terça-feira, 24 de novembro de 2009

Comércio externo UE27-Rússia: Portugal com uma posição marginal

No passado dia 18 de Novembro, teve lugar em Estocolmo, Suécia, a 24ª Cimeira da União Europeia com a Rússia.

A propósito deste evento o Eurostat publicou um conjunto de estatísticas sobre o comércio externo UE27-Rússia. Destes dados, há a reter as seguintes principais conclusões:

a) A Rússia perde importância enquanto parceiro comercial da UE27 - No primeiro semestre de 2009, e em comparação com o período homólogo do ano anterior, as exportações da UE27 decresceram de 51 mil milhões de euros para 31 mil milhões de euros. A mesma tendência observou-se ao nível das importações da UE27 que passaram de 91 mil milhões de euros para 52 mil milhões de euros, no mesmo período.

b) Na UE27 a Alemanha é o principal parceiro comercial da Rússia - A Alemanha é o principal exportador (cerca de 9,6 mil milhões de euros que representaram 31% do total das exportações) e o maior importador da Rússia (10, 4 mil milhões de euros e 20% das importações totais). Depois da Alemanha, e como fornecedores do mercado russo, surgem a Itália (3,1 mil milhões de euros e 10% do total), França (2,3 mil milhões de euros e 8% do total), Holanda (2,1 mil milhões de euros e 7% do total) e Finlândia (2 mil milhões de euros e 6% do total).

c) Portugal tem uma posição pouco relevante enquanto fornecedor do mercado russo - No período em análise, 1º semestre de 2009, Portugal foi (apenas) o 24º fornecedor da Rússia no quadro da UE27 (49 milhões de euros de exportações), seguido do Luxemburgo (46 milhões de euros), Chipre (11 milhões de euros) e Malta (as exportações não chegaram a 1 milhão de euros). Refira-se ainda a posição e o valor das vendas dos seguintes países: Áustria, 1 088 milhões de euros; Hungria, 960 milhões de euros; Espanha, 676 milhões de euros; Dinamarca, 463 milhões de euros; Irlanda, 97 milhões de euros; Grécia, 97 milhões de euros.
Como se constata, e no caso da posição portuguesa, existe uma grande margem de crescimento e um longo caminho (ainda) a percorrer pelas empresas nacionais no "difícil" mercado russo.