Para todos os nossos leitores, votos de um excelente ano de 2010.
Do blogue Vida en Red aqui vão alguns "Consejos para ser altamente efectivos en el 2010".
Tendências, estratégias e negócios em mercados internacionais. Globalização, comércio e investimento internacional. Desenvolvimento e cooperação internacional. E outras coisas mais.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
“New York Times” destaca vinhos da Madeira
Eric Asimov, “chief wine critic” do New York Times faz um conjunto de referências bastante elogiosas (veja também os comentários ao post) à qualidade dos vinhos da Madeira no seu blogue “The Pour”, existente na versão "on line" do referido jornal norte-americano. Trata-se de um excelente "apoio" à promoção dos vinhos da Madeira no mercado dos EUA.
Brasil lança forte ofensiva económica e comercial em África e na América Latina
Depois da China, chegou a vez do Brasil reforçar a sua aposta económica e comercial em África e na América Latina.
Com o objectivo de estimular as exportações brasileiras de bens e serviços, sobretudo para novos mercados, e de criar na América do Sul uma zona de “influência económica e comercial”, o governo de Lula da Silva decidiu injectar cerca de 31, 4 mil milhões de euros no BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social de modo a que esta instituição bancária pública possa lançar um conjunto de linhas de crédito, em condições especiais, de apoio à internacionalização das empresas brasileiras. No caso dos mercados africanos, e sobretudo dos PALOP, vamos ter, com certeza, um aumento da concorrência à oferta portuguesa de bens e serviços com interesses nestes países, principalmente nas fileiras alimentar, bens de equipamento, construção civil e obras públicas e consultadoria de engenharia.
sábado, 26 de dezembro de 2009
Leituras: "The Role of International Investment Agreements in Attracting Foreign Direct Investment to Developing Countries"
A UNCTAD acaba de publicar um excelente trabalho sobre o papel dos acordos de promoção e protecção mutua de investimentos na atracção de investimento estrangeiro em países em desenvolvimento.
"Financial Times's Person of the Year"
Lloyd Blankfein da Goldman Sachs é o "FT's Person of the Year". Veja aqui o perfil deste gestor.
"Top Global Think Tanks"
Os "Think Tanks" são uma uma realidade incontornável nos dias de hoje, estimando-se que existam actualmente cerca de 5500 organizações deste género em 170 países. Uma grande das decisões ao nível do sector público, até alguma das opções feitas pelo sector privado, têm por base reflexões e propostas geradas em "think tanks" ou em "idea factories", como muitos já chamam a este tipo de entidades. Ciente desta relevância, James G. Mcgann, um investigador da área das relações internacionais da Universidade da Pennsylvania (EUA), publicou um interessante estudo à escala mundial sobre o fenómeno dos "think tanks". Veja também aqui o artigo que a revista "Foreign Policy" dedicou a este assunto.
Em Portugal, existe um longo caminho a percorrer nesta área, não existindo, ainda, um "think tank" de referência na área da economia internacional/negócios internacionais. Até quando?
Relocalizações e deslocalizações industriais na Europa
Hoje tudo muda muito depressa e em muitos dos casos de forma imprevisivel! O construtor automóvel italiano Fiat anunciou que vai mudar o local de produção do modelo Fiat Panda de Tychy, na Polónia, para Milão, em Itália, e por outro lado o modelo Fiat Topolino vai passar a ser montado na Sérvia, quando tudo fazia prever que esta operação tivesse lugar na Polónia. A competitividade dos países e sua capacidade de atracção e fixação de investimento directo estrangeiro é, para bem e para o mal, uma realidade cada vez mais dinâmica, efémera e circunstancial. E Portugal, para o bem e para o mal, deverá ter isto bem presente!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Quem são os chefes de Gabinete dos novos Comissários Europeus?
Os novos Comissários Europeus começam a escolher os seus chefes de gabinete, um importante cargo no âmbito da administração comunitária, e a escolher as suas equipas. Depois da aparentemente falhada indicação de Jaime Silva, ex-Ministro da Agricultura, para chefe de gabinete do Comissário romeno Dacian Ciolos, responsável pela pasta da Agricultura e Desenvolvimento Rural, uma portuguesa, Anabela Gago, irá liderar a equipa de László Andor, Comissário húngaro que se ocupará do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão. Veja aqui a lista dos chefes de gabinete dos Comissários e aqui o tipo o seu papel que desempenham na estrutura da Comissão Europeia.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
CDE/CDI e EBCAM
Há dias neste post fizemos referência ao excelente trabalho desenvolvido no âmbito do CDE (Centro para o Desenvolvimento da Empresa)/CDI (Centro para o Desenvolvimento Industrial) pela "dupla" Fernando Matos Rosa/Cristina Valente de Almeida. Havíamos perdido o "rasto" a Fernando Matos Rosa. Entretanto, fomos informados que continua ligado à promoção de negócios com África, enquanto Secretário-Geral da EBCAM - European Business Council for Africa and the Mediterranean. Daqui envio-lhe um abraço com votos de sucessos!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Leituras: "Three Ways to Keep Your Ego in Check"
A não perder esta proposta de Jon Baldoni, leadership development consultant, que encontrámos na Business Week.
Indonesia: Tiger-in-Waiting
Como já aqui escrevemos, a Indonésia é umas economias emergentes que está nesta altura a despertar maior interesse junto de decisores e investidores internacionais. Cientes deste facto, o Banco Mundial acaba de publicar o relatório "Doing Business in Indonesia" que sistematiza um conjunto de informações sobre a regulamentação de negócios em 14 cidades deste país.
Espanha aposta no Vietname
Os governos espanhol e vietnamita assinaram dois memorandos de entendimento através dos quais Espanha irá financiar parte da construção da nova rede de metro da cidade de Ho Chi Minh (antiga Saigão) e várias infraestruturas de tratamento e gestão de águas deste emergente mercado asiático.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
"Poemas de Alfredo Tennyson", traduzidos por Octávio dos Santos
O meu amigo Octávio dos Santos lançou no passado dia 09 de Dezembro o seu novo livro "Poemas de Alfred Tennyson: traduzidos por Octávio dos Santos". O livro é da editora "Saída de Emergência" e foi apresentado na Câmara de Comércio Luso-Britânica, em Lisboa, por Paulo Lowndes Marques. Parabéns Octávio por mais este livro!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
UK Trade & Investment Blog
Os blogues “Notas Verbais” e “Duas ou Três Coisas" já haviam feito referência à existência do "FCO Bloggers: Global Conversations", blogue do Ministério dos Negócios Estrangeiros Britânico, onde o Ministro e Secretários de Estado desta área, cerca de duas dezenas de Embaixadores do Reino Unido e outro pessoal diplomático de várias áreas alimentam blogues pessoais, na maioria dos casos dentro da plataforma informática do referido Ministério (o Embaixador britânico em Lisboa, Alexander Ellis, usa a plataforma do jornal "Expresso" para o seu blogue “Um bife mal passado”).
Mas não é, felizmente, caso único na administração do Reino Unido. O UK Trade & Investment, agência pública britânica responsável pela promoção das exportações e do investimento, acabou também de criar um “super blogue” onde um grupo muito variado de colaboradores, incluindo os membros da administração e quadros da rede externa, participa na discussão de temas económicas e empresariais relevantes para o país e para a própria instituição. Veja aqui o link para o UK Trade & Investment Blog.
Governo de Lula da Silva apresenta plano de internacionalização das empresas brasileiras
No inicio desta semana, o Governo brasileiro apresentou durante um seminário realizado na sede da poderosa Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) o documento “Termo de Referência: Internacionalização das Empresas Brasileiras”. Este trabalho analisa os principais desafios que se colocam à internacionalização da economia deste país, faz um “benchmark” de países como Espanha, Coreia do Sul, Taiwan, China e Índia e apresenta um conjunto de propostas para promoção da expansão internacional das empresas brasileiras.
A elaboração deste plano durou cinco meses e foi coordenado pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) com a participação de representantes do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Fazenda, Casa Civil da Presidência da República, Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e Instituto de Pesquisa Económica Aplicada.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Polónia na RTP Internacional
Numa recente incursão pelo YouTube encontrei uma reportagem muito interessante realizada, há já algum tempo, pela RTP sobre a Polónia e a intervenção empresarial portuguesa neste mercado. Veja aqui o video.
The FP Top 100 Global Thinkers
A revista norte-americana "Foreign Police" acaba de anunciar o ranking "Top 100 Global Thinkers". O ranking deste ano é liderado por Ben Bernanke, Chairman da Federal Reserve (EUA), seguido de Barack Obama, Presidente dos EUA, e de Zahra Rahnavard, activista iraniana que esteve envolvida na chamada "Revolução Verde" e mulher do lider oposicionista Mir Hossein Mousavi. Fernando Henrique Cardoso, ex-Presidente do Brasil, é o único líder lusófono que surge neste trabalho da "Foreign Police", ocupando a 11ª posição. Veja aqui a lista completa.
domingo, 6 de dezembro de 2009
BAI eleito banco do ano em Angola
O BAI-Banco Africano de Investimentos foi eleito "Banco do Ano" em Angola pela revista internacional "The Banker" (Grupo Financial Times), devido ao crescimento que registou em 2009. Para além disso, o BAI é o único banco de capitais angolanos a constar no Top 20 dos bancos africanos por activos líquidos da mesma publicação.
O BAI foi a primeira instituição bancária de capitais angolanos a instalar-se em Portugal, no início da década de 90, através da criação do Banco BAI Europa que possui actualmente operações em Lisboa (sede) e no Porto.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Portugal e o CDE - Centre for Development of Entreprise
Conforme se pode constatar da leitura do site do CDE-Centre for Development of Entreprise estão abertos os concursos para o preenchimento dos lugares de Director e de Director-Adjunto desta organização, devendo o primeiro posto ser ocupado por um cidadão da UE e o segundo por um cidadão de um país ACP-África, Caraíbas e Pacífico. O CDE, sedeado em Bruxelas, é uma organização conjunta da União Europeia e dos Países ACP, criada no âmbito do Acordo de Cotonou, e que tem por objectivo o desenvolvimento das empresas privadas dos países ACP tendo sucedido ao CDI-Centro para o Desenvolvimento Industrial. Os postos de Director-Adjunto e de Director destas organizações já foram ocupados, durante vários anos (em meados da década de 90 e primeiros anos da actual década), por um português, Fernando Matos Rosa. Nesse período, e devido fundamentalmente ao grande dinamismo da então responsável pela "antena" em Portugal do CDI/CDE, Cristina Valente de Almeida, as empresas portuguesas, sobretudo PME's, chegaram a liderar o ranking do número de projectos aprovados por país no âmbito desta entidade. A situação, entretanto, alterou-se profundamente. Para além disso, não existe também nenhum quadro português em lugar de destaque na estrutura desta organização. Por isso, o concurso agora aberto para o lugar de Director do CDE e a forma como Portugal está representado neste organismo deveriam merecer uma atenção especial por parte das entidades portuguesas competentes.
