumas delas já fornecedoras da JM)  no mercado colombiano, para além de que deverá obrigar a algumas alterações no dispositivo português de diplomacia comercial existente na América Latina.

TAP Air Portugal, Qatar Airways e Spanair



No inicio deste ano, a imprensa portuguesa dava conta do interesse de várias companhias de aviação estrangeiras na privatização da Tap Air Portugal. Uma das empresas de que se falava era a Qatar Airways, companhia de bandeira do Qatar. Na altura referia-se que "a TAP é muito interessante para a Qatar Airways, já que não tem parcerias nem na Star Aliance, nem na Oneworld, e quer posicionar-se no mapa global...além de que o Qatar tem as maiores reservas de gás do mundo, é muito rico em petróleo e há grandes ligações no Brasil na área do gás. É óbvio que precisa de ligações massivas ao Brasil, logo, uma companhia com mais de 70 ligações semanais para aquele país, como a TAP, torna-se atractiva". Por motivos vários, a privatização da TAP ainda não avançou, mas a Qatar Airways deu um passo em frente e, de acordo com a imprensa espanhola, estará nesta altura a negociar a aquisição de 49% do capital da companhia espanhola de aviação Spanair que atravessa grandes dificuldades financeiras. Com esta aquisição, e segundo a mesma fonte, a Qatar Airways pretende converter o aeroporto de Barcelona num "hub" (centro de distribuição de voos) para a América Latina e Costa Leste dos EUA, entrando assim em concorrência directa com as operações da TAP Air Portugal para as referidas zonas geográficas. A concretizar-se a referida aquisição quais vão ser as consequências para o futuro da Tap Air Portugal?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Leituras: "10 Reasons Why Russia Still Matters", Belfer Center for Science and International Affairs/Harvard Kennedy School

Foto: AP Photo/RIA-Novosti, Dmitry Astakhov, Presidential Press Service

Nas últimas décadas, assistimos a mudanças significativas na politica internacional e ao aparecimento de um conjunto de novas realidades politicas e económicas que mudaram bastante a actuação externa de muitos países, entre os quais os EUA e a Rússia. No entanto, e apesar das novas prioridades das politicas externas norte-americana e russa, a Rússia deve continuar a merecer uma atenção muito especial por parte dos decisores norte-americanos, como justificam e explicam aqui e aqui um grupo de investigadores do Belfer Center for Science and International Affairs/Harvard Kennedy School.  E como nos recordam estes investigadores a primeira razão para a Rússia continuar no topo da agenda da politica externa norte-americana é a seguinte: " Russia remains the only nation that can erase the United States from the map in 30 minutes. As every president since John F. Kennedy has recognized, Russia’s cooperation is critical to averting nuclear war".