A crise internacional não está a condicionar a expansão e os investimentos internacionais das empresas multinacionais da América Latina e Caribe, segundo é revelado no relatório “La inversión extranjera directa en América Latina y el Caribe 2008” do CEPAL (Comissão Económica para a América Latina e Caribe das Nações Unidas) -. O investimento no estrangeiro das chamadas “"translatinas" atingiu, em 2008, 35 561 milhões de USD, o que representou um crescimento de 42% em relação ao ano de 2007. Os resultados alcançados em 2008 foram os melhores de sempre, só ultrapassados pelo valor dos investimentos no exterior realizados em 2006 (42 986 milhões de USD).
As 15 maiores empresas da América Latina e Caribe (2007)
Empresa - País de origem - Vendas 2007 (Em milhões de USD) - Sectores
1. PDVSA (Venezuela), 110 000, Petróleo/Gas
2. PETROBRAS (Brasil), 87 476, Petróleo/Gas
3. AMÉRICA MÓVIL/TELMEX (México), 41,221, Telecomunicaciones
4. BRASKEM (Brasil), 9 981, Petroquímica
5. GRUPO ALFA (México), 9 750, Diversificado
6. CENCOSUD (Chile), 7 623, Comercio minorista
7. TECHINT (Argentina), 39 770, Siderurgia/Metalurgia
8. CIA. VALE DO RIO DOCE (Brasil), 33 115, Minería
9. BANCO ITAÚ (Brasil), 31 195, Banca
10. CEMEX (México), 21 673, Cemento
11. MEXICHEM (México), 21 170, Petroquímica
12. GRUPO MODELO (México), 17 291, Bebidas
13. GERDAU (Brasil), 17 283, Siderurgia/Metalurgia
14. FEMSA (México), 16 453, Bebidas
15. GRUPO VOTORANTIM (Brasil), 13 589 Cemento, minería, acero y otros
Fonte: CEPAL
Em 2008, o Brasil foi o maior investidor latino-americano no estrangeiro com 20 457 milhões de USD (61% de total), principalmente nos sectores dos recursos naturais, siderurgia e alimentos, seguido do Chile (6 891 milhões de USD) e da Venezuela (2.757 milhões de USD).
Em função destes dados, as instituições portuguesas deverão estar particularmente atentas à actividade das "translatinas", nomeadamente às de origem brasileira e mexicana.