Leituras: "Partnership Nº 105 - CDE"
O CDE-Centre for Development of Entreprise acaba de publicar a edição de Novembro'2009 da sua newsletter "Partnership", sem referências a actividades desenvolvidas por esta organização nos PALOP e/ou que tenham tido o envolvimento das suas parceiros portugueses.
Portugal e a América Latina
Francisco Seixas da Costa, actual Embaixador de Portugal em Paris, no seu blogue Duas ou Três Coisas faz uma excelente análise do relacionamento politico de Portugal e de Espanha com os países da América Latina, a propósito da última Cimeira Ibero-Americana realizada em Lisboa. Atrevia-me a acrescentar à referida análise uma chamada de atenção para a necessidade de nos empenharmos mais no desenvolvimento da dimensão económica e empresarial desta comunidade de países ibero-americanos. Este alerta é particularmente válido para o caso de Portugal.
No âmbito da estratégia de internacionalização da economia portuguesa, o Brasil e, num segundo nível de prioridade, o México, Chile, Argentina e a Venezuela, deverão constituir países de aposta de uma renovada abordagem da América Latina por parte das empresas portuguesas.
Pela importância económica e estratégica do Brasil no contexto mundial, pensamos que está na hora das empresas portuguesas iniciarem ou reforçarem a intervenção neste importante mercado com novas estratégias, novos recursos, novos protagonistas e também com as lições e experiências retiradas do último grande "impulso" de internacionalização para este país, realizado durante os governos de António Guterres. Este novo ciclo de internacionalização para deverá ser equacionado, quanto antes, pois apesar do sucesso de alguns investimentos portugueses no Brasil, das experiências bem sucedidas de intervenção conjunta de empresas portuguesas e brasileiras em terceiros mercados e da forte componente institucional e "sentimental" que caracteriza o relacionamento entre os dois países, Portugal continua a ser um parceiro comercial pouco relevante do Brasil. De acordo com os dados da Eurostat para o 1º semestre de 2009, Portugal foi, entre os países da UE27, o 13º fornecedor do Brasil (com exportações no valor de 102 milhões de euros), sendo ultrapassado por países como a Irlanda (103 milhões de euros), Dinamarca (133 milhões de euros), Suécia (274 milhões de euros), Áustria (283 milhões de euros) e Finlândia (296 milhões de euros).
Há, por isso, muito para fazer!
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Leituras: "Anti-corruption policies and measures of the Fortune Global 500"
Um relatório da UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime) e da PricewaterhouseCoopers analisa algumas das medidas que as empresas que integram o ranking "Fortune 500 Global Index (2008)" estão a implementar para combater a corrupção.
domingo, 29 de novembro de 2009
Os franceses e a politica de ajuda ao desenvolvimento
Uma sondagem da Agence Française de Développement (AFD)/IFO revela que, apesar da crise, os franceses apoiam a ajuda pública ao desenvolvimento realizada pelo seu país, mas desejam conhecer melhor os resultados alcançados.
E no de caso de Portugal, qual será a a opinião dos portugueses sobre a ajuda pública ao desenvolvimento (APD)? Têm os portugueses um conhecimento mínimo dos valores envolvidos, projectos financiados, principais países destino e resultados alcançados pela APD portuguesa? E quais são e como é que actuam os vários agentes públicos e privados envolvidos na politica de cooperação portuguesa? Que recursos dispõe a cooperação oficial portuguesa nos principais países destino da sua ajuda pública ao desenvolvimento? Será que tem havido suficiente debate em Portugal sobre este assunto? Aqui ficam para reflexão algumas questões sobre este tema.
Modelo de desenvolvimento económico finlandês em crise?
O modelo de inovação e de desenvolvimento económico finlandês tem diversos problemas, é "complicado" e necessita urgentemente de ser revisto. Esta é a opinião de diversos especialistas e que é corroborada num estudo encomendado pelo governo finlandês e designado "Evaluation of the Finnish National Innovation System". Depois dos problemas que a Nokia enfrenta seguem-se agora as dificuldades daquele que era considerado o modelo de inovação referência em termos internacionais. Não estarão estas duas situações, ainda que indirectamente, relacionadas?
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Leituras: "Mass Resignations at China's Top Magazine"
Artigo de Bob Dowling da revista "BusinesseWeek" sobre a demissão de Wang Boming, jornalista diplomada na Universidade de Columbia (USA) e responsável da revista chinesa "Caijing". O significado desta demissão, e as suas consequências politicas, tem sido abordado nos últimos dias pelos principais orgãos de comunicação social internacionais.
Leituras: "Começar de novo"
Artigo de opinião de Paulo Pedroso no jornal "Público" sobre o actual momento político.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Leituras: "American Economic Relations with Asia"
Num momento em que a administração norte-americana de Barack Obama aposta seriamente no desenvolvimento das relações económicas com a Ásia, Marcus Nolan do "think tank" Peterson Institute for International Economics (USA), publica um interessante trabalho sobre este tema.
Blogue Notas Verbais - Agradecimento
Agradeço a simpática referência feita aqui por um dos mais interessantes, atentos e acutilantes espaços da blogosfera. São estas mensagens que alimentam a vontade de ir andando e prosseguindo o nosso caminho.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Comércio externo UE27-Rússia: Portugal com uma posição marginal
No passado dia 18 de Novembro, teve lugar em Estocolmo, Suécia, a 24ª Cimeira da União Europeia com a Rússia.
A propósito deste evento o Eurostat publicou um conjunto de estatísticas sobre o comércio externo UE27-Rússia. Destes dados, há a reter as seguintes principais conclusões:
a) A Rússia perde importância enquanto parceiro comercial da UE27 - No primeiro semestre de 2009, e em comparação com o período homólogo do ano anterior, as exportações da UE27 decresceram de 51 mil milhões de euros para 31 mil milhões de euros. A mesma tendência observou-se ao nível das importações da UE27 que passaram de 91 mil milhões de euros para 52 mil milhões de euros, no mesmo período.
b) Na UE27 a Alemanha é o principal parceiro comercial da Rússia - A Alemanha é o principal exportador (cerca de 9,6 mil milhões de euros que representaram 31% do total das exportações) e o maior importador da Rússia (10, 4 mil milhões de euros e 20% das importações totais). Depois da Alemanha, e como fornecedores do mercado russo, surgem a Itália (3,1 mil milhões de euros e 10% do total), França (2,3 mil milhões de euros e 8% do total), Holanda (2,1 mil milhões de euros e 7% do total) e Finlândia (2 mil milhões de euros e 6% do total).
c) Portugal tem uma posição pouco relevante enquanto fornecedor do mercado russo - No período em análise, 1º semestre de 2009, Portugal foi (apenas) o 24º fornecedor da Rússia no quadro da UE27 (49 milhões de euros de exportações), seguido do Luxemburgo (46 milhões de euros), Chipre (11 milhões de euros) e Malta (as exportações não chegaram a 1 milhão de euros). Refira-se ainda a posição e o valor das vendas dos seguintes países: Áustria, 1 088 milhões de euros; Hungria, 960 milhões de euros; Espanha, 676 milhões de euros; Dinamarca, 463 milhões de euros; Irlanda, 97 milhões de euros; Grécia, 97 milhões de euros.
A propósito deste evento o Eurostat publicou um conjunto de estatísticas sobre o comércio externo UE27-Rússia. Destes dados, há a reter as seguintes principais conclusões:
a) A Rússia perde importância enquanto parceiro comercial da UE27 - No primeiro semestre de 2009, e em comparação com o período homólogo do ano anterior, as exportações da UE27 decresceram de 51 mil milhões de euros para 31 mil milhões de euros. A mesma tendência observou-se ao nível das importações da UE27 que passaram de 91 mil milhões de euros para 52 mil milhões de euros, no mesmo período.
b) Na UE27 a Alemanha é o principal parceiro comercial da Rússia - A Alemanha é o principal exportador (cerca de 9,6 mil milhões de euros que representaram 31% do total das exportações) e o maior importador da Rússia (10, 4 mil milhões de euros e 20% das importações totais). Depois da Alemanha, e como fornecedores do mercado russo, surgem a Itália (3,1 mil milhões de euros e 10% do total), França (2,3 mil milhões de euros e 8% do total), Holanda (2,1 mil milhões de euros e 7% do total) e Finlândia (2 mil milhões de euros e 6% do total).
c) Portugal tem uma posição pouco relevante enquanto fornecedor do mercado russo - No período em análise, 1º semestre de 2009, Portugal foi (apenas) o 24º fornecedor da Rússia no quadro da UE27 (49 milhões de euros de exportações), seguido do Luxemburgo (46 milhões de euros), Chipre (11 milhões de euros) e Malta (as exportações não chegaram a 1 milhão de euros). Refira-se ainda a posição e o valor das vendas dos seguintes países: Áustria, 1 088 milhões de euros; Hungria, 960 milhões de euros; Espanha, 676 milhões de euros; Dinamarca, 463 milhões de euros; Irlanda, 97 milhões de euros; Grécia, 97 milhões de euros.
Como se constata, e no caso da posição portuguesa, existe uma grande margem de crescimento e um longo caminho (ainda) a percorrer pelas empresas nacionais no "difícil" mercado russo.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Negócios com Timor Leste (3)
Já antes havíamos referido aqui e aqui sobre a necessidade de reforço da presença empresarial portuguesa em Timor Leste, face à relevância do envolvimento politico e institucional de Portugal com este país lusófono.
De acordo com dados do IPAD - Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Timor Leste recebeu, entre 2005 e 2008, cerca de 121, 5 milhões de euros de ajuda pública ao desenvolvimento portuguesa, tendo sido em 2008, e depois de Cabo Verde, o país lusófono que mais beneficiou da ajuda bilateral nacional (27, 3 milhões de euros que representaram 10,4% do total).
Por isso, assumem particular significado os anúncios recentes referentes à intenção da Caixa Geral de Depósitos em criar um banco de direito timorense e ao arranque de um projecto imobiliário em Dili, no valor de 27 milhões de euros, por parte da "holding" Estia, ligada aos Irmãos Martins (Martifer) e ao Finibanco.
Parece-nos que estamos no bom caminho, mas haverá, com certeza, muitas oportunidades ainda por explorar!
