Tendências, estratégias e negócios em mercados internacionais. Globalização, comércio e investimento internacional. Desenvolvimento e cooperação internacional. E outras coisas mais.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Break Time
Pela necessidade de um profundo envolvimento em outras actividades, iremos fazer um intervalo nas nossas notas até ao final do corrente ano. Até lá, andaremos pelo Twitter em @ruipauloalmas. Muito obrigado pelas vossas leituras, e também pela compreensão, e um resto de um excelente ano de 2013.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Observatório da Emigração: Entrevista à investigadora Cláudia Pereira sobre a emigração portuguesa no Reino Unido
Foto: The Guardian
O Observatório da Emigração foi criado em 2008, com base num protocolo
entre a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas
(DGACCP) e o CIES/ISCTE – Centro de
Investigação e Estudos de Sociologia/ISCTE –
Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) com o objectivo de “produzir e disponibilizar informação sobre a
evolução e as características da emigração e das comunidades portuguesas e
contribuir para a definição de políticas públicas neste domínio”. Trata-se de um
projecto bastante interessante que tem como coordenador cientifico Rui Pena
Pires (CIES, ISCTE) e que tem contribuido para uma maior conhecimento das actuais caracteristicas da diáspora portuguesa. Reproduzo aqui uma entrevista realizada, no âmbito do
referido Observatório, à investigadora Cláudia Pereira sobre a problemática e caracterização da emigração portuguesa no Reino Unido.
UNCTAD - "Economic Development in Africa Report’2013: Intra-African Trade Unlocking Private Sector Dinamism"
A UNCTAD acaba de publicar o estudo “Economic Development in Africa Report’2013 - Intra-African Trade: Unlocking Private Sector Dinamism”, dedicado ao tema das relações comerciais intra-africanas, fazendo uma reflexão sobre como a forma como é que o sector
privado africano pode contribuir para o crescimento e reforço deste tipo de
relações comerciais.
De
acordo com este trabalho, “Intra-African trade presents opportunities for
sustained growth and development in Africa. It has the potential to reduce
vulnerability to global shocks, contribute to economic diversification, enhance
export competitiveness and create employment. (…) The report argues that for
African countries to reap expected gains from intra-African trade and regional
integration, they will need to place the building of productive capacities and
domestic entrepreneurship at the heart of the policy agenda for boosting
intra-African trade. In this context, the report recommends that African
Governments should promote intra-African trade in the context of developmental
regionalism. In particular, it stresses the need for a shift from a linear and
process based approach to integration, which focuses on elimination of trade
barriers, to a more development-based approach to integration, which pays as
much attention to the building of productive capacities and private sector
development as to the elimination of trade
barriers.”
domingo, 28 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
"Futre e os chineses" - FC Barcelona abre representação comercial em Hong Kong
A intervenção do ex-futebolista Paulo Futre sobre o potencial económico do mercado chinês para a sustentabilidade comercial e financeira do Sporting Clube de Portugal mereceu, em tempos, um amplo destaque na opinião pública portuguesa (ver vídeo acima). Nesta linha de "argumentação", a imprensa espanhola de hoje dá conta da próxima abertura de uma representação comercial do FC Barcelona em Hong Kong com o objectivo de mobilizar/angariar patrocinadores e publicidade e de desenvolver as propostas de negócios "on line" do clube catalão na China. Neste sentido, como é que os principais clubes de futebol portugueses tencionam tratar as potencialidades de negócio oferecidas pelo mercado chinês?
domingo, 21 de julho de 2013
2013 - Um ano marcante para os Países Bálticos
O ano de 2013 vai ser um ano marcante para os três países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) que aderiram, em 2004, à União Europeia. Desde 1 de Julho de 2013, a Lituânia passou a ser o primeiro país báltico a assegurar a presidência rotativa da União Europeia e, em 2013, foi também formulado o convite para a Letónia passar a integrar, a partir de 1 de Janeiro de 2014, a Zona Euro, juntando-se, assim, à Estónia na partilha da moeda única europeia. Em face desta diversidade de desafios que irão afectar a situação económica e politica destes países nos próximos anos, o "think tank" francês "Notre Europe/Institut Jacques Delors", dirigido actualmente pelo ex-ministro e ex-comissário europeu António Vitorino, decidiu realizar um interessante estudo sobre esta realidade, designado por "Les États baltes dans l'UE: passé, présent et futur" , da autoria de Agnia Grigas, Andres Kasekamp, Kristina Maslauskaite, Liva Zorgenfreija e Jerzy Buzek, e que pode ver aqui.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Banco Africano de Desenvolvimento vai voltar a Abidjan (Costa do Marfim)
Na sequência de uma decisão do Conselho de Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) tomada na última Assembleia Anual, realizada entre os dias 27 e 31 de Maio de 2013, em Marrakech (Marrocos), esta entidade multilateral de financiamento vai voltar a localizar a sua sede em Abidjan (na foto), Costa do Marfim. A mudança de Abdijan para Tunis ocorreu no ano de 2003, na sequência da eclosão da guerra civil na Costa do Marfim. De acordo com a referida decisão, o início da deslocalização dos cerca de 1500 funcionários do BAD vai ter lugar em finais do corrente ano, esperando-se que este processo fique concluído até Novembro de 2014, altura em que esta instituição irá comemorar o seu 50º aniversário. Esta mudança está a ser preparada com bastante atenção pela administração do BAD - por exemplo, esta realizou há dias uma sessão de informação/formação para as empresas da Costa do Marfim sobre o tema “Comment devenir fournisseur de la BAD ?”- pois as mudanças irão ser grandes, mas em sentidos opostos, para Tunis e para Abidjan. Abidjan vai voltar a ocupar o lugar de importante plataforma económica e financeira africana, sendo esta decisão um sinal claro de confiança e de apoio às autoridades marfinenses, enquanto a saída de Tunis surge num momento particularmente difícil da vida politica e económica tunisina.
