Venâncio de Moura (1942-1999) foi um destacado diplomata e dirigente do MPLA, natural da Província do Uíge (norte de Angola). Fez parte dos grupos de ativistas que lutaram pela independência de Angola, e já depois da Independência do país em 1975, dedicou 23 anos da sua vida à diplomacia angolana, primeiro como Embaixador em Itália e depois como Vice-Ministro e Ministro das Relações Exteriores (1992-1999), em períodos difíceis e bastante determinantes da evolução política em Angola (guerra civil angolana, tendo sido o signatário dos Acordos de Lusaka, em nome do governo angolano liderado, na altura, pelo Presidente Eduardo dos Santos), na África Central e Austral (Independência da Namíbia, em 1990; fim do regime do apartheid na África do Sul, em 1994; morte do Presidente Mobutu Sese Seko, em 1997, e inicio da guerra civil no Zaire/Congo; instabilidade política no Zimbabwe; entre outros acontecimentos internacionais) e até no espaço lusófono (crises políticas em S. Tomé e Príncipe e na Guiné-Bissau).
Esta foi uma merecida homenagem do Estado Angolano a Venâncio de Moura, e também à sua família, nomeadamente à tia Mariana (viúva), e também ao Nsady (filho), pelos anos em que esta acompanhou bastante de perto a atividade profissional do marido e por toda a sua dedicação, implicação e amor a Angola.