Entretanto, deixamos também aqui o link para o site institucional da Embaixada de Portugal em Timor Leste.
sábado, 21 de novembro de 2009
Martifer, Euro'2012 e diplomacia comercial
A Martifer anunciou esta semana que a sua sucursal polaca, a Martifer Polska, ganhou o concurso para o fabrico e montagem da estrutura metálica do Baltic Arena, em Gdansk, um dos estádios que vai acolher alguns dos jogos do Fase Final do Campeonato Europeu de Futebol de 2012 (Euro'2012) que irá ser co-organizado pela Polónia e Ucrânia. Uma empreitada que vai envolver cerca de 6 440 toneladas de estrutura metálica e vai custar 10,4 milhões de euros.
É uma obra importante e com um grande valor simbólico, pois comprova a competitividade e a capacidade de uma empresa portuguesa, neste caso a Martifer, num mercados europeus mais dinâmicos e concorrenciais. Estão, por isso, de parabéns os quadros portuguesas e polacos da Martifer Polska, empresa localizada na cidade de Gliwice (Silésia, sul da Polónia) e que tive oportunidade de visitar várias vezes no período em que desempenhei funções de Director da AICEP e de Conselheiro Económico na Embaixada de Portugal na Polónia (2003-2007).
Para mim, esta noticia tem também para um significado especial, pois sempre acreditei que seria possível o envolvimento das empresas portuguesas na construção e reabilitação dos estádios polacos e ucranianos do Euro'2012. No período em que estive colocado em Varsóvia, e com o apoio e intervenção directa dos Embaixadores de Portugal na Polónia - primeiro Margarida Figueiredo e depois José Sequeira e Serpa -, com quem tive o grande prazer de trabalhar, acompanhámos com muita atenção e dedicação o chamado dossier "Euro 2012". No âmbito deste dossier, realizámos reuniões de trabalho com várias empresas nacionais - sobretudo das áreas da construção civil, arquitectura, imobiliário, metalomecânica, banca e consultadoria de engenharia; informámos estas sobre as características dos concursos de construção/realibilitação dos estádios e acerca dos principais "players" envolvidos; agendámos encontros com várias entidades e empresas locais; convidámos, em colaboração com algumas firmas portuguesas, decisores e jornalistas polacos para visitarem os estádios portuguesas do Euro 2004; e efectuámos todas as "diligências" possíveis por estas empresas, no âmbito da chamada "diplomacia económica".
Com esta noticia sobre a Martifer constata-se também o indiscutivel sucesso da grande maioria dos investimentos portugueses no mercado polaco que constitui hoje, sem dúvida, um mercado incontornável nas estratégias de internacionalização destas empresas e, acrescentaríamos, de todas as outras que tenham planos sérios e consistentes de abordagem de mercados externos.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Leituras: "La UE denuncia a España por modificar los contratos públicos tras adjudicarlos"
Artigo do jornal "El Pais" sobre a intervenção da Comissão Europeia nos procedimentos seguidos em Espanha ao nível dos contratos públicos.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Leituras: "Corruption Perception Index' 2009"
A ONG alemã Transparency International acaba de publicar a edição de 2009 do "Corruption Perception Index".
Leituras: Resolução do Conselho de Ministros sobre internacionalização da economia
Resolução do Conselho de Ministros de 19 de Novembro que estabelece um conjunto de medidas específicas para a concretização da estratégia de internacionalização da economia portuguesa.
Leituras: "Escolher e decidir"
Artigo de opinião de António Gomes Mota, Presidente da ISCTE Business School, publicado hoje no Diário Económico sobre a problemática da internacionalização das empresas.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
MBA's chegam a Cuba
Depois de há cerca de 2 semanas a universidade argentina Aden Business School ter chegado a acordo com o governo cubano para a criação do primeiro MBA em Cuba, chegou agora a vez do escola de negócios espanhola Esade avançar também para a constituição de um centro de ensino para alta direcção na ilha de Fidel Castro. Segundo a imprensa espanhola, este projecto vai ter o apoio financeiro da União Europeia e surge no âmbito da European Foundation for Management Development (EFMD), rede internacional de escolas de negócios.
Como se constata, a internacionalização dos estabelecimentos de ensino superior é um assunto que está na agenda internacional, depois das iniciativas percursoras das principais escolas de negócios americanas e europeias (Insead, Iese, Esade, Hec, entre outras) que têm hoje uma presença, fundamentalmente, nos principais mercados emergentes. As universidades portuguesas devem estar atentas e acompanhar esta tendência de criação local de estruturas de formação e/ou de captação de estudantes, sobretudo nos países mais próximos em termos culturais e históricos e/ou naqueles onde já exista alguma massa critica de tecido empresarial com ligações a Portugal (casos de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Timor-Leste, mas também de Macau, Polónia, Roménia, Marrocos, entre outros).
Doing Business in the Arab World'2010
O Banco Mundial acaba de publicar o relatório "Doing Business in the Arab World'2010" que faz uma análise do quadro regulamentar na área dos negócios em 20 países árabes do Médio Oriente, Norte de África e África Subsaariana. Em 2008/2009, os Emirados Árabes Unidos e o Egipto estiveram entre os "top 10 global reformers".
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
China: actor global
Esta semana decorreu, em Lisboa, a edição de 2009 do “Global China Business Meeting” que reuniu um conjunto muito vasto de líderes económicos e empresariais chineses e seus contrapartes internacionais, oriundos principalmente da Europa e África. Esta iniciativa organizada pela empresa de consultadoria Horasis contou com o apoio do Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, através da AICEP e do Turismo de Portugal e também da Caixa Geral de Depósitos. Os assuntos debatidos neste encontro foram muito actuais e relevantes, e à margem desta iniciativa o Banco Espirito Santo anunciou que irá alargar a sua actividade a Hong Kong, o Banco Comercial Português solicitou autorização para criar uma sucursal (“on shore”) em Macau e o BANIF acabou de ter "luz verde" para a abertura de um escritório de representação em Hong Kong.
Nesta mesma semana, um fundo soberano chinês – o China Investment Corporation - comprou 15% da empresa de energia norte-americana AES Corporation por 1 580 milhões de USD e realizou-se, durante dois dias,, em Sharm El-Sheik (Egipto), o Fórum de Cooperação China-África com a presença do Primeiro-Ministro chinês, Wen Jiabao, e de representantes de 50 países. Nesta ocasião, o governo de Pequim anunciou o lançamento de um dispositivo de linhas de crédito concessionais, no valor de 10 mil milhões de USD, para o Continente Africano e para os próximos 3 anos (recorde-se que a China é o segundo parceiro comercial de África, depois dos EUA, e que os investimentos chineses em África passaram de 327 milhões de euros, em 2003, para 5,2 mil milhões de euros, em 2008).
Hoje, a China é, de facto, um actor global que devemos seguir e acompanhar com muita atenção.
Em Portugal, e à semelhança do que se verifica em outros países europeus, começam a surgir ao nível do sector privado um conjunto de entidades e empresas com “know-how” e capacidade de aconselhamento sobre as melhores formas de abordagem do mercado chinês e que podem complementar e auxiliar as actividades desenvolvidas pelas instituições públicas. Merecem especial referência, entre outros, os trabalhos dos Profs. Nelson António (ISCTE), Virgínia Trigo (ISCTE) e Fernanda Ilhéu (ISEG) – que acabou de criar o projecto ChinaLogus -, da Câmara de Comércio e Industria Luso-Chinesa, e também as iniciativas protagonizadas por empresas de consultadoria como a Market Acess e Edeluc.
Leituras: "2009 Best Young Entrepreneurs/Business Week"
Veja aqui o ranking da revista "Business Week" sobre os casos mais promissores de empreendorismo, no ano de 2009, nos EUA.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
"Fall of the Berlin Hall: A Victory for Europe"
Hoje comemoram-se os 20 anos da Queda do Muro de Berlim. Um dia histórico, memorável e feliz para a grande maioria dos europeus, sobretudo para os povos da Europa Central e Oriental, e um dos momentos políticos mais marcantes e impressionantes que até agora tive oportunidade de assistir. Foram muitos os que contribuíram para este acto cheio de simbolismo politico. Todavia, não poderemos esquecer os papéis determinantes do Papa João Paulo II, de M. Gorbatchev, de Ronald Reagan, de Helmut Kohl, de Lech Walesa e do sindicato polaco Solidariedade e de todos os anónimos que durante mais de 40 anos, e com enormes sacrificios pessoais, lutaram contra a ocupação soviética dos seus próprios países.
Sobre a dimensão económica e politica deste acontecimento, Gabriele Suder, professora de International Business na Ceram Business School, escreve um artigo muito interessante na revista Business Week.
Espanha aposta forte no mercado indiano
Espanha está a fazer uma forte aposta no apoio à internacionalização das suas empresas para o mercado indiano. Nos próximos dias 10 e 11 de Novembro, uma missão empresarial composta por 65 empresas espanholas, e liderada pelo Príncipe das Astúrias e pela Secretária de Estado do Comércio, Silvia Iranzo, vai deslocar-se a Bombaim para participar num encontro empresarial hispano-indiano que tem por objectivo a identificação de oportunidades de cooperação empresarial e de investimento. Esta é a segunda grande iniciativa realizada pelas autoridades espanholas nos últimos 2 anos na Índia, depois do Forum de Investimentos e Cooperação Empresarial, realizado em Nova Deli, em Dezembro de 2008.
Para além das referidas iniciativas, e devido ao potencial e às oportunidades existentes no mercado da Índia, o ICEX - Instituto Espanhol do Comércio Externo tem um programa especifico de promoção da imagem e dos bens e serviços espanhóis designado por "Plan Integral de Desarollo de Mercados de la India".
domingo, 8 de novembro de 2009
Luis Reto novo reitor do ISCTE-IUL
Luís Reto, é o novo e o primeiro reitor do ISCTE-IUL, depois da passagem desta instituição universitária a fundação, tendo sido eleito com 21 votos a favor e 9 votos contra pelo Conselho Geral do ISCTE-IUL. Uma boa escolha de alguém que tem pela frente um conjunto de desafios muito importantes e que passam fundamentalmente pela consolidação do "projecto ISCTE" e pela sua internacionalização para outros países.
Para os nossos leitores, informo que o ISCTE é a "minha escola". Foi no ISCTE que me licenciei em Sociologia e é no ISCTE que me encontro a fazer actualmente o meu doutoramento em gestão, estratégia e desenvolvimento empresarial. Enquanto aluno da licenciatura em Sociologia, fui dirigente da associação de estudantes - e também membro da direcção da Associação Académica de Lisboa, organismo de cúpula das associações de estudantes da academia de Lisboa, numa lista encabeçada por Paulo Campos, actual Secretário de Estado das Obras Públicas -, membro da Assembleia de Representantes, na altura excelentemente liderada por Eduardo Ferro Rodrigues, e vogal do Conselho Directivo do ISCTE (representante dos alunos), nesse período presidido por José Manuel Prostes da Fonseca, alguém a quem esta instituição muito deve.