Face à relevância do BAD no apoio financeiro ao desenvolvimento de países africanos, de que têm beneficiado algumas empresas portuguesas, esta deslocalização para Abidjan pode levar à necessidade de algumas alterações na estrutura da diplomacia económica portuguesa na África Subsaariana, e nomeadamente na Costa do Marfim onde não existe, actualmente, nenhuma representação diplomática nacional.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Marcas globais e multinacionais de economias emergentes: "Never give up, no matter what"
Via The Economist: "Fortune magazine’s 2012 list of the largest 500 companies by sales revenue included 73 Chinese firms, more than from any other country except the United States, with 132. Yet Interbrand’s 2012 list of the 100 “best global brands” included not one Chinese firm". Este é um facto relevante, mas que com certeza irá mudar rapidamente, pois de acordo com a mesma revista "developing-country firms are swiftly learning the art of branding. A few emerging-market brands have already gone global: it is hard to watch a football match in Europe without having “Emirates” burned onto your retina. More are on the way: Haier of China (white goods), Concha y Toro of Chile (wine), and Natura of Brazil (beauty products). Westerners feeling besieged by the rise of the developing world comfort themselves with the thought that they still hold the high ground of premium-priced branded goods. But they should be in no doubt that emerging-market contenders are mounting their warhorses and readying their battering-rams". A seguir, pois as estas novas multinacionais "Never give up, no matter what"!
Ainda sobre a adesão da Croácia à União Europeia
Desde 1 de Julho, a Croácia é o 28º membro da União Europeia. Neste âmbito, o Eurostat publicou um estudo comparativo sobre os principais indicadores económicos e sociais da Croácia e da União Europeia(UE), que pode ver aqui, e dos quais se destacam os seguintes dados:
- A Croácia tem uma população de 4,4 milhões de habitantes (UE27 - 502 milhões de habitantes) com uma esperança média de vida e uma taxa de fertilidade sensivelmente inferiores à média da UE27.
- Um PIB per capita que representa 61% da média comunitária (UE27-100).
- O sector agrícola emprega cerca 11% da população activa.
- 60% das exportações croatas destinam-se à União Europeia.
Também o Institut Delors/Notre Europe, fez uma análise deste último alargamento da UE defendendo, todavia, alguns ajustamentos nas politicas de alargamento que constituem, actualmente, um dos principais pilares da dimensão externa da UE (pode ver aqui).
Para as empresas portuguesas, e depois da entrada da Eslovénia na UE, em 2004, abre-se um espaço de novas oportunidades de negócios que deverá também incluir outras repúblicas da ex-Jugoslávia, como a Sérvia, Montenegro, Macedónia e Bósnia e Herzegovina, algumas delas em adiantadas negociações de adesão à UE.
sábado, 22 de junho de 2013
"Classe média" em África: a relevância e a necessidade de contextualização
Fonte: HBR Blog Network
Via HBR Blog Network um interessante "post" de Bright B. Simons que pode ver aqui sobre a existência ou não de classe média em África e sobre qual a dimensão e características dessa mesma classe média (outros, como David Cowan, economista no Citigroup Africa, consideram que não existe classe média em África, mas antes "only two super-classes: the über-rich, and a large sprawl of poor people who nevertheless are inclined towards consumption"). São interrogações que têm suscitado diversos estudos, sobretudo de natureza quantitativa, por parte de algumas empresas e organizações internacionais devido, fundamentalmente, ao potencial de negócio actualmente existente no Continente, em termos globais, ou em em alguns determinados países africanos. Mas Bright B. Simons no referido "post" chama a atenção para o seguinte: "The qualitative character of the middle class in your targeted African country has implications for your human resource strategy, public relations, government relations, corporate responsibility and citizenship, reliance on local financial instruments, operational effectiveness, and the overall sustainability of your market position. (...) For the prospective investor in Africa, then, it is obvious that qualitative factors should matter more than quantitative factoids in shaping your strategy."
sexta-feira, 7 de junho de 2013
América Latina, entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico?
