Tendências, estratégias e negócios em mercados internacionais. Globalização, comércio e investimento internacional. Desenvolvimento e cooperação internacional. E outras coisas mais.
No próximo ano vai estar, mais uma vez, na agenda politica do governo a promoção das exportações, a internacionalização da economia portuguesa e a chamada "diplomacia económica". Para a implementação desta agenda é fundamental o envolvimento e a actuação concertada nos diferentes mercados externos dos diversos actores, públicos e privados, do sistema português de apoio à internacionalização, e nomeadamente da "diplomacia comercial" nacional.
Olivier Naray, professor na Universidade de Neuchâtel (Suíça), tem vindo a investigar nos últimos anos a problemática da "diplomacia comercial" , sobretudo, depois da sua passagem pelos Serviços Económicos e Comerciais da Embaixada da Suíça em Budapeste, e num artigo mais recente faz uma interessante, e também oportuna, reflexão sobre o tema "What a good commercial diplomat has to know and be capable of". Uma sugestão de leitura, neste final de ano, para quem se interessa por este tema.
O Brasil é hoje um actor politico e económico global. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a diplomacia brasileira têm contribuído decisivamente para isso, através da projecção e promoção internacional da imagem, das capacidades e das (novas) ambições deste país. Sinal da vontade do Brasil assumir um cada vez maior protagonismo internacional é o anúncio da recente candidatura de José Graziano da Silva ao cargo de Director-Geral da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. Esta é uma das mais importantes estruturas das Nações Unidas e o Brasil apresenta uma candidatura forte.
José Graziano da Silva tem 61 anos de idade, é licenciado em Agronomia, Mestre em Economia e Sociologia Rural pela Universidade de São Paulo (USP), Doutor em Ciências Económicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e concluiu também dois pós-doutoramentos, um em Estudos Latinoamericanos, pela University College de Londres, e outro em Estudos Ambientais, pela Universidade de Califórnia, Santa Cruz. Em 2001, coordenou a elaboração do