De regresso ao ISCTE, constatei, com grande satisfação, o enorme dinamismo e abertura da escola, a qualidade e profissionalismo do seu corpo docente, o posicionamento e a multiplicidade de contactos internacionais da instituição, a modernidade das instalações e dos serviços prestados aos alunos e até a "internacionalização" do seu corpo discente. Os desafios do próximo mandato de Luis Reto são, por isso, bastante grandes e estimulantes!
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Cimeira UE-Índia
Jagdish Bhagwati, um reputado economista indiano e professor na Columbia University de Nova York, referia recentemente, a propósito da economia indiana, que esta se encontrava "... at a crossroads" e adiantava ainda que "... India is moving from the completion of conventional economic reforms, such as removing industrial licensing requirements, to what he calls second-generation reforms in areas like health care and education”.
É portanto neste contexto de profunda transformação económica e social que se vai realizar amanhã, em Nova Delhi, a "10th European Union Summit". Por ocasião desta iniciativa, o Eurostat, serviço de estatísticas da União Europeia, decidiu publicar uma excelente análise do relacionamento económico dos países da UE27 com a Índia, um dos países do designado grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
Deste trabalho, há a reter um conjunto de dados bastante interessantes:
1. Entre 2000 e 2008, o comércio externo da UE27 com a Índia mais que duplicou em valor: as exportações da UE27 passaram de 13,7 mil milhões de euros para 31,6 mil milhões de euros, enquanto as importações aumentaram de 12,8 mil milhões de euros para 29,5 mil milhões de euros.
2. No primeiro semestre de 2009, e em relação ao período homólogo do ano anterior, as exportações da UE27 para a Índia baixaram de 15,7 mil milhões de euros para 12,7 mil milhões de euros, o mesmo se tendo verificado com as importações que diminuiram de 14,9 mil milhões de euros para 12,9 mil milhões de euros. Isto significa que a balança comercial da UE27 com a Índia passou de excedentária em 0,8 mil milhões de euros, na primeira metade de 2008, para deficitária em 0,2 mil milhões de euros, no mesmo periodo de 2009.
3. Entre os países da UE27, a Alemanha é de longe o principal exportador para a Índia (26% do total das exportações da UE), seguida do Reino Unido (16%), Bélgica (16%), França (11%) e Itália (10%).
4. A posição de Portugal enquanto exportador para a Índia é muito modesta. As exportações nacionais para a Índia, em 2008, foram inferiores às vendas de alguns dos membros da mais recentes da União Europeia, como a Hungria, Rep. Checa, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Lituânia, Roménia e Bulgária.
5. Já quanto às exportações de serviços, em 2008, a UE27 vendeu serviços no valor de 9 mil milhões de euros, enquanto as importações de serviços indianos alcançaram 7,4 mil milhões de euros, existindo, por isso, um saldo favorável à UE27 de 1,5 mil milhões de euros.
6. Ao nível do investimento directo estrangeiro da UE27 na Índia este atingiu, em 2006, cerca de 2,5 mil milhões de euros, em 2007, foi de 5,4 mil milhões de euros e, em 2008, baixou para 0,8 mil milhões de euros. Já quanto ao investimento directo indiano na UE27 não teve grande expressão em 2006 (0,5 mil milhões de euros) e em 2007 (0,9 mil milhões de euros em 2007), mas, em 2008, atingiu um valor muito significativo (2,4 mil milhões de euros).
Em síntese, nesta grande economia emergente da Ásia, existe uma ampla margem para o reforço do relacionamento económico com os países da UE27. E, por sua vez, Portugal não pode perder as oportunidades de negócios, ao nível das exportações de mercadorias e de serviços e da captação de investimento estrangeiro, decorrentes deste período de transformação e expansão da economia indiana.
Leituras: "Doing Business Portugal'2010"
Já está disponivel o relatório "Doing Business Portugal'2010" que faz uma avaliação do quadro regulamentar em que se desenvolve a actividade empresarial em Portugal e a sua comparação internacional com 183 países.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Junta da Andaluzia entra no capital social de empresa tecnológica espanhola
O governo da comunidade autónoma espanhola da Andaluzia (Junta da Andaluzia), através da Agência de Inovação e Desenvolvimento da Andaluzia, investiu cerca de 2 milhões de euros no capital social da empresa tecnológica Avánzit.
Segundo o jornal espanhol "Expansion", a entrada da Junta da Andaluzia no capital social desta empresa foi justificada, entre outros factores, pela mudança de sede social da Avánzit da Comunidade de Madrid para a Comunidade da Andaluzia. Para além disto, outras filiais da Avànzit, como a Navento ou a Elfer, poderão também deslocalizarem-se para a Andaluzia, estando prevista a criação progressiva de cerca de 500 novos postos de trabalho a par de um maior envolvimento financeiro, que pode chegar até aos 6 milhões de euros, das referidas autoridades regionais.
Depois de Madrid e de Barcelona (Catalunha), a Andaluzia é a 3ª Comunidade espanhola com maior número de empresas do sector das tecnologias de informação e da comunicação (cerca de 1 350 empresas) e a Avánzit passa, assim, a ser a 3ª empresa andaluz a estar cotada na Bolsa de Madrid, juntamente com a Abengoa e a Inmobiliaria del Sur.
Este é apenas mais um exemplo da crescente concorrência entre Comunidades Autónomas espanholas na captação de investimento nacional e estrangeiro e na criação de condições para a alavancagem de empresas e de sectores de actividade com relevância regional. Este é um campo, ou se quiserem é um “jogo”, em que Portugal, uma das regiões da Península Ibérica, deverá estar particularmente atento, face à competitividade, ao dinamismo e aos recursos financeiros existentes em algumas Comunidades espanholas.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Leituras: "EBRD - Transition Report'2009"
O BERD - Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento lançou hoje o "Transition Report'2009" que faz uma análise da evolução económica e social dos países abrangidos pela actividade do BERD. Um documento de leitura obrigatório para quem acompanha o processo de transição para economias de mercado de um conjunto variado de países da Europa Central, Oriental e Ásia.
sábado, 31 de outubro de 2009
Governo fica completo com tomada de posse dos Secretários de Estado
Tomaram hoje posse os 37 Secretários de Estado do XVIII Governo Constitucional. Parabéns para os nomeados e votos dos maiores sucessos!
Polónia consegue cargo de Director-geral na Comissão Europeia
O 12 países dos últimos 2 alargamentos da União Europeia conseguiram, finalmente, um lugar de topo (Director-geral) na Comissão Europeia. Este cargo, o de Director-Geral de Educação e Cultura, vai ser ocupado pelo polaco Jan Truszczynski. A diplomacia polaca está de parabéns!
Portugal Exportador'2009
No passado dia 29 de Outubro, decorreu, em Lisboa, a 4ª ediçaõ do "Portugal Exportador", iniciativa organizada pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), Banco Espirito Santo (BES) e AICEP Portugal Global e dirigida às empresas portuguesas interessadas na abordagem dos mercados externos. Veja aqui as principais problemáticas e temas que foram tratados neste evento.
Associação Comercial de Lisboa aposta na internacionalização
A Associação Comercial de Lisboa, liderada por Bruno Bobone, têm vindo a prestar especial atenção ao apoio à internacionalização das empresas suas associadas. Depois de, a 09 de Março de 2009, ter celebrado um acordo com a Câmara Municipal de Lisboa e a AICEP que visava a promoção e a captação de investimento estrangeiro estruturante para Lisboa, a ACIL assinou, na passada na Quinta-feira, um novo protocolo de colaboração no domínio da internacionalização com a Confederação Internacional dos Empresários Portugueses (CIEP). Através deste, a ACIL poderá a partir de agora passar a prestar serviços de consultadoria na área da internacionalização às empresas nacionais, aproveitando a rede de 29 câmaras de comércio existentes em 15 países com quem o CIEP mantém relações de cooperação.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
ISCTE cria primeiro laboratório de marketing em Portugal
O ISCTE Business School, através do GIEM - Centro de Investigação e Formação em Marketing, um conjunto de 21 empresas com negócios em Portugal e um grupo de reconhecidos marketeers, entre os quais se contam o Professor Luiz Moutinho, professor catedrático de Marketing na Universidade de Glasgow, acabam de criar o primeiro laboratório português de análise e de investigação aplicada de tendências internacionais de marketing.
Designado por Marketing FutureCast Lab, esta entidade pretende constituir-se como um foco de produção e antecipação de novos cenários e tendências na área do marketing com potencial impacto no contexto empresarial.
Mais uma iniciativa inovadora do ISCTE Business School que vem consolidar a posição destacada desta escola de gestão no contexto universitário português.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Portugueses são dos que mais acreditam na ajuda ao desenvolvimento. E depois?
Os portugueses são dos europeus que mais acreditam na ajuda ao desenvolvimento, com 93% a considerarem-na importante ou muito importante, indica o EuroBarómetro da Comissão Europeia.
A percentagem mais elevada da União Europeia é partilhada com cinco outros países - Suécia, Espanha, Malta, Chipre e Polónia -, sendo que a média dos 27 Estados-membros se fica pelos 88%.
À semelhança dos outros europeus, também os portugueses gostavam que a comunicação social desse mais atenção às questões de cooperação para o desenvolvimento: 41% consideram que os média não tratam suficientemente o tema, contra 30% que consideram esse tratamento suficiente. Os dois países da Península Ibérica consideram que os Estados Unidos são o país em melhor posição para prestar ajuda aos mais pobres.
O número especial do EuroBarómetro, realizado entre Maio e Junho de 2009 com o objectivo de avaliar o impacto da crise económica sobre o apoio à ajuda ao desenvolvimento nos países europeus, insere-se num conjunto de análises sobre o conhecimento e percepção que a opinião pública europeia tem sobre questões de desenvolvimento, e tem vindo a ser realizado desde 2004.
No entanto, e do nosso ponto de vista, estas questões da educação e da cooperação para o desenvolvimento ainda são muito pouco discutidas e debatidas ao nível da sociedade civil portuguesa. A politica de cooperação, talvez pelo desconhecimento existente em relação à mesmo e por ser "demasiado consensual" ao nível do sistema politico português, é algo que não tem merecido muita atenção por parte dos decisores económicos e políticos, dos meios de comunicação social e do público em geral. Vamos ver se as coisas se vão alterar na legislatura que agora se inicia, pois esta é uma área onde com pouco esforço se podem alterar muitas práticas.