Fonte: The Economist
Numa altura em que se verifica uma clara aposta das empresas portuguesas num conjunto de mercados da América Latina, particularmente no Brasil, Chile, Colômbia, Peru, México e Venezuela, a The Economist fez uma análise (ver aqui) do processo de integração regional que está a verificar-se na região, cada vez vez mais focado em duas comunidades económicas: o Mercosul (que tem como membros plenos a Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela) e a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Perú). Na opinião do Ministro das Finanças do Chile, Filipe Larraín, a Aliança do Pacífico, é "the most exciting thing going on in Latin America today", enquanto outros consideram que a Aliança do Pacífico "has proved to be a brilliant piece of diplomatic marketing", mas que "has to add substance". Para já, e em termos concretos, o Chile, Colômbia, México e Perú assinaram, no passado dia 23 de Maio, um acordo que prevê a eliminação das tarifas alfandegárias em cerca de 90% do comércio externo de mercadorias entre os respectivos países e também a supressão dos vistos de viagens para os seus cidadãos. São, sem dúvida, acontecimentos que vão ter implicações ao nível da estratégia de desenvolvimento do Mercosul e que colocam, sobretudo, sérios desafios à diplomacia brasileira.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
“Marca España”, ¿para españoles?
Foto: La Vanguardia
Via blogue “Diario de Bruselas” de Beatriz Navarro, correspondente junto da União Europeia do diário espanhol “La Vanguardia”, uma interessante análise e avaliação de uma acção de promoção da “Marca Espanha”, realizada recentemente no Parlamento Europeu, em Bruxelas, e que pode ver aqui. Entre as várias reflexões que são realizadas no referido post é efectuada uma referência ao “… mala costumbre española de hacer promoción exterior para el público interior no ha cambiado nada a pesar de la crisis”, por sinal, bastante oportuna no âmbito da problemática da promoção da imagem externa de um país.
domingo, 19 de maio de 2013
Caminhos para o ensino superior
Foto: PA
O actual contexto de rápida mudança social,
económica e tecnológica está na causar grandes desafios ao ensino superior público e privado, sobretudo nos países desenvolvidos e nas
chamadas "economias emergentes". É uma situação que está a obrigar a uma profunda reestruturação deste sector e a reposicionamenteos estratégicos dos
estabelecimentos de ensino superior em relação às características das sua oferta
formativa, ao financiamento da sua actividade, à integração em redes
internacionais, à empregabilidade dos seus cursos, à concorrência e à pressão
dos "rankings" nacionais e internacionais, à forma como se relacionam com todos
os seus parceiros, entre outros desafios. Portugal não se pode afastar desde debate. E sobre este tema o grupo editorial Pearson elaborou um
excelente trabalho para o "think tank" Institute for Public Policy Research (UK),
designado por "An avalanche is coming - Higher education and the revolution ahead", onde propõe cinco possibilidades de desenvolvimento estratégico
dos estabelecimentos de ensino superior: (i) as universidades de elite; (ii) as
universidades de massas; (iii) as universidades especializadas; (iv) as
universidades locais; (v) as universidades orientadas para o "lifelong
learning", acrescentando ainda o seguinte:
"Each university needs to be clear which niches or market segments it wants to serve and how. The traditional multipurpose university with a combination of a range of degrees and a modestly effective research programme has had its day.
The traditional university is being unbundled.
The pressure of competition on universities is greater than ever, not just
because of the global competition between them, but also because a range of new
players like MOOCs provider Coursera, skill-educator General Assembly and
consultancies that develop people and produce cutting edge research, are now
stepping up to compete with various specific functions of a traditional
university.
Governments will need to rethink their
regulatory regimes which were designed for a new era when university systems
were national rather than global. In the new era, governments need to face up to
big questions – how can they fund and support part-time students? Should a
student who takes courses from a range of providers, including MOOCs, receive
funding on the same basis as any other student? How can government incentivise
the connection between universities, cities and innovation? In an era of
globalisation how do governments ensure that universities in their country
continue to thrive? How can meritocracy be ensured? ".
E concluem o seguinte "there are three fundamental challenges facing systems all round the world: (1) How can universities and new providers ensure education for employability? (2) How can the link between cost and quality be broken? (3) How does the entire learning ecosystem need to change to support alternative providers and the future of work?".
Neste quadro de referência que estratégias de afirmação irão ser seguidas, ou reforçadas, no curto-médio prazo pelos estabelecimentos de ensino superior portugueses? Iremos assistir a fenómenos de fusão/concentração e ao desaparecimento de alguns estabelecimentos de ensino? Num sector bastante regulado como este que "espaço" existe para a implementação de politicas de inovação e de diferenciação?
P.S. - Sobre este assunto veja também aqui o artigo "2020 Vision: A dual strategy for European business schools" de Stéphanie Dameron e Thomas Durand.
P.S. - Sobre este assunto veja também aqui o artigo "2020 Vision: A dual strategy for European business schools" de Stéphanie Dameron e Thomas Durand.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Conferência: " A CPLP na era da globalização", por Carlos Lopes (ONU)
Carlos Lopes (Guiné-Bissau) é um destacado funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU), ocupando actualmente as funções de Secretário - Executivo da Comissão Económica para África (ECA) da referida organização. É também Presidente do Conselho Geral do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa. Carlos Lopes vai estar em Lisboa, no próximo dia 13 de Maio, pelas 18h00, para proferir uma conferência intitulada “A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) na era da Globalização”, que se realiza na sede da CPLP, Palácio Conde de Penafiel, Rua de São Mamede (ao Caldas). Um tema muito oportuno, face aos desafios actuais que se colocam à CPLP.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
"Notas Verbais": OMC. Dois na final, Portugal apoia candidato do Brasil
Via Notas Verbais, blogue que está de "regresso" à blogosfera e que saúdo com simpatia, um ponto de situação da corrida à liderança da Organzação Mundial de Comércio (OMC), com o candidato brasileiro (na foto), Roberto Azevedo, na fase final, e contando com o apoio de Portugal, juntamente com o candidato mexicano, Hermínio Blanco.
