Começou a corrida à liderança do Banco Mundial (World Bank). Até agora este tem sido um lugar "reservado" aos EUA, no âmbito de um "acordo de cavalheiros" que tem permitido que a liderança do FMI (Fundo Monetário Internacional) seja ocupada por candidatos europeus. Desta vez, e depois do Presidente Obama ter designado Jim Yong Kim, professor de saúde pública e presidente da Dartmouth University (EUA), como o candidato dos EUA à presidência do Banco Mundial, 11 directores executivos desta instituição internacional, oriundos de economias emergentes ou em vias de desenvolvimento, apresentaram as candidaturas da nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala e do colombiano José Antonio Ocampo (na foto). Joseph Stiglitz faz aqui uma interessante análise sobre o perfil dos vários candidatos. O jornal britânico The Guardian está a promover um inquérito à opinião dos seus leitores sobre este assunto e um conjunto de 100 reputados economistas já subscreveram uma petição defendendo a eleição de José Antonio Ocampo (veja aqui também). Parece haver unanimidade em relação à qualidade dos três candidatos. Resta agora perceber se vingará a tradição e o peso politico e accionista dos EUA e dos países desenvolvidos na instituição, e neste caso Jim Yong Kim será o próximo Presidente do Banco Mundial, ou se será dada uma oportunidade às chamadas economias emergentes para ocuparem um dos postos de internacionais de maior relevo, e aí o Okongo-Iweala e Ocampo disputarão a eleição. Um assunto a acompanhar com atenção.