Boas práticas no apoio à internacionalização de PME's: o exemplo do SEBRAE (Brasil)
O SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas acaba de lançar um interessante site dedicado ao apoio à internacionalização das mico e pequenas empresas. Aqui pode encontrar diversas informações técnicas sobre a problemática da internacionalização e cursos gratuitos on-line sobre "Procedimentos para Exportação", "Documentos utilizados no processo de Exportação e "Condições de venda para o mercado externo". Para além disso, e mediante o preenchimento de um questionário on line, elaborado por especialistas em comércio exterior do SEBRAE, cada empresário/empreendedor pode avaliar o estádio em que a sua empresa se encontra em relação ao processo de internacionalização. No final, será gerado um relatório automático com um conjunto de recomendações específicas baseadas nas respostas que foram dadas neste inquérito. E em Portugal, de que estamos à espera para lançarmos iniciativas com este formato, utilidade e alcance, sobretudo ao nível das pequenas e médias empresas?
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Ben Ali reconduzido como Chefe de Estado da Tunísia
O Presidente tunisino Zine El-Abidine Ben Ali foi reconduzido, sem surpresa, no passado Domingo, para um novo mandato com cerca de 90% de votos favoráveis. Ben Ali já vai no 5º mandato consecutivo como Chefe de Estado e por este andar estará mais alguns anos à frente dos destinos da Tunísia. Um sucesso da "realpolitik" e da forma ágil e astuta como as autoridades tunisinas têm gerido o seu relacionamento internacional com os EUA, União Europeia (particularmente com a França e a Itália) e parceiros árabes e que tem permitido pouca contestação à forma como internamente são interpretados e tratados alguns direitos e liberdades individuais.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
José Socrates anuncia novo Governo
José Socrates acabou de anunciar o novo Governo que é constituido por:
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Dr. Luís Filipe Marques Amado
Ministro de Estado e das Finanças
Prof. Doutor Fernando Teixeira dos Santos
Ministro da Presidência
Dr. Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira
Ministro da Defesa Nacional
Prof. Doutor Augusto Santos Silva
Ministro da Administração Interna
Dr. Rui Carlos Pereira
Ministro da Justiça
Dr. Alberto de Sousa Martins
Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento
Dr. José António Fonseca Vieira da Silva
Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
Prof. Doutor António Manuel Soares Serrano
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Prof. Doutor António Augusto da Ascenção Mendonça
Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território
Engª. Dulce dos Prazeres Fidalgo Álvaro Pássaro
Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social
Drª. Maria Helena dos Santos André
Ministra da Saúde
Drª. Ana Maria Teodoro Jorge
Ministra da Educação
Drª. Isabel Alçada
Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Prof. Doutor José Mariano Rebelo Pires Gago
Ministra da Cultura
Drª. Maria Gabriela da Silveira Ferreira Canavilhas
Ministro dos Assuntos Parlamentares
Dr. Jorge Lacão Costa
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Dr. João Tiago Valente Almeida da Silveira
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Dr. Luís Filipe Marques Amado
Ministro de Estado e das Finanças
Prof. Doutor Fernando Teixeira dos Santos
Ministro da Presidência
Dr. Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira
Ministro da Defesa Nacional
Prof. Doutor Augusto Santos Silva
Ministro da Administração Interna
Dr. Rui Carlos Pereira
Ministro da Justiça
Dr. Alberto de Sousa Martins
Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento
Dr. José António Fonseca Vieira da Silva
Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
Prof. Doutor António Manuel Soares Serrano
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Prof. Doutor António Augusto da Ascenção Mendonça
Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território
Engª. Dulce dos Prazeres Fidalgo Álvaro Pássaro
Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social
Drª. Maria Helena dos Santos André
Ministra da Saúde
Drª. Ana Maria Teodoro Jorge
Ministra da Educação
Drª. Isabel Alçada
Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Prof. Doutor José Mariano Rebelo Pires Gago
Ministra da Cultura
Drª. Maria Gabriela da Silveira Ferreira Canavilhas
Ministro dos Assuntos Parlamentares
Dr. Jorge Lacão Costa
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Dr. João Tiago Valente Almeida da Silveira
Mudanças na ViniPortugal
A ViniPortugal, associação interprofissional tem por objectivo a promoção dos vinhos portugueses no mercado interno e em mercados internacionais seleccionados, tem uma nova Direcção, liderada por Francisco Borba e que vem substituir a anterior equipa directiva presidida por Francisco Avillez.
Esta nova Direcção já anunciou que vai encomendar, até ao final do ano, um novo estudo estratégico para o sector português do vinho que permita actualizar as recomendações efectuadas, em 2003 e 2004, pelos dois relatórios do consultor norte-americano Michael Porter.
Actualmente, a ViniPortugal tem um papel preponderante na promoção internacional dos vinhos portugueses, face à exiguidade dos recursos para promoção existentes em outras organizações ligadas à promoção económica do sector e do país.
Esta nova Direcção já anunciou que vai encomendar, até ao final do ano, um novo estudo estratégico para o sector português do vinho que permita actualizar as recomendações efectuadas, em 2003 e 2004, pelos dois relatórios do consultor norte-americano Michael Porter.
Actualmente, a ViniPortugal tem um papel preponderante na promoção internacional dos vinhos portugueses, face à exiguidade dos recursos para promoção existentes em outras organizações ligadas à promoção económica do sector e do país.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
IAPMEI, CCRA e ADRAL promovem negócios na Extremadura Espanhola
Numa organização conjunta do IAPMEI-Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, CCDRA-Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e da ADRAL-Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, e contando com o apoio e envolvimento das principais associações empresariais do Alentejo, vai realizar-se no próximo dia 12 de Novembro, em Estremoz, a 1ª Sessão de Trabalho sobre o acesso das empresas do Alentejo ao mercado da Extremadura Espanhola.
Trata-se de uma excelente iniciativa de apoio à internacionalização das pequenas e médias empresas nacionais (PME's), liderada pelo IAPMEI e dirigida a uma das comunidades transfronteiriças espanholas com quem Portugal tem um maior relacionamento politico, económico e cultural. Este evento, segue-se a outros já realizados pelo referido organismo do Ministério da Economia em várias regiões portuguesas sobre as Comunidades espanholas da Galiza e da Castela e Leão e que tiveram por objectivo a identificação de oportunidades e a proposta de soluções para as PME's na penetração e/ou reforço da sua posição em Espanha.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
"Atradius Payment Practices Barometer' Summer 2009"
As empresas espanholas e italianas são as que mais tardam em saldar as facturas aos seus fornecedores (67 dias), segundo um estudo realizado em 20 países (Portugal não foi contemplado) pela seguradora Atradius (Grupo Crédito y Caución).
Depois de Espanha e de Itália, segue-se a China (40 dias), França (38 dias) e a Bélgica (33 dias). As empresas polacas e alemãs são as que efectuam os seus pagamentos com mais rapidez, necessitando de 22 dias para saldarem os seus compromissos.
Apesar de neste estudo não terem sido recolhidas informações sobre este tipo de práticas comerciais em Portugal, cremos que as dificuldades com os pagamentos (existência de prazos de pagamento muito longos, atrasos nos pagamentos, cheques sem provisão, etc..) são dos principais problemas com que se deparam as pequenas e médias que actuam no mercado nacional.
Fusão AIP/AEP
Depois de um longo período de maturação, a AIP – Associação Industrial Portuguesa e a AEP – Associação Empresarial de Portugal, assinaram há dias um acordo para a fusão das suas áreas institucionais com a criação da Confederação Empresarial de Portugal (CEP). Trata-se de um marco muito importante ao nível do associativismo empresarial nacional, depois das fracassadas tentativas de fusão realizadas nos últimos anos. Para este facto não será alheia a necessidade de rápida alteração do modelo de governação, funcionamento e financiamento das principais associações empresariais e as mudanças que se estão ou vão verificar nas cúpulas da AEP e da própria CIP (Confederação da Industria Portuguesa). No entanto, esperamos que os protogonistas deste processo de mudança e de renovação empresarial consigam ultrapassar os inúmeros "obstáculos" que decerto irão surgir até Janeiro de 2010, altura em que se fará a primeira assembleia geral para aprovação dos estatutos e eleição dos órgãos sociais da CEP.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Leituras: "Do small countries care about foreign diplomacy?"
Excelente reflexão que encontrámos no blog Charlemagne's Notebook sobre os desafios que se colocam aos pequenos Estados-membros da União Europeia no contexto do novo Tratado de Lisboa, e nomeadamente no que diz respeito à politica externa.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
2009: Ano de dificuldades para as marcas espanholas de pronto-a-vestir no mercado do Reino Unido
Segundo esta noticia do jornal Expansion, as filiais no Reino Unido das empresas espanholas Zara, Mango e Adolfo Domínguez enfrentam nesta altura algumas dificuldades devido, fundamentalmente, à depreciacão da libra, aos elevados preços dos alugueres dos espaços comerciais e à forte concorrência de outras cadeias, sobretudo em termos de preços. No entanto, a presença neste mercado das grandes marcas globais é "obrigatória", pois o Reino Unido é um dos países do mundo com maior consumo "per capita" e constitui também a grande "montra internacional" de moda e tendências para os milhões de visitantes que todos os anos passam por Londres.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
IMD celebra "China's Liberation Day"
A escola de gestão suíça IMD decidiu celebrar o 60º aniversário da fundação da Rep. Popular da China com a elaboração de um fantástico conjunto de artigos e de vídeos sobre a evolução recente e perspectivas para a economia chinesa. A não perder!
Human Development Report'2009
Noruega, Australia e Islândia lideram o "Human Development Index (HDI)" do "Human Development Report'2009" do PNUD- Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Portugal integra o grupo de países com desenvolvimento humano «muito elevado», ocupando o 34º lugar no "Human Development Index", uma posição ainda "modesta" quando comparada, por exemplo, com os lugares ocupadas pela Irlanda (5ª), Espanha (15ª), Grécia (25ª), Israel (27ª), Eslovénia (29ª) ou até Chipre (32ª).
Leituras: "Cuatro de cada diez expatriados se van por miedo a frenar su carrera"
Excelente artigo do jornal Cinco Dias sobre a problemática da expatriação de quadros de empresas internacionais, tendo por referência um estudo elaborado pela Ernst & Young Abogados e pelo IESE - Universidad de Navarra.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Rio de Janeiro 2016
Por 66 votos contra 32 de Madrid, o Rio de Janeiro ganhou a candidatura à organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Serão os primeiros jogos num país de língua portuguesa e na América do Sul. Com mais este resultado, o Brasil afirma-se cada vez mais na cena internacional, como um grande potência emergente, e Lula da Silva somará mais este grande feito ao período em que liderou o maior país da América do Sul. Parabéns Brasil!
