Um sinal claro da forma apática e pouco ambiciosa que tem caracterizado, nos últimos anos, a gestão da Câmara Municipal de Cascais foi a forma como decorreu a noite da recente passagem de ano nesta vila da Àrea Metropolitana de Lisboa. Ao contrário do que se verificou em outros concelhos limítrofes, a Câmara Municipal de Cascais decidiu não realizar, a pretexto da "necessidade de contenção orçamental", a tradicional iniciativa de "fogo de artificio" que tem mobilizado milhares de pessoas para a baía de Cascais, contribuindo desta maneira para a animação da população local e para um aumento significativo de receitas da restauração e da hotelaria nesta época do ano. Este ano, a baía de Cascais "ficou às escuras" num sinal claro de distanciamento e de sobranceria em relação à população e aos agentes económicos locais, de ausência de prioridades estratégicas e, obviamente, de inexistência de uma politica de desenvolvimento económico e empresarial para este concelho.