P.S.1 - Veja aqui um post anterior sobre este assunto.
P.S.2 - Veja também aqui e aqui artigos do The Guardian sobre estas duas candidaturas.
P.S.3 - Roberto Azevedo ganhou a corrida para a liderança da OMC, ao contar com o apoio dos BRICS (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) e de um vasto grupo de outros países em desenvolvimento. Os EUA e maioria dos países da União Europeia, ou de acordo com outras fontes a União Europeia em bloco, votou no candidato mexicano. Trata-se de um enorme sucesso para a diplomacia brasileira que já tinha consigo recentemente a eleição de Jose Graziano da Silva para Director-Geral da FAO/ONU - o próximo desafio da diplomacia brasileira será a conquista de um lugar de membro-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas? Mas os resultados alcançados por candidatos oriundos de economias emergentes, ao nível das principais organizações internacionais - veja-se também os casos da ONU (liderada por um sul-coreano) e da OCDE (liderada por um mexicano) -, estão também a modificar, de uma forma clara, a geopolitica destas organizações.
P.S.1 - Veja aqui um post anterior sobre este assunto.
P.S.2 - Veja também aqui e aqui artigos do The Guardian sobre estas duas candidaturas.
P.S.3 - Roberto Azevedo ganhou a corrida para a liderança da OMC, ao contar com o apoio dos BRICS (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) e de um vasto grupo de outros países em desenvolvimento. Os EUA e maioria dos países da União Europeia, ou de acordo com outras fontes a União Europeia em bloco, votou no candidato mexicano. Trata-se de um enorme sucesso para a diplomacia brasileira que já tinha consigo recentemente a eleição de Jose Graziano da Silva para Director-Geral da FAO/ONU - o próximo desafio da diplomacia brasileira será a conquista de um lugar de membro-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas? Mas os resultados alcançados por candidatos oriundos de economias emergentes, ao nível das principais organizações internacionais - veja-se também os casos da ONU (liderada por um sul-coreano) e da OCDE (liderada por um mexicano) -, estão também a modificar, de uma forma clara, a geopolitica destas organizações.
domingo, 28 de abril de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
BERD quer alargar intervenção na Rússia
A Rússia é o país com o maior numero de operações no âmbito da actividade do BERD - Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento. O BERD já financiou 714 projectos no mercado russo, sobretudo no sector privado (84% do total), que implicaram um desembolso financeiro de cerca de 15,6 mil milhões de euros por parte deste instituição financeira internacional. Mas o BERD quer reforçar o seu envolvimento na Rússia, esperando contar para isso com um maior protagonismo das empresas oriundas de alguns dos seus países accionistas, nomeadamente de empresas norte-americanas. Num dircurso realizado há dias na US Chamber of Commerce, em Nova Iorque, Sir Suma Chakrabarti, Presidente doo BERD, apontou, de forma muito clara, as razões desta aposta e as dificuldades que as empresas estrangeiras normalmente encontram na abordagem deste mercado, concluindo do seguinte modo: "There are lucrative opportunities out there - the big risks are commensurate with the big rewards. We've worked with many of those who've done it already and we don't often hear regrets. To quote an old Russian proverb, `without pain there is no science’ or as we would say `adversity is a great teacher’. In other words, investment in Russia isn’t easy but companies tell us the benefits are clear in the end". Sobre o enquadramento económico, o clima de investimento e as formas de entrada no mercado russo, o BERD tem disponível um estudo bastante útil designado "Diversifying Russia" que pode ver aqui.
terça-feira, 23 de abril de 2013
Sobre a eleição do próximo Presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento
Foto: Banco Asiático de Desenvolvimento
Discute-se nesta altura a eleição do próximo presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento, onde o Japão é o principal accionista regional (Portugal é um dos países accionistas não-regionais). Desde a sua criação, em 1966, que esta instituição de financiamento multilateral tem sido dirigida por japoneses e tudo indica que o próximo Presidente venha a ser o actual Vice-Ministro das Finanças japonês, Takehiko Nakao, e candidato único ao lugar. Os contornos e consequências desta eleição, em comparação com processos eleitorais recentes verificados no Banco Mundial e no Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, são analisados com pertinência e oportunidade por Scott Morris do Center for Global Development (EUA) que conclui o seguinte em relação ao que se está a passar no Banco Asiático de Desenvolvimento: " So if the ADB presidential selection process is business as usual, with a sole Japanese candidate quickly and quietly selected, I hardly think it spells disaster for the ADB’s important work. But I do think it will represent an unfortunate set back in what has become an increasingly robust leadership competition across the international financial institutions, in which candidates and the countries who nominate them are motivated to put their best ideas forward for the future of the organizations ". Ou seja, começa-se a discutir, cada vez mais, as características da governação e da liderança deste tipo de instituições, facto a que não será alheia a pressão que está a ser exercida junto destas instituições por um conjunto de países emergentes que aspiram, também aqui, a terem mais poder e protagonismo!