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Leituras: "Panorama de la inserción internacional de América Latina y el Caribe 2008/2009"
Um interessante trabalho do CEPAL -Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas das Nações Unidas com análises bastante aprofundadas da conjuntura económica internacional, da evolução do comércio regional durante a recente crise económica e financeira e das possibilidades de cooperação cooperação na América Latina e Caraíbas.
Balanço da legislatura na área da cooperação para o desenvolvimento
Neste final desta legislatura, a Cooperação Portuguesa faz aqui um balanço da sua actuação nos últimos 4 anos tendo por referência as propostas de governação incluídas na resolução do Conselho de Ministros nº 196/2005 (“Uma visão estratégica para a cooperação portuguesa”). Sugere-se uma leitura atenta do capitulo 5, onde são destacadas as acções realizadas pela Cooperação Portuguesa ao nivel do “Apoio ao Sector Privado”.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Cidades portuguesas ficam à margem dos destinos da “nova vaga de internacionalização”, segundo estudo da KPMG
A empresa de consultadoria KPMG acaba de publicar um excelente trabalho, designado por “Exploring Global Frontiers: The New Emerging Destinations”, onde são identificados 31 destinos que vão liderar a nova vaga de internacionalização, sobretudo ao nível da externalização de serviços (“outsourcing services”).
Na opinião da KPMG os actuais destinos de investimento começam a estar saturados e por isso começam a surgir novas localizações, sobretudo em mercados emergentes, que oferecem excelentes pacotes de incentivos, recursos humanos qualificados e disponíveis e que se localizam em mercados locais ou regionais de dimensão e em forte crescimento.
Os 31 destinos seleccionados foram os seguintes:
Europa, Médio Oriente e África
Na opinião da KPMG os actuais destinos de investimento começam a estar saturados e por isso começam a surgir novas localizações, sobretudo em mercados emergentes, que oferecem excelentes pacotes de incentivos, recursos humanos qualificados e disponíveis e que se localizam em mercados locais ou regionais de dimensão e em forte crescimento.
Os 31 destinos seleccionados foram os seguintes:
Europa, Médio Oriente e África
Sofia (Bulgária)
Zagreb (Croácia)
Cairo (Egipto)
Port Louis (Maurícias)
Belfast (Irlanda do Norte)
Gdansk (Polónia)
Cluj-Napoca (Roménia)
Rostov-on-Don (Rússia)
Belgrado (Sérvia)
Tunis (Tunísia)
Lviv (Ucrânia)
América do Norte e do Sul
Buenos Aires (Argentina)
Campinas (Brasil)
Curitiba (Brasil)
Calgary (Canadá)
Winnipeg (Canadá)
Santiago (Chile)
Guadalajara (México)
Queretaro (México)
Boise (EUA)
Indianapolis (EUA)
Ásia, Índia, Japão e Austrália
Brisbane (Austrália)
Changsha (China)
Hangzhou (China)
Ahmedabad (Índia)
Jaipur (Índia)
Nagpur (Índia)
Penang (Malásia)
Davao City (Filipinas)
Lloilo City (Filipinas)
Ho Chi Minh City (Vietname)
Como se constata, no caso do Continente Europeu, ganham especial relevância novas localizações na Europa Central e Oriental face à perda de competitividade e de atractividade de destinos na “Velha Europa”, entre os quais se incluem Portugal e Espanha. Aliás, esta é uma tendência que se tem consolidado nos últimos anos e que deveria obrigar a uma reflexão aprofundada sobre o posicionamento e o papel de Portugal nos fluxos internacionais de investimento directo estrangeiro.
Zagreb (Croácia)
Cairo (Egipto)
Port Louis (Maurícias)
Belfast (Irlanda do Norte)
Gdansk (Polónia)
Cluj-Napoca (Roménia)
Rostov-on-Don (Rússia)
Belgrado (Sérvia)
Tunis (Tunísia)
Lviv (Ucrânia)
América do Norte e do Sul
Buenos Aires (Argentina)
Campinas (Brasil)
Curitiba (Brasil)
Calgary (Canadá)
Winnipeg (Canadá)
Santiago (Chile)
Guadalajara (México)
Queretaro (México)
Boise (EUA)
Indianapolis (EUA)
Ásia, Índia, Japão e Austrália
Brisbane (Austrália)
Changsha (China)
Hangzhou (China)
Ahmedabad (Índia)
Jaipur (Índia)
Nagpur (Índia)
Penang (Malásia)
Davao City (Filipinas)
Lloilo City (Filipinas)
Ho Chi Minh City (Vietname)
Como se constata, no caso do Continente Europeu, ganham especial relevância novas localizações na Europa Central e Oriental face à perda de competitividade e de atractividade de destinos na “Velha Europa”, entre os quais se incluem Portugal e Espanha. Aliás, esta é uma tendência que se tem consolidado nos últimos anos e que deveria obrigar a uma reflexão aprofundada sobre o posicionamento e o papel de Portugal nos fluxos internacionais de investimento directo estrangeiro.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
O BES e a internacionalização empresarial
O Banco Espírito Santo (BES) está a fazer um excelente trabalho no apoio à internacionalização das empresas portuguesas.
A equipa do BES que trabalha nesta área da internacionalização tem vindo a desenvolver múltiplos e variados trabalhos que vão desde o estudo e acompanhamento regular dos mercados externos, a produção de informação geral e sectorial sobre esses mercados, a realização de acções promocionais em Portugal e no estrangeiro (missões empresariais, seminários, convites a investidores para visitarem Portugal, entre outros) e o apoio aos seus clientes no exterior (utilizando a rede internacional do BES).
Todas estas actividades têm obedecido a uma estratégia que se tem revelado muito eficaz para os clientes do BES que participaram nestas acções, talvez pela sua consistência, rigor e sustentabilidade.
Para ilustrar o que referimos anteriormente, aqui vão alguns exemplos de acções que irão ser realizadas, nos meses de Outubro e Novembro, pelo BES:
i) Organização da 5ª missão empresarial a Angola, desta vez incidindo sobre os sectores da agricultura e agro-pecuária, educação/formação e saúde (esta aposta de acções promocionais sectoriais é a que faz sentido no actual estádio de desenvolvimento da economia angolana e do relacionamento Portugal-Angola). Nos últimos 3 anos, o BES já fez missões a Marrocos, Argélia, Líbia, Dubai, Angola e Brasil, envolvendo mais de 300 empresários.
ii) Dinamização do “Jour du Maroc”, no Porto, com o envolvimento de diversas empresas e entidades marroquinas.
iii) Realização do “Fórum Portugal Exportador”, em conjunto com a AIP-Associação Empresarial Portuguesa e com a AICEP.
Este tipo de actuação de entidades como o BES, e que é seguido de forma mais modesta por outras instituições bancárias como o Grupo Millennium BCP, Caixa Geral de Depósitos e Banco Santander Totta, vai obrigar, no curto prazo, ao reposicionamento estratégico de outros actores públicos e privados portugueses envolvidos na área da internacionalização. A acompanhar!
P.S. – Declaração de interesses: não sou cliente do BES, nem conheço pessoalmente os elementos da sua “task force” de internacionalização.
A equipa do BES que trabalha nesta área da internacionalização tem vindo a desenvolver múltiplos e variados trabalhos que vão desde o estudo e acompanhamento regular dos mercados externos, a produção de informação geral e sectorial sobre esses mercados, a realização de acções promocionais em Portugal e no estrangeiro (missões empresariais, seminários, convites a investidores para visitarem Portugal, entre outros) e o apoio aos seus clientes no exterior (utilizando a rede internacional do BES).
Todas estas actividades têm obedecido a uma estratégia que se tem revelado muito eficaz para os clientes do BES que participaram nestas acções, talvez pela sua consistência, rigor e sustentabilidade.
Para ilustrar o que referimos anteriormente, aqui vão alguns exemplos de acções que irão ser realizadas, nos meses de Outubro e Novembro, pelo BES:
i) Organização da 5ª missão empresarial a Angola, desta vez incidindo sobre os sectores da agricultura e agro-pecuária, educação/formação e saúde (esta aposta de acções promocionais sectoriais é a que faz sentido no actual estádio de desenvolvimento da economia angolana e do relacionamento Portugal-Angola). Nos últimos 3 anos, o BES já fez missões a Marrocos, Argélia, Líbia, Dubai, Angola e Brasil, envolvendo mais de 300 empresários.
ii) Dinamização do “Jour du Maroc”, no Porto, com o envolvimento de diversas empresas e entidades marroquinas.
iii) Realização do “Fórum Portugal Exportador”, em conjunto com a AIP-Associação Empresarial Portuguesa e com a AICEP.
Este tipo de actuação de entidades como o BES, e que é seguido de forma mais modesta por outras instituições bancárias como o Grupo Millennium BCP, Caixa Geral de Depósitos e Banco Santander Totta, vai obrigar, no curto prazo, ao reposicionamento estratégico de outros actores públicos e privados portugueses envolvidos na área da internacionalização. A acompanhar!
P.S. – Declaração de interesses: não sou cliente do BES, nem conheço pessoalmente os elementos da sua “task force” de internacionalização.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
PS consegue um bom resultado eleitoral
O PS ganhou as eleições legislativas de ontem. Alcançou um bom resultado eleitoral. Vamos agora entrar numa nova fase da vida politica portuguesa, em que o PS irá governar sem maioria absoluta. As próximas semanas vão ser politicamente muito intensas. Vão estar na agenda politica o processo de constituição do novo governo; os eventuais "esclarecimentos" de Cavaco Silva sobre o tema das "escutas"; a evolução da situação interna no PSD; o arranque da campanha para as autárquicas; as disputas eleitorais nos concelhos de Lisboa, Porto, mas certamente também em Oeiras, Almada, Sintra, Gondomar, Matosinhos, Felgueiras, Faro e Setúbal; e, não nos devemos esquecer, a crise económica e financeira que continua a afectar as economias europeias, e nomeadamente a portuguesa. Alguns casos mais mediáticos na área económica, e que arrastam há já muito tempo, deverão também resolvidos com a máxima urgência, sob pena de enfraquecerem a posição e a imagem do Primeiro-Ministro e do novo governo como são os "dossiers" BPP, BPN, TGV, NOVO AEROPORTO, TAP, QUIMONDA, AEROSOLES e até LA SEDA BARCELONA. Na área externa, o referendo na Irlanda, a questão do Irão, a situação no Afeganistão e a eleição na nova Comissão Barroso vão ser temas a acompanhar nas próximas semanas. Entretanto, aguardamos também com alguma expectativa a implementação do Pacto para a Internacionalização que constava do programa eleitoral do PS.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Eu Voto PS
Nas eleições do próximo Domingo, votarei PS.
