Tendências, estratégias e negócios em mercados internacionais. Globalização, comércio e investimento internacional. Desenvolvimento e cooperação internacional. E outras coisas mais.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
Escolas de negócios e a imagem da "marca Espanha"
Em Espanha, existem actualmente três das melhores e mais prestigiadas escolas de negócios do mundo - o IESE, o IE e o ESADE - que conseguiram, nos últimos anos, atingir uma grande projecção internacional e captar os melhores professores e alunos nas áreas da gestão empresarial. Numa interessante entrevista publicada no jornal espanhol Cinco Dias, os três principais responsáveis destas escolas abordam os temas da formação actual de dirigentes empresariais e dos desafios que estes estabelecimentos de ensino enfrentam neste periodo de crescente globalização económica. Mas, de uma forma muito interessante, chamam também a atenção para o contributo que é dado por escolas para o reforço da notoriedade da imagem da "marca Espanha" no mundo.
Diplomacia e Redes Sociais
O Center on Public Diplomacy da University of Southern California anunciou recentemente o vencedor do "2010 CPD Prize for Best Student Paper in Public Diplomacy". O trabalho seleccionado, da autoria de Melanie Ciolek, designa-se "Understanding Social Media’s Contribution to Public Diplomacy" e aborda a utilização da rede social Facebook pelo Departamento de Estado dos E.U.A. com o objectivo de aumentar a notoriedade e o impacto da visita que o Presidente Obama planeia realizar, brevemente, à Indonésia.
Born in '89
O BERD - Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento, em colaboração com o banco Unicredit e o jornal Financial Times, lançou um concurso de ensaios para comemorar o 20º aniversário da Queda do Muro de Berlim. Candidataram-se jovens nascidos em 1989 nos países onde o BERD desenvolve a sua actividades, na sua grande maioria ex-países comunistas ou ex-repúblicas da União Soviética, e os ensaios abordaram suas experiências nestes países no período após a Queda do Muro de Berlim. Foram recebidas cerca de 600 candidaturas e a vencedora deste prémio foi Ana Dabrundashvili, de Tbilisi, Georgia. Os 24 melhores ensaios foram publicados, em Setembro de 2010, num caderno especial do BERD designado por "Born in '89".
domingo, 12 de setembro de 2010
Bons exemplos: os casos de Cabo Verde e da Suécia
Já por diversas vezes mencionámos neste blogue o excelente exemplo - ao nível da governação, da politica de desenvolvimento seguida e do respeito pelos liberdades e pelos direitos individuais - que é dado pela jovem democracia cabo-verdeana. Há alguns dias, o Paulo Pedroso destacava também o facto de Cabo Verde ter sido o primeiro país da África Ocidental a assumir plena responsabilidade pelo programa de apoio alimentar nas escolas, após três décadas de dependência do Programa Alimentar Mundial.
Um outro bom exemplo, de uma outra parte do mundo, constitui o modelo de desenvolvimento sueco. Desta vez, "the swedish model" foi analisado por Ari Kokko, professor na Copenhagen Business School e na Stockholm School of Economics, num excelente paper publicado, em Agosto de 2010, pela United Nations University, e que concluiu o seguinte:
"First, the initial success of Swedish industrialization and the subsequent development of industrial competitiveness are largely the results of intentional policies and strategies implemented by the state and individual companies. By investing heavily in institutional capacity, knowledge, and skills, Sweden has created the capacity to take advantage of new opportunities and to adjust to changing conditions in the global market. The policy lessons from these experiences are clear. Countries aiming for growth and sustainable development—or just to maintain their relative competitiveness in the international market—need to invest continuously in institutional and human capacity. When opportunities arise or market conditions change, it is mainly the actors that have excess capacity who are able to respond positively to the changes.
Second, while the need for a welfare state was clear at an early stage of industrialization and development—to balance the increased risk and uncertainty when household-based production systems were replaced by urban industrial systems—it took a long time to construct a comprehensive welfare state. The development of the various components of the welfare state was gradual, and closely related to both needs and financial capacities. The earliest components of the welfare state, such as compulsory education and insurance schemes, were closely connected to the industrialization process itself: literacy, insurance for work-related accidents, and unemployment insurance are necessary for successful industrial development. Subsequent developments were largely driven by political pressures. The socialist revolutions in Eastern Europe after the First World War had a strong impact on the political climate in Sweden, and contributed to a stronger emphasis on the public provision of social welfare. The early welfare state was not very generous because of the limited financial resources of the state, but the level of benefits increased from the 1950s and onwards, as the rapidly growing economy made the country more prosperous. Later on, after the 1980s, changing demographic and economic conditions have mandated an adjustment in the opposite direction: benefit levels have been adjusted downwards because of the mismatch between limited tax revenues and increasing costs for health care and pensions.
(...) A third broad conclusion from the Swedish experience of growth and development. It is hard to overestimate the importance of social stability. Although the first decades of the 20th century were characterized by a struggle between labour and capital, it resulted in a broad political compromise that has survived to the present. The outcome has been an unusual degree of political stability, where the overall character of society is not likely to change much even if political power shifts from one of the main political parties to another. This stability, in turn, guarantees that the rules of the game are predictable and that the degree of uncertainty for long term investors is low".
Leituras: "Investing in Africa: An Interview with Todd Moss from the Center for Global Development"
Numa altura em que o Continente Africano volta, por boas razões, à agenda politica internacional, veja aqui a entrevista dada ao blog Next Billion por Todd Moss, Vice-Presidente do "think tank" norte-americano Center For Global Development e responsável nesta instituição pelo "The Emerging Africa Project", sobre os condicionalismos ao investimento e à boa governação em Àfrica.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
George Soros anuncia que vai doar 100 milhões de USD à Human Rights Watch
George Soros, financeiro norte-americano de origem húngara, anunciou numa entrevista que tenciona doar cerca de 100 milhões de USD à organização não-governamental Human Rights Watch. Esta é a primeira de uma serie de iniciativas filantrópicas que Soros pretende desenvolver nos próximos tempos. Segundo o jornal New York Times "It is the largest gift he has made, the largest gift by far that Human Rights Watch has ever received, and only the second gift of $100 million or more made by an individual this year, according to the Center on Philanthropy at Indiana University (....) So far this year, Mr. Soros has donated about $700 million to various causes, including the gift to Human Rights Watch. His hedge fund, Quantum Endowment, grew 29 percent in 2009, earning him $3.3 billion in fees and investment gains."
sábado, 4 de setembro de 2010
Ramadão
Foto: Medina de Tunis (Tunisia)
Decorre nesta altura o Ramadão, mês sagrado para os muçulmanos de todo o ano e que constitui um dos pilares do Islão. Entre o nascer e o pôr-do-sol, os fiéis devem abster-se de comer, beber, fumar e ter relações sexuais.
Este ano, o Ramadão tem lugar do inicio de Agosto ao inicio de Setembro, pelo que as privações são particularmente difíceis, devido à onda de calor que cobre grande parte do Médio Oriente.
Durante o período em que vivi na Tunísia, passei em Tunis um Ramadão, e pude observar a grande diferença deste mês para os restantes meses do ano. Tudo muda nesta altura do ano, desde os comportamentos e hábitos das pessoas, até aos ritmos e horários de trabalho e de funcionamento de todo o tipo de estabelecimentos. Neste período, pede-se ao crente maior proximidade aos valores sagrados, uma leitura mais assídua do Alcorão, frequência das mesquitas e maior correcção pessoal e auto-domínio. É de facto um mês muito especial para os muçulmanos de todo o mundo e que culmina com o "Aid el-Fitr", celebração que marca o fim do jejum do Ramadão. Sinal da importância do Ramadão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido decidiu criar no seu site oficial uma página designada por "Living Ramadan" onde são relatadas experiências pessoais dos seus diplomatas acreditados em Embaixadas situadas em países muçulmanos. A não perder!
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