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Top Five Reasons Why Africa Should Be a Priority for the United States/Brookings Institution
Um grupo de investigadores da Brookings Institution (EUA) acaba de publicar mais um interessante relatório com o titulo "Top Five Reasons Why Africa Should Be a Priority for the United States"(que pode ver aqui). Trata-se de uma reflexão sobre o actual potencial do Continente Africano e as estratégias que devem ser prosseguidas pelos EUA e que me leva também a colocar a seguinte questão: Que tipo de prioridade e de relevância deve ter actualmente África para Portugal ?
segunda-feira, 8 de abril de 2013
A importância das competências nas áreas da geopolítica e da globalização nos programas dos cursos de gestão empresarial: a experiência da “Grenoble École de Management”
A “Grenoble École de Management” é uma das principais escolas de gestão francesas (ver aqui os principais rankings) e organizou, na semana passada, a 5ª edição do “Festival de Géopolitique”, dedicada, este ano, à problemática da globalização. Esta universidade tem tido um papel pioneiro em França na incorporação das problemáticas das geopolítica e da globalização nos “curricula” dos vários cursos de gestão (graduação e pós-graduação). Ou seja, para além das tradicionais unidades curriculares nas áreas da contabilidade, finanças, marketing, logística ou recursos humanos, são também oferecidas aos estudantes da “Grenoble École de Management” um conjunto de competências ao nível da economia internacional, relações internacionais, sociologia, geografia e até antropologia que seguramente vão permitir aos estudantes “compreenderem melhor os outros” e, sobretudo, perceberem o rápido processo de globalização e de transformação económica e social em curso. Uma estratégia que me parece também bastante ajustada à actual procura das empresas e que faria todo o sentido ser também prosseguida em Portugal.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
UNCTAD e UNECA analisam relacionamento económico BRICS - ÁFRICA
Ainda a propósito da última Cimeira dos BRICS, que abordámos no "post" anterior, a UNCTAD – UN Conference on Trade and Investment e a UNECA – Economic Comission for Africa, publicaram dois excelentes trabalhos sobre as relações económicas e comerciais entre os BRICS e o Continente Africano. O documento da UNECA designa-se "Africa-BRICS Cooperation: Implications for Growth, Employment and Structural Transformation in Africa" e o da UNCTAD "The Rise of BRICS and Africa".
A Cimeira dos BRICS e a intenção de criação de um novo banco de desenvolvimento
Terminou há dias na cidade de Durban, na África do Sul, a "5ª Cimeira dos BRICS" (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul). Um comunicado final desta Cimeira pode ver aqui. No entanto, a medida mais emblemática desta iniciativa é a intenção manifestada por este grupo de países de criarem de uma instituição financeira para apoio ao desenvolvimento de projectos nos BRICS, sobretudo na área das infra-estruturas, e eventualmente também em outros mercados emergentes. Ou seja, uma entidade com características muito semelhantes a outras instituições multilaterais de financiamento, tais como o Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento ou Banco Asiático de Desenvolvimento. Para uns, esta intenção é bastante difícil de concretizar, face às diferenças ainda existentes entre os BRICS em relação a este projecto e também ao actual contexto da economia internacional, para outros, esta intenção é exequível a médio-longo prazo se houver o necessário apoio politico e diplomático. Certo, certo, é que a próxima Cimeira dos BRICS vai ter lugar no Brasil, em 2014, e até lá vamos assistir, seguramente, a um reforço das relações económicas e politicas deste grupo de países com os países da América Central e do Sul.
domingo, 17 de março de 2013
Governo espanhol lança programa "Study in Spain"
Em tempos já havia aqui abordado a pertinência do programa "Study in Australia", lançado pela Austrade, organismo responsável pela promoção do comércio externo e do investimento australianos. Chegou agora a vez do governo espanhol, através da Turespaña (organismo oficial de promoção turística) e do ICEX (organismo oficial de promoção do comércio externo e do investimento), e com a colaboração do Ministério da Educação, Cultura e Desportos e do Instituto Cervantes (organismo oficial de promoção da língua e da cultura espanholas), anunciar uma iniciativa semelhante designada por "Study in Spain".
Este programa tem por "objetivo favorecer el turismo de estudios hacia España y la internacionalización de los servicios educativos de nuestro país, destacando los atractivos de España como destino de estudios y la calidad educativa de los centros de enseñanza. Asimismo pretende captar potenciales estudiantes en el extranjero ofertando los atractivos del destino turístico España. Además, proporcionará la información útil para los estudiantes extranjeros como la necesidad o no de visado para su estancia en España, los procesos de inscripción y matriculaciones, tasas, homologaciones, etc."
De acordo com as autoridades espanholas, em 2012, chegaram a Espanha cerca de 950 000 estudantes estrangeiros (+ 25% que em 2011), oriundos fundamentalmente de França, Itália, EUA e Alemanha, que permitiram uma receita, apenas no segmento turístico, de 2 026 milhões de euros (+28% que em 2011).
Em face dos comprovados sucessos, e dos efeitos estruturantes deste tipo de programas, quais serão os países que se seguem no lançamento de iniciativas semelhantes que constituem excelentes instrumentos de exportação de serviços na área do ensino e da cultura?
