sábado, 23 de junho de 2012

O investimento directo estrangeiro dos países da União Europeia com o resto do mundo


Depois de um significativo decréscimo em 2010, os fluxos de investimento directo estrangeiro (IDE) da UE27 com o mundo mais que duplicaram em 2011, de acordo com dados do Eurostat.
Os fluxos de IDE no exterior dos países da UE27 foram de 370 mil milhões de euros em 2011, depois de terem atingido 316 mil milhões de 2009 e 146 mil milhões em 2010.

O IDE da UE27 no estrangeiro cresceu em todos os principais parceiros económicos da União Europeia, com excepção do Brasil. Em 2011, os principais destinos destes investimentos foram os EUA (111 mil milhões de euros), vários centros financeiros offshore (59 mil milhões de euros), Suíça (32 mil milhões de euros), Brasil (28 mil milhões de euros), China (18 mil milhões de euros), Canada (12 mil milhões de euros) e Índia (12 mil milhões de euros).

Quanto aos maiores investidores estrangeiros na UE27, o ranking é liderado pelos EUA (115 milhões de euros), seguidos da Suíça (34 mil milhões de euros), centros financeiros offshore (16 mil milhões de euros), Canada ( 7 mil milhões de euros), Hong Kong ( 6 mil milhões de euros), Japão (5 mil milhões de euros) e Brasil (5 mil milhões de euros).

O Luxemburgo foi o maior investidor no estrangeiro no âmbito da UE27, com os seus investimentos a atingirem 110 mil milhões de euros, seguido pelo Reino Unido (89 mil milhões de euros), Alemanha (34 mil milhões de euros), França (21 mil milhões de euros), Espanha (19 mil milhões de euros) e Bélgica (16 mil milhões de euros). O Luxemburgo, foi também o principal país receptor de IDE na UE27 (86 mil milhões de euros), seguido da Suécia (16 mil milhões de euros), Espanha (15 mil milhões de euros), Reino Unido (14 mil milhões de euros), França (12 mil milhões de euros) e Alemanha (11 mil milhões de euros).

Estes são informações muito relevantes principalmente para apoio à definição e decisão das politicas de promoção e captação de investimento estrangeiro dos países da UE27. Ou seja, as agências de promoção de investimento estrangeiro destes países deverão estar e/ou continuar particularmente atentas às estratégias investimento de empresas dos EUA, Suíça, Canada, Hong Kong, Japão e Brasil, mas também do Luxemburgo (investimentos financeiros), Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e Bélgica.  Merece também especial referência a posição dominante dos EUA, em 2011, como principal país investidor na UE27, mas também como principal destino do IDE da UE27 no mundo.