Já antes aqui e aqui havíamos chamado a atenção para a importância da intervenção dos fundos soberanos na economia internacional. Ontem, o El País destaca, num artigo já mencionado no Notas Verbais, a intervenção em Espanha do Fundo da Noruega, o segundo maior fundo soberano do mundo, apenas superado pelo Fundo do Abu Dhabi.
O Fundo da Noruega tem um património de 328 000 milhões de euros, equivalentes a um terço do PIB espanhol, e já investiu em Espanha cerca de 18 204 milhões de euros, dos quais 6 676 milhões de euros em empresas cotadas na Bolsa de Madrid e o restante valor em títulos emitidos por empresas e organismos públicos. Entre as empresas espanholas participadas pelo Fundo da Noruega, num universo de 77 firmas ou grupos empresariais presentes na Bolsa de Madrid, contam-se o Banco Santander (1,62% do capital), Telefónica (1,7%), BBVA (1,59%), Iberdrola (1,54%), Repsol (1,47%) e a Inditex (0,78%). Porém, em nenhum caso a participação deste Fundo supera os 3% do capital das empresas, o que obrigaria a uma comunicação formal à entidade de supervisão da bolsa, pelo que a presença accionista desta entidade tem sido bastante discreta e "silenciosa".