Banca em África: os níveis de bancarização em Angola e em Moçambique
Fonte: The Economist
Se ainda restavam algumas dúvidas sobre o papel estruturante da banca portuguesa ao nível dos sistema bancário dos PALOP - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, e particularmente em Angola e em Moçambique, um artigo recente da revista The Economist, que pode ver aqui, revela que Moçambique e Angola são dos países da África Subsaariana com taxas mais elevadas de bancarização (neste caso, o indicador é a % da população com mais de 15 anos e com uma conta bancária numa instituição financeira). Com efeito, os bancos portugueses, em alguns casos com parceiros locais, foram as primeiras instituições bancárias estrangeiras a instalarem-se em Angola e em Moçambique, a partir do inicio da década de 90 do século passado, e rapidamente expandiram a sua actividade contribuindo decisivamente para o processo de abertura e de expansão da economia destes países.
quarta-feira, 6 de março de 2013
"Internationalisation and innovation in MNEs from emerging economies" by Victor Zhang, CEO Huawei UK
Excelente intervenção de Victor Zhang, CEO no Reino Unido da tecnológica chinesa Huawei sobre o tema "Internationalisation and innovation in MNEs from emerging economies".
domingo, 3 de março de 2013
Cuba: um excelente "case study" de um país em transição
Shangai, São Paulo, Moscovo, Mumbai, Silicon Valley, Singapura, Istambul, Joanesburgo são locais que fazem parte dos itenerários obrigatórios dos alunos das principais escolas de gestão nacionais e internacionais. Nestes destinos, costumam realizar alguns módulos dos seus cursos e/ou são disponibilizadas visitas de estudo curriculares para tomarem contacto com a realidade económica e empresarial dos referidos países. A Bradeis International Business School (E.U.A.) para além de seguir o exemplo das suas congéneres em alguns dos referidos destinos, organizou também este ano para os seus alunos de MBA uma visita a.....Cuba - "Students on last week's immersion program mingled
with entrepreneurs, exchanged ideas at the University of Havana, visited tobacco farms, and learned the ins and
outs of an economy in transition". O que, por todos os motivos, me parece uma excelente escolha e a que acrescentaria também Luanda e Varsóvia!
Índia na rota da diplomacia económica europeia: depois de Hollande seguiu-se Cameron
Depois do Presidente francês, François Hollande, ter visitado há dias a Índia, seguiu-se agora a deslocação de David Cameron, primeiro-ministro britânico, uma agenda bastante diversificada, mas onde se destacam os assuntos de natureza económica e empresarial. Com David Cameron seguiu a maior delegação empresarial que algum vez acompanhou um primeiro-ministro britânico à Índia. Quer no caso francês, quer no caso inglês, e também como consequência destas visitas oficiais, está a assistir-se a um reforço dos dispositivos de diplomacia comercial e de apoio à internacionalização junto da representações diplomáticas dos dois países na Índia (para mais informações sobre este assunto veja aqui o website da Embaixada de França em Nova Deli e aqui o website da Embaixada do Reino Unido em Nova Deli), com o objectivo de reforçar o apoio à actividade das empresas francesas e inglesas no vasto e complexo mercado indiano. Depois de Hollande e de Cameron qual será o próximo dirigente europeu a visitar a Índia?
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
The Wall Street Journal - Ranking "Economists’ 2012 Predictions: The Best and Worst"
Arun Raha, quadro da empresa norte-americana de energia Eaton Corporation foi considerado "the top economic forecaster' 2012", de acordo com o ranking anual "Economists Predictions" do The Wall Street Journal. Este ranking é baseado nas previsões efectuadas, no inicio de 2012, para a economia americana em relação à evolução de indicadores como a inflação, desemprego, taxas de juro e crescimento do produto. Face ao "ruído" actualmente existente em Portugal em relação às previsões económicas, esta seria, sem dúvida, uma iniciativa a replicar por estas bandas. Deste modo, teríamos, em cada ano, a oportunidade da avaliar os prognósticos efectuados para a economia portuguesa pelos vários actores do nosso sistema económico.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
François Hollande na Índia
Foto: AFP / RAVEENDRAN
O Presidente francês François Hollande efectuou esta semana uma deslocação oficial à Índia. A primeira visita oficial bilateral que faz à Ásia e onde esteve acompanhado por 6 ministros - Negócios Estrangeiros, Defesa, Comércio Externo, Ensino Superior e Ciência, Tranportes e Cultura (os sublinhados são meus) - e por cerca de 60 empresas de grande, média e e pequena dimensão. Com esta visita a França pretende reforçar o seu relacionamento bilateral, a todos os níveis, com este gigante asiático. Na área económica, e para além da promoção das exportações e do investimento francês na Índia (nesta altura existem cerca de 750 empresas indianas com capitais francesas que empregam 250 000 trabalhadores), deu-se também particular atenção à captação de investimento indiano e à necessidade de rápida conclusão do Acordo Comercial entre a Índia e a União Europeia, em negociação desde 2007 (sem dúvida, um importante desafio para João Gomes Cravinho, actual Embaixador da União Europeia na Índia). Uma última e pertinente observação deixada pelo CEO da SNCF (Caminhos de Ferro franceses), Guillaume Pepy, por ocasião desta visita e que com certeza é também válida para outras empresas europeias interessadas no mercado indiano "En Inde, tout passe par le politique, on ne fait rien sur une base
purement business. Une telle visite peut donc avoir un effet facilitateur pour accélérer les choses dans un
pays où tout prend beaucoup de temps pour se faire". Face à complexidade desta visita e da abordagem deste mercado, Laurent, Goulvestre não hesitou em publicar no jornal francês "LesEchos" uma "carta aberta" a François Hollande, designada "10 conseils à François Hollande pour réussir en Inde ...", em que depois das várias recomendações termina deste modo "Et enfin, les Indiens ne connaissent rien de notre savoir-faire et n’ont pas d’a
priori. Il est cependant très difficile de les séduire par notre technologie car
ils pensent déjà être en avance sur de nombreux points. Ce n’est qu’avec des
démonstrations percutantes ou encore avec une technologie très avancée qu’ils
seront à l’écoute".