Da minha parte, não seria honesto e correcto para todos aqueles que vão lendo este blogue se não partilhasse convosco esta decisão.
Ficamos a aguardar com alguma expectativa por Domingo à noite para vermos qual será o sentido de voto da maioria dos portugueses.
Da minha parte, não seria honesto e correcto para todos aqueles que vão lendo este blogue se não partilhasse convosco esta decisão.
Ficamos a aguardar com alguma expectativa por Domingo à noite para vermos qual será o sentido de voto da maioria dos portugueses.
2009: Ano de França no Brasil
O Governo francês, através da UBIFRANCE, uma das mais dinâmicas agências públicas de promoção das exportações e da internacionalização das empresas, está a dinamizar, em várias cidades brasileiras, “L’ année de la France au Brésil”. Trata-se de conjunto muito diversificado, integrado e temporalmente concentrado (cerca de 6/7 meses) de acções de promoção económica, empresarial, cultural e da imagem-país que têm vindo a ser realizadas, anualmente, em diversos países estratégicos para os interesses franceses, tendo este ano sido seleccionado o Brasil.
Esta campanha iniciou-se no passado dia 21 de Abril e vai prolongar-se até ao próximo dia 15 de Novembro e prevê a promoção de 12 sectores relevantes e prioritários nas relações comerciais e de cooperação franco-brasileiras (bens de consumo, agricultura e fileira alimentar, infra-estruturas de transporte e construção, energia, petróleo e gás, ambiente, máquinas e equipamentos, automóvel, aeronáutica, tecnologias da informação e comunicação, saúde e farmácia e turismo), e a realização de diversas iniciativas “umbrella” sobre a capacidade da oferta francesa de bens e serviços, para além de acções com os principais órgãos de comunicação social brasileiros, eventos de natureza cultural, entre outros. Todas estas iniciativas têm sido apoiadas ao mais alto nível político, com a participação e envolvimento directo do próprio Presidente francês e de vários ministros. Ainda é cedo para se avaliarem os resultados desta campanha, mas para já há assinalar o importante contrato no domínio da defesa e da transferência de tecnologia militar assinado recentemente entre os dois países.
Esta campanha iniciou-se no passado dia 21 de Abril e vai prolongar-se até ao próximo dia 15 de Novembro e prevê a promoção de 12 sectores relevantes e prioritários nas relações comerciais e de cooperação franco-brasileiras (bens de consumo, agricultura e fileira alimentar, infra-estruturas de transporte e construção, energia, petróleo e gás, ambiente, máquinas e equipamentos, automóvel, aeronáutica, tecnologias da informação e comunicação, saúde e farmácia e turismo), e a realização de diversas iniciativas “umbrella” sobre a capacidade da oferta francesa de bens e serviços, para além de acções com os principais órgãos de comunicação social brasileiros, eventos de natureza cultural, entre outros. Todas estas iniciativas têm sido apoiadas ao mais alto nível político, com a participação e envolvimento directo do próprio Presidente francês e de vários ministros. Ainda é cedo para se avaliarem os resultados desta campanha, mas para já há assinalar o importante contrato no domínio da defesa e da transferência de tecnologia militar assinado recentemente entre os dois países.
A França é o 8º parceiro económico do Brasil. Em 2008, o comércio bilateral ultrapassou os 6 mil milhões de euros, tendo crescido 135% nos últimos 5 anos, e a França é o 6º investidor estrangeiro no Brasil, estando os investimentos franceses no país avaliados em cerca de 12,2 mil milhões de euros.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
It's time to explore new markets....
Numa altura em que em Portugal a problemática da internacionalização das empresas e está no centro da agenda política e em que se discutem, mais uma vez, os modelos de “diplomacia económica” (ou antes diplomacia comercial?) e o papel dos seus actores no “terreno”, no Reino Unido, a entidade estatal responsável pela promoção do investimento e das exportações – a UK Trade & Investment -, dá passos concretos no apoio à entrada de empresas inglesas em novos mercados. Assim, para além de realizar um conjunto de estudos (veja aqui, aqui e aqui) onde chama a atenção para a preponderância dos novos mercados, mas também para os obstáculos e dificuldades existentes na abordagem dos mesmos, a UK Trade & Investment lançou também um programa de apoio à internacionalização devidamente adaptado, quer ao perfil das empresas suas “clientes”, quer às características e exigências desses mercados.
Face a este tipo de exemplos que apenas vêm confirmar a importância que é hoje atribuída por Estados, empresas e outras entidades da sociedade civil ao tema da internacionalização da economia e das empresas, esperamos que José Sócrates possa vir a ter oportunidade de implementar o “Pacto para a Internacionalização” que consta do programa eleitoral do Partido Socialista.
Face a este tipo de exemplos que apenas vêm confirmar a importância que é hoje atribuída por Estados, empresas e outras entidades da sociedade civil ao tema da internacionalização da economia e das empresas, esperamos que José Sócrates possa vir a ter oportunidade de implementar o “Pacto para a Internacionalização” que consta do programa eleitoral do Partido Socialista.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Leituras: “Foreign Direct Investment in Spain’2009”
A Invest in Spain, agência espanhola de promoção e captação de investimento estrangeiro, publicou o seu relatório anual onde é analisada com bastante detalhe a evolução do investimento directo estrangeiro (IDE) em Espanha e a sua contribuição para a economia espanhola. Trata-se de uma das “boas práticas” desta agência: informa os agentes económicos, imprensa e público em geral sobre as principais características e tendências do IDE em Espanha; destaca a relevância do IDE para o desenvolvimento da economia espanhola; e chama a atenção para a importância do trabalho desenvolvido pela Invest in Spain.
World Investment Report'2009
O World Investment Report’2009 (WIR) da UNCTAD já está disponível. Este ano, e para além da análise da actual crise económica e financeira e das suas implicações nos fluxos de investimento internacionais, o WIR dá particular destaque à crescente relevância dos investimentos no sector agrícola, nomeadamente em países em vias de desenvolvimento. Veja também aqui a informação sobre Portugal ("Country fact sheet: Portugal") que consta do WIR.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
3rd EU-Africa Business Forum
O 3º EU-Africa Business Forum vai ter lugar em Nairobi (Quénia), nos próximos dias 28 e 29 de Setembro. Na última edição deste Business Forum, realizada, em 2007, em Accra (Ghana), foi elaborado um documento com um conjunto de recomendações para melhoria do ambiente de negócios em África. Ficamos a aguardar as sugestões deste ano!
Negócios com Timor Leste (2)
Já aqui havíamos chamado a atenção para a importância do reforço da presença empresarial portuguesa em Timor Leste, face à relevância do envolvimento politico e institucional de Portugal com este país lusófono. Hoje surgem na imprensa duas boas noticias: (1) o anúncio da criação pelo governo português de uma linha de crédito de ajuda com uma dotação inicial de 100 milhões de euros, podendo ser aumentada até 500 milhões, que se destina a financiar projectos de investimento em infra-estruturas, com a participação de empresas portuguesas, tendo como áreas prioritárias a energia, transportes e comunicações, saúde e educação; (2) e o anúncio de novos investimentos da Portugal Telecom, sobretudo ao nível do lançamento da banda larga e da internacionalização do Portal Sapo para Timor Leste. Para que a primeira das medidas (a linha de crédito) possa trazer resultados vantajosos e duradouros para ambas as partes, a portuguesa e a timorense, é necessário fundamentalmente implementar, no curto-prazo, as seguintes iniciativas: (1) informar e divulgar as condições da referida linha de crédito junto do tecido empresarial português, a par das características e da forma de fazer negócios no mercado de Timor; (2) garantir o envolvimento sustentado de empresas portuguesas de grande e pequena e média dimensão; (3) e apoiar localmente, através das entidades oficiais portuguesas presentes no "terreno", estas empresas nos contactos com as autoridades timorenses e parceiros locais.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Itaú Unibanco - Conselho Consultivo para a Internacionalização
O Itaú Unibanco, um dos mais importantes grupos bancários brasileiros, criou um Conselho Consultivo Internacional, liderado pelo ex-ministro da Fazenda brasileiro, Pedro Malan, que tem por objectivo auxiliar e apoiar esta instituição bancária no seu processo de internacionalização. Na opinião de Pedro Malan, o aumento da presença de empresas brasileiras no exterior (as chamadas "multinacionais verde amarelas") criam oportunidades claras de negócios que deverão ser aproveitadas pelo Itaú Unibanco.
O Conselho Consultivo Internacional do Itaú Unibanco será, numa primeira fase, constituido por 10 elementos: o economista André Lara Resende, um dos criadores do Plano Real; o presidente da Renault Nissan, Carlos Ghosn; o ex-presidente do banco de investimentos Merrill Lynch e do Banco de Israel, Jacob Frenkel; o sócio da AmBev e da AB-InBev, Marcel Telles; o ex-secretário da Fazenda do México Pedro Aspe; o ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Raghuram Rajan; o ex-presidente do McDonald's na América Latina, Woods Staton; além dos presidentes executivo e do conselho de administração do Itaú Unibanco, Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles.
Por cá, e ao nível do sector público, o Ministro da Economia e das Finanças anunciou recentemente a criação de um Conselho Coordenador da Internacionalização, que será presidido por Francisco Van Zeller, Presidente da Confederação da Industria Portuguesa. Aguarda-se a restante composição deste órgão. A acompanhar!
Best Global Brands'2009
A Coca-Cola lidera o ranking "Best Global Brands'2009" da consultora Interbrand. Na lista "Top 100 Brands" surge apenas uma empresa da Península Ibérica: a Zara na 50ª posição.
Guiné-Equatorial
Não é só em Portugal que começam a surgir empresas interessadas em realizarem negócios e/ou em instalarem-se na Guiné-Equatorial. Também no Brasil se está a dar algum destaque às oportunidades de negócios existentes neste pequeno país da África Subsaariana, com o estatuto de observador da CPLP e um dos principais produtores de petróleo africanos. A acompanhar!
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Angola e China: o fim da lua-de-mel?
