Já aqui fizemos referência à relevância que é dada pelas autoridades irlandesas à sua Diáspora, nomeadamente à comunidade de origem irlandesa residente nos EUA. Mas desta vez o "Immigrant Council of Ireland", vem chamar a atenção para a relevância económica e empresarial das comunidades imigrantes residentes na Irlanda quer ao nível do mercado interno, enquanto criadores de empresas e geradores de novos negócios, quer ao nível do mercado externo, enquanto promotores da internacionalização e das exportações, utilizando o conhecimento e os "networks" que dispõem nos seus países de origem. De acordo com Ivan Light, professor na University of California “historically, migrants have been key agents of enterprise, both for the countries from which they come and the countries to which they move. They are well endowed to do the work of linking and integrating economies (...) Quite often, they are bi- or multi-lingual; they develop strong understandings of multiple cultures and business environments; they have international networks; and they can perceive business opportunities that might not be obvious to those not coming from migrant backgrounds.” Denise Charlton, Chief Executive do "Immigrant Council of Ireland", acrescenta que em cidades como Amsterdão (Holanda), Estrasburgo (França) e Viena (Áustria), empresas detidas por imigrantes representam cerca de 40% do volume de negócios realizados pelas empresas nessas cidades, enquanto que em Copenhaga (Dinamarca), Frankfurt (Alemanha) e Zurique (Suíça) este valor é inferior, mas mesmo assim bastante significativo (cerca de 20%). Julgo que no caso português, onde constituem primeiras prioridades a criação de emprego e a promoção das exportações e onde existem comunidades imigrantes bastante relevantes oriundas, fundamentalmente, dos PALOP, mas também do Brasil, Ucrânia, Moldávia, entre outras, se justifica uma reflexão aprofundada sobre o potencial económico e empresarial desta Diáspora.
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quinta-feira, 26 de abril de 2012
O papel dos imigrantes no desenvolvimento empresarial e na promoção das exportações
Já aqui fizemos referência à relevância que é dada pelas autoridades irlandesas à sua Diáspora, nomeadamente à comunidade de origem irlandesa residente nos EUA. Mas desta vez o "Immigrant Council of Ireland", vem chamar a atenção para a relevância económica e empresarial das comunidades imigrantes residentes na Irlanda quer ao nível do mercado interno, enquanto criadores de empresas e geradores de novos negócios, quer ao nível do mercado externo, enquanto promotores da internacionalização e das exportações, utilizando o conhecimento e os "networks" que dispõem nos seus países de origem. De acordo com Ivan Light, professor na University of California “historically, migrants have been key agents of enterprise, both for the countries from which they come and the countries to which they move. They are well endowed to do the work of linking and integrating economies (...) Quite often, they are bi- or multi-lingual; they develop strong understandings of multiple cultures and business environments; they have international networks; and they can perceive business opportunities that might not be obvious to those not coming from migrant backgrounds.” Denise Charlton, Chief Executive do "Immigrant Council of Ireland", acrescenta que em cidades como Amsterdão (Holanda), Estrasburgo (França) e Viena (Áustria), empresas detidas por imigrantes representam cerca de 40% do volume de negócios realizados pelas empresas nessas cidades, enquanto que em Copenhaga (Dinamarca), Frankfurt (Alemanha) e Zurique (Suíça) este valor é inferior, mas mesmo assim bastante significativo (cerca de 20%). Julgo que no caso português, onde constituem primeiras prioridades a criação de emprego e a promoção das exportações e onde existem comunidades imigrantes bastante relevantes oriundas, fundamentalmente, dos PALOP, mas também do Brasil, Ucrânia, Moldávia, entre outras, se justifica uma reflexão aprofundada sobre o potencial económico e empresarial desta Diáspora.