Blog de Assuntos Europeus de Hugo Zsolt de Sousa
O Hugo Sousa que vive e trabalha em Bruxelas acabou de criar um blogue dedicado à análise e à reflexão de temas europeus. Uma área que conhece bastante bem e que manifestamente não tem merecido grande debate e atenção em Portugal. Um blogue que vai passar a fazer parte das minhas leituras frequentes e que pode acompanhar aqui.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
"Chinese Outbound Investment in European Union", European Union Chamber of Commerce in China
A European Union Chamber of Commerce in China, em colaboração com as consultoras KPMG e Roland Berger, lançou um interessante estudo designado por "Chinese Outbound Investment in European Union" onde se analisa o investimento estrangeiro da China nos países da União Europeia. O estudo pode ser obtido aqui e tem o seguinte indíce:
1. Foreword
2. Executive summary
2.2 To Chinese policy makers
2.3 Further recommendations
2.4 Key survey findings
3. Background information: Chinese ODI in context
3.1 China FDI vs. ODI
3.2 Destination of Chinese ODI globally and to the EU
3.3 EU member states as recipients of Chinese ODI
3.4 Sectors invested in by Chinese enterprises in the EU
3.5 Size and type of Chinese ODI
3.6 SOEs and POEs as outbound investors
3.7 Key conclusions
3.8 A note on the measurement of Chinese ODI
4. Study background
4.1 Survey
4.2 Interviews
4.3 Respondents’ profile summary
5. Findings
5.1 Strategy
5.1.1 Why look outside of China?
5.1.2 Motivations for investing
5.1.3 Destination and rationale
5.1.4 Perceptions of the EU investment environment
5.1.5 Key conclusions
5.2 EU FDI policy and approval processes
5.2.1 Regulatory obstacles
5.2.2 Key conclusions
5.3 EU operating and non-regulatory environment
5.3.1 Operating difficulties in the EU
5.3.2 Business-framework related difficulties
5.3.3 Operating, market and infrastructure difficulties
5.3.4 Key conclusions
José Manuel Prostes da Fonseca (1933-2013)
Soube ontem da triste notícia do falecimento do Prof. José Manuel Prostes da Fonseca. O Paulo já aqui referiu muitas das coisas que eu poderia dizer, com mais autoridade e um conhecimento mais próximo. No entanto, eu queria acrescentar umas quantas palavras e prestar aqui homenagem a uma pessoa excecional e que me tocou bastante. Conheci o Prof. José Manuel Prostes da Fonseca quando este exercia as funções de Presidente do Conselho Diretivo do ISCTE. Na altura, finais da década de 80/inícios da década de 90 do século passado, eu era dirigente da Associação de Estudantes do ISCTE e também membro do Conselho Diretivo do ISCTE, eleito pelos estudantes. O ISCTE passava um período de alguma instabilidade com crescentes clivagens entre alguns sectores da escola que trespassavam para os vários órgãos da instituição, nomeadamente para o Conselho Diretivo e até para a Associação de Estudantes. Era necessário negociar e chegar a compromissos em "dossiers" complexos que envolviam o Ministério da Educação, vários sectores da escola e também a associação de estudantes. Neste período, o Prof. Prostes da Fonseca, com a sua correção, generosidade, experiência, diplomacia e capacidade de liderança conseguiu, em momentos determinantes, sistematizar as posições das várias partes e chegar a consensos que viriam a ser preponderantes para o processo de crescente afirmação do ISCTE no panorama universitário português. O ISCTE deve, por isso, bastante a este professor discreto, competente, correto e persistente. Mais recentemente, tive oportunidade de contactar com o Prof. Prostes da Fonseca, na sua qualidade de Secretário Executivo do CEEP Portugal/Centro Europeu de Empresas com Participação Pública, e foi bastante gratificante recordarmos alguns dos momentos por que passámos no ISCTE. Até sempre Prof. Prostes da Fonseca!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Brookings Institution: "Foresight Africa: Top Priorities for the Continent in 2013"
Como tem sido tradição nos últimos anos, a Brookings Institution (EUA), através da Africa Growth Initiative, lançou há dias o seu relatório anual onde são identificadas as principais tendências e prioridades para o Continente Africano em 2013. Leia aqui o referido relatório.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
"Unctad must be led by charismatic innovator"
Numa altura em que se começa discutir a sucessão do Director-Geral da UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development), Supachai Panitchpakdi, um grupo de académicos e de antigos quadros de organizações internacionais escreveram uma carta aberta ao Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que este tenha especial atenção na escolha do próximo Director-Geral da referida organização. Os autores da referida carta-aberta reiteram "We very strongly urge that the next secretary general of Unctad, in addition to all the necessary experience, knowledge and management abilities, should have in particular the capacity and courage for independent thought. It is this characteristic that has been the distinguishing factor among the eminent persons who have held the post over nearly 50 years of Unctad's existence". Uma posição que é tomada num contexto de crescente preponderância das temáticas do comércio, investimento e desenvolvimento ao nivel das relações económicas internacionais.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Um (novo) olhar a Leste
Leia aqui o artigo que publiquei hoje no "Diário Económico" designado "Um (novo) olhar a Leste". Agradeço ao "Diário Económico" esta oportunidade.
domingo, 13 de janeiro de 2013
Brasil aposta na conquista de posições-chave em organizações internacionais
A diplomacia brasileira tem hoje um agenda global como se pode constatar, entre outros factos, pela abordagem e estratégia que está a seguir na apresentação de candidaturas a lugares-chave em várias organizações internacionais. Se, em 2012, o Brasil conseguiu eleger Jose Graziano da Silva para o cargo de Director-Geral da FAO, Agência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, em 2013, o Brasil acabou de apresentar a candidatura do diplomata Roberto Carvalho de Azevêdo à liderança da Organização Mundial do Comércio (OMC), entidade actualmente dirigida pela francês Pascal Lamy (vai terminar o seu 2º mandato à frente da organização a 31 de Agosto de 2013). Face à crescente relevância internacional da economia e do comércio externo brasileiros, sobretudo ao nível do sector primário, este é um lugar-chave para as aspirações internacionais do país.
Roberto Carvalho de Azevêdo (na foto) é o actual chefe da missão brasileira junto da OMC, tem uma formação de base em engenharia electrotécnica e possui uma longa experiência em economia e comércio internacional e irá concorrer com mais 8 candidatos oriundos do Ghana, Costa Rica, Indonésia, Nova Zelândia, Quénia, Jordânia, México e Coreia do Sul. Curioso que não exista nenhuma candidatura dos EUA, Japão, China ou União Europeia que juntos representam mais de metade do comércio externo mundial.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Transportes públicos gratuitos em Talin
Numa altura em que em muitos países da União Europeia as palavras mais utilizadas nos "media" acabam por ser "crise", "cortes", "reestruturações", "aumento dos custos de vida", "degradação dos serviços públicos", entre outras nesta linha, chega-nos de Talin, capital da Estónia, um interessante e curioso exemplo ao nível das políticas públicas ao nível dos transportes. Desde o dia 1 de Janeiro, Talin é a primeira capital da União Europeia com transportes públicos urbanos gratuitos para os habitantes da cidade, em todas as linhas de autocarros e de "tramway". Desde a implementação desta medida, e de acordo com as autoridades da cidade, aumentaram significativamente o número de utilizadores de transportes público e reduziu-se a circulação de automóveis no centro da cidade que conta com uma população de cerca de 420 000 habitantes. E que tal seguirmos este exemplo em algumas cidades portuguesas? Neste caso, qual seria a posição dos técnicos da "troika"?
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Concurso "Blogs do Ano 2012" - "Blogue Notas de Rui Paulo Almas" candidato a blogue do ano 2012 na categoria "Economia"
Inscrições: 13-12-2012 a 04-01-2013
Votações 1ª fase: 07-01-2013 a 18-01-2013
Resultados 1ª fase: 20-01-2013
Votações 2ª fase: 21-01-2013 a 25-01-2013
Resultados final: 27-01-2013
Conto convosco.
Muito obrigado.
Rui Paulo Almas
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Exemplos de dinamização das diásporas (I): o caso do projecto “Gathering Ireland’ 2013”
A Irlanda, tal como Portugal e a Grécia, está a atravessar uma grave crise económica e sob "vigilância" e assistência financeira da chamada “Troika”. Irlanda, Portugal e Grécia têm diásporas numerosas e, no caso irlandês, existirão cerca de 100 milhões de irlandeses e seus descendentes a viverem no estrangeiro ( o que representa mais de 15 vezes a população actual do país). Face a este quadro de referência, e à necessidade de se proceder a uma rápida reconversão da economia irlandesa, as autoridades de Dublin anunciaram o lançamento de um interessante projecto que tem por objectivo que cada elemento da diáspora irlandesa visite o país, durante o corrente ano, permitindo desse modo um forte estímulo na economia local, nomeadamente em toda a fileira do turismo. Este projecto designa-se “Gathering Ireland” e constitui a “umbrella” para um conjunto de iniciativas na área cultural, económica e até desportiva que irão ser dinamizadas por diversas entidades públicas e privadas do país. O efeito multiplicador destas ações na economia irlandesa poderá ser muito relevante. E em Portugal, face à actual situação económica do país e à importância do sector do turismo e da diáspora portuguesa que tipo de projectos poderiam ser implementados?
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