Já antes havíamos aqui e aqui feito referência ao interesse das empresas espanholas e das suas élites económicas e empresariais numa maior aproximação ao mercado dos EUA. Como corolário destes interesses e vontades, os EUA foram, entre Janeiro e Setembro 2009, o primeiro país de destino do investimento directo espanhol no exterior (IDEE), com os investimentos a alcançarem 4 231 milhões de euros e a representarem cerca de 47,8% do total do IDEE. Por outro lado, os EUA são o 2º maior investidor estrangeiro em Espanha, em termos de stock de IDE, com uma presença muito forte nos sectores de maior incorporação tecnológica.
Em termos de comércio externo, os EUA foram, em 2009, o 6º mercado mundial para as exportações espanholas, e o 1º cliente fora da UE27, estando envolvidas nestas operações de exportação cerca de 14 000 empresas/ano.
Não temos dúvidas em afirmar que parte deste sucesso estará, com certeza, relacionado com o nivel de prioridade politica que o mercado dos EUA tem merecido por parte das autoridades espanholas e com apoio institucional que as empresas do país vizinho têm tido no mercado norte-americano, quer através da rede de "oficinas económicas y comerciales" de Espanha nos EUA (Chicago, Los Angeles, Miami, Nova York, Washington e San Juan de Puerto Rico), quer através dos programas de promoção "Plan Made In/By Spain" e "España, Technology for Life". Refira-se ainda que, por exemplo, no "Plan Made In/By Spain", e segundo dados do ICEX -Instituto Espanhol de Comércio Externo, estiveram envolvidas, em 2009, cerca de 1 500 empresas espanholas que participaram, por sua vez, em 289 acções de promoção económica e comercial.