Foto: PA
O actual contexto de rápida mudança social,
económica e tecnológica está na causar grandes desafios ao ensino superior público e privado, sobretudo nos países desenvolvidos e nas
chamadas "economias emergentes". É uma situação que está a obrigar a uma profunda reestruturação deste sector e a reposicionamenteos estratégicos dos
estabelecimentos de ensino superior em relação às características das sua oferta
formativa, ao financiamento da sua actividade, à integração em redes
internacionais, à empregabilidade dos seus cursos, à concorrência e à pressão
dos "rankings" nacionais e internacionais, à forma como se relacionam com todos
os seus parceiros, entre outros desafios. Portugal não se pode afastar desde debate. E sobre este tema o grupo editorial Pearson elaborou um
excelente trabalho para o "think tank" Institute for Public Policy Research (UK),
designado por "An avalanche is coming - Higher education and the revolution ahead", onde propõe cinco possibilidades de desenvolvimento estratégico
dos estabelecimentos de ensino superior: (i) as universidades de elite; (ii) as
universidades de massas; (iii) as universidades especializadas; (iv) as
universidades locais; (v) as universidades orientadas para o "lifelong
learning", acrescentando ainda o seguinte:
"Each university needs to be clear which niches or market segments it wants to serve and how. The traditional multipurpose university with a combination of a range of degrees and a modestly effective research programme has had its day.
The traditional university is being unbundled.
The pressure of competition on universities is greater than ever, not just
because of the global competition between them, but also because a range of new
players like MOOCs provider Coursera, skill-educator General Assembly and
consultancies that develop people and produce cutting edge research, are now
stepping up to compete with various specific functions of a traditional
university.
Governments will need to rethink their
regulatory regimes which were designed for a new era when university systems
were national rather than global. In the new era, governments need to face up to
big questions – how can they fund and support part-time students? Should a
student who takes courses from a range of providers, including MOOCs, receive
funding on the same basis as any other student? How can government incentivise
the connection between universities, cities and innovation? In an era of
globalisation how do governments ensure that universities in their country
continue to thrive? How can meritocracy be ensured? ".
E concluem o seguinte "there are three fundamental challenges facing systems all round the world: (1) How can universities and new providers ensure education for employability? (2) How can the link between cost and quality be broken? (3) How does the entire learning ecosystem need to change to support alternative providers and the future of work?".
Neste quadro de referência que estratégias de afirmação irão ser seguidas, ou reforçadas, no curto-médio prazo pelos estabelecimentos de ensino superior portugueses? Iremos assistir a fenómenos de fusão/concentração e ao desaparecimento de alguns estabelecimentos de ensino? Num sector bastante regulado como este que "espaço" existe para a implementação de politicas de inovação e de diferenciação?
P.S. - Sobre este assunto veja também aqui o artigo "2020 Vision: A dual strategy for European business schools" de Stéphanie Dameron e Thomas Durand.
P.S. - Sobre este assunto veja também aqui o artigo "2020 Vision: A dual strategy for European business schools" de Stéphanie Dameron e Thomas Durand.