Foto: Banco Asiático de Desenvolvimento
Discute-se nesta altura a eleição do próximo presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento, onde o Japão é o principal accionista regional (Portugal é um dos países accionistas não-regionais). Desde a sua criação, em 1966, que esta instituição de financiamento multilateral tem sido dirigida por japoneses e tudo indica que o próximo Presidente venha a ser o actual Vice-Ministro das Finanças japonês, Takehiko Nakao, e candidato único ao lugar. Os contornos e consequências desta eleição, em comparação com processos eleitorais recentes verificados no Banco Mundial e no Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, são analisados com pertinência e oportunidade por Scott Morris do Center for Global Development (EUA) que conclui o seguinte em relação ao que se está a passar no Banco Asiático de Desenvolvimento: " So if the ADB presidential selection process is business as usual, with a sole Japanese candidate quickly and quietly selected, I hardly think it spells disaster for the ADB’s important work. But I do think it will represent an unfortunate set back in what has become an increasingly robust leadership competition across the international financial institutions, in which candidates and the countries who nominate them are motivated to put their best ideas forward for the future of the organizations ". Ou seja, começa-se a discutir, cada vez mais, as características da governação e da liderança deste tipo de instituições, facto a que não será alheia a pressão que está a ser exercida junto destas instituições por um conjunto de países emergentes que aspiram, também aqui, a terem mais poder e protagonismo!