A imprensa de hoje, e nomeadamente o Diário Económico, faz referência ao facto da Sonangol, petrolífera estatal angolana, não estar a autorizar as petrolíferas estatais chinesas CNOOC e SINOPEC a comprarem uma participação de 20% no bloco 32 à empresa norte-americana Marathon International Petroleum. Adiantam ainda, com base na opinião de alguns analistas, que este episódio pode significar o “fim da lua-de-mel” entre China e Angola. Na nossa opinião, não se trata do “fim da lua-de-mel” e da forte relação económica e politica que une estes dois países. Trata-se antes de mais, de um sinal que as autoridades angolanas pretendem dar ao Governo chinês que não estão “reféns” ou “dependentes” da sua ajuda económica e financeira e que pretendem, como até aqui, continuar a ter um grupo alargado e diversificado de parceiros económicos e comerciais, entre os quais se inclui, obviamente, a China. Esta tem sido a estratégia que inteligentemente as autoridades angolanas têm vindo a seguir, nos últimos anos, quando alguns dos seus principais parceiros económicos começam a ganhar uma “exagerada” relevância ou protagonismo na vida económica e politica angolana. Sinais como o que agora foi dado à China, já foram mostrados, em diversos momentos, a países como a antiga União Soviética, Cuba, EUA, Brasil, França e África do Sul, e até a algumas organizações internacionais - como as Nações Unidas, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e União Europeia - e são “permanentemente” enviados a Portugal. Aliás, a esta posição mais recente tomada em relação a interesses chineses, não será alheia a decisão do governo de Angola em retomar e reforçar o relacionamento com o Fundo Monetário Internacional, em relação ao qual está agora interessado em obter um financiamento de dois mil milhões de dólares para reestruturação e desenvolvimento da economia angolana.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Durão Barroso consegue segundo mandato como Presidente da Comissão Europeia
Durão Barroso foi eleito para Presidente da Comissão Europeia por uma maioria clara de votos do Parlamento Europeu. Esperamos que este 2º segundo venha a ser diferente, para melhor, da forma como geriu os assuntos comunitários nos cinco do seu primeiro mandato. Segue-se agora a indicação e nomeação dos restantes membros da sua equipa, onde Durão Barroso poderá ter alguma influência, tendo em atenção a posição fortalecida com que saiu ontem do Parlamento Europeu.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Doing Business 2010
O Banco Mundial divulgou esta semana a edição de 2010 do relatório “Doing Business”. Portugal está classificado na 48ª posição deste ranking, o mesmo lugar alcançado em 2009, e ainda longe dos resultados atingidos pelos países mais desenvolvidos do Norte da Europa e das maiores potências Europeias, como a Alemanha, a França ou o Reino Unido. Aliás, os 3 melhores países para "fazer negócios" são Singapura, Nova Zelândia e Hong Kong.
O relatório "Doing Business" mede o clime de investimento global de um país com base em 10 indicadores: "the ease of doing business; setting up a business; dealing with construction permits; employing workers; registering property; access to credit; investor protection; paying taxes; trading across borders; enforcing contracts, and closing businesses."
De acordo com o "Doing Business 2010", os países menos desenvolvidos e alguns mercados emergentes foram aqueles que efectuaram um maior número de reformas com vista a facilitar a criação de empresas e a realização de negócios, com destaque para os progressos alcançados na Europa Central e Oriental e na Ásia Central. Este ano, e pela primeira vez, um país da África Subsaariana, o Rwanda, foi considerado o “world’s top reformer”.
Alguns dos países com quem temos relações económicas mais estreitas, como são o caso dos PALOP, Brasil e alguns dos países do Norte de África, apresentam (ainda) um ambiente de negócios pouco favorável.
Alguns dos países com quem temos relações económicas mais estreitas, como são o caso dos PALOP, Brasil e alguns dos países do Norte de África, apresentam (ainda) um ambiente de negócios pouco favorável.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Governo espanhol promove encontro para concertação das políticas públicas de apoio à internacionalização
Num momento particularmente difícil e decisivo para a economia espanhola e para o seu sector exportador, o governo de Rodriguez Zapatero, decidiu dar prioridade à realização, em Valência, de um encontro do “Consejo Interterritorial de Internacionalización” (CII), com o objectivo de coordenar e concertar todas as politicas politicas de apoio à internacionalização.
No CII estão representados o Ministério da Industria, Turismo e Comércio, o ICEX-Instituto Espanhol do Comércio Externo, todas as agências e entidades autonómicas ligadas à promoção da internacionalização, o CSC-Conselho Superior de Câmaras de Comércio e a CEOE – Confederação Patronal espanhola.
O encontro de Valência, em que também foram convidados a participar representantes da Invest in Spain, agência espanhola de promoção e captação de investimento estrangeiro, foi precedido de uma conferência a cargo de Stephane Garelli, professor da Universidade de Lausanne e Director do World Competitivess Center, sobre a situação actual e cenários futuros para a economia mundial.
No CII estão representados o Ministério da Industria, Turismo e Comércio, o ICEX-Instituto Espanhol do Comércio Externo, todas as agências e entidades autonómicas ligadas à promoção da internacionalização, o CSC-Conselho Superior de Câmaras de Comércio e a CEOE – Confederação Patronal espanhola.
O encontro de Valência, em que também foram convidados a participar representantes da Invest in Spain, agência espanhola de promoção e captação de investimento estrangeiro, foi precedido de uma conferência a cargo de Stephane Garelli, professor da Universidade de Lausanne e Director do World Competitivess Center, sobre a situação actual e cenários futuros para a economia mundial.
Empresas polacas com capitais portugueses no ranking "Top 500 Companies in Central Europe 2009" da Deloitte
Notável!
A Jeronimo Martins Dystrybucja (Biedronka), empresa de distribuição alimentar polaca do Grupo Jerónimo Martins, é 29ª maior empresa da Europa Central, segundo o ranking "Top 500 Companies in Central Europe 2009" da empresa de consultadoria e auditoria Deloitte. Por sua vez a Eurocash, outra empresa polaca do sector da distribuição alimentar participada e liderada por Luis Amaral, ocupa a 93ª posição da mesma lista.
Por outro lado, o Bank Millennium, banco polaco do Grupo MillenniumBCP, é o 18º maior banco da Europa Central, segundo o ranking "Banking TOP 50" da Deloitte.
A internacionalização destas 3 empresas para a Europa Central e Oriental, e nomeadamente para a Polónia, foi uma aposta ganha, apesar das dificuldades iniciais que enfrentaram no mercado polaco e dos obstáculos e resistências que algumas delas tiveram, inclusive, que ultrapassar em Portugal. Estes são 3 "case studies" que deveriam ser obrigatoriamente estudados nas cadeiras de marketing internacional/gestão internacional das escolas de gestão portuguesas. Demonstram a forte competitividade de algumas empresas portuguesas nos principais mercados internacionais e revelam a grande capacidade de gestão, de liderança, de inovação e de resiliência do respectivo "management", em Portugal e na Polónia, constituído fundamentalmente por gestores portugueses.
Gratulacje i powodzenia Biedronka, Eurocash e Millennium Bank!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Leituras: "O homem certo para gerir uma empresa é uma mulher"
Rosália Amorim, editora da revista Exame, lança hoje um livro sobre a vida das mulheres no mundo dos negócios com base em testemunhos de 25 mulheres executivas portuguesas. Esta obra tem por titulo "O homem certo para gerir uma empresa é uma mulher", um prefácio assinado pela médica psicóloga Isabel Rodrigues e será apresentada esta tarde na FNAC Chiado pelo director-adjunto do Expresso, Nicolau Santos. Trata-se de uma problemática bastante actual e relevante, mas que tem sido pouco estudada em Portugal, e que é aqui abordada por um dos melhores e mais seguros valores do jornalismo económico português.
domingo, 13 de setembro de 2009
Sobre os 10 debates da pré-campanha eleitoral
Concordo inteiramente com a Ana Gomes quando escreve aqui que "Durante os 10 debates realizados nesta pré-campanha, não se ouviu uma palavra a nenhum dos líderes sobre política de defesa, a política externa, as relações transatlânticas, a diáspora portuguesa e, sobretudo, sobre a Europa.Dir-me-ão que isso não dá votos. Mas atesta bem o grau de provincianismo que cultivamos." Acrescentaria ainda que não ouvimos também qualquer referência ao relacionamento de Portugal com os Países de Lingua Oficial Portugal, particularmente com o Brasil e com Angola, e com Espanha (parece que neste caso se esgota na questão do TGV...)! A que se deve este facto? Será que hoje não conseguimos olhar além-fronteiras?
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Logoplaste na Ucrânia
De acordo com o Diário Económico de hoje, a Logoplaste está em fase de consolidação do seu investimento industrial na Ucrânia, tendo para o efeito obtido um financiamento de 4,1 milhões de euros junto do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).
Trata-se de um dado relevante no processo de internacionalização das empresas portuguesas para os Países da Europa Central e Oriental (PECO), e nomeadamente para o mercado ucraniano.
Apesar da instabilidade política e económica que este país atravessa, a Ucrânia será a curto-médio prazo o mercado de expansão natural para as empresas internacionais já presentes em outros mercados dos PECO, e nomeadamente para as empresas portuguesas instaladas na Polónia, Hungria, Rep. Checa e Roménia. Para estas empresas, e fundamentalmente para as de média e grande dimensão e para as que actuam no sector da consultadoria de engenharia e de gestão, o BERD poderá vir a constituir um importante parceiro financeiro (veja aqui um ponto de situação recente sobre "Portugal e o BERD"), a par de outas instituições bancárias portuguesas presentes na Europa Central e Oriental (Grupo MillenniumBCP, Banco Espírito Santo e Banco Mais/BANIF).
Governo cria linha de crédito para promover a internacionalização de marcas
As empresas ou inventores individuais que pretendam registar marcas e patentes fora de Portugal podem, a partir de hoje e durante os próximos três meses, recorrer a uma nova linha de apoio à internacionalização de patentes (LAIP) do Ministério da Justiça que disponibilizará entre 50% a 90% das despesas, até um limite máximo de 8 mil euros por pedido. A portaria que regulamente o apoio foi ontem publicada em Diário da República.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Portugal não faz parte da “short list” da Tata Motors
Segundo o jornal económico espanhol Cinco Dias, o conglomerado empresarial indiano Tata Motors pretende construir uma unidade de montagem de automóveis eléctricos na Europa. Na “short list” de possíveis localizações para este importante investimento estão duas comunidades espanholas (Catalunha e Andaluzia), o Reino Unido e a Noruega. Nesta altura, diversas fontes referem que o país melhor posicionado para acolher este projecto é a Noruega, onde a Tata Motors já possui uma fábrica de pilhas para automóveis eléctricos, em parceria com o empresa local Miljo Greenlands, mas o governo de Rodriguez Zapatero e as autoridades da Catalunha e da Andaluzia estão muito empenhados em conseguir captar este investimento do construtor indiano.
Portugal não faz parte da “short list” da Tata Motors.
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