As empresas chinesas de construção civil e obras públicas continuam a sua ofensiva no Continente Africano, sobretudo em países produtores de petróleo e gás. Depois da concorrência que empresas portuguesas de construção civil e obras pública estão a enfrentar no mercado angolano por parte das suas congéneres chineses, que ano após ano consolidam as suas posições e aumentam os seus volumes de negócios, chegou agora a vez dos principais grupos de construção espanhóis se ressentirem da concorrência chinesa no mercado da Argélia. Com efeito, durante o corrente mês, os grupos espanhóis FCC e ISOLUX perderam um dos maiores contratos argelinos de modernização de infra-estruturas ferroviárias, no valor de mil milhões de euros, para a empresa chinesa CRG Limited. Segundo o jornal espanhol “Expansion”, uns dias antes, uma outra empresa chinesa, CCECC, havia ganho dois contratos de características semelhantes no valor de 1,2 mil milhões de euros. Se tivermos presente que a Argélia é, nesta altura, o 2º ou 3º mercado africano (depois de Angola e eventualmente de Marrocos) mais importante para as empresas portuguesas de construção civil, obras públicas e consultadoria de engenharia, estas não são boas noticias para os principais agentes económicos do sector e para as entidades portuguesas envolvidas na promoção das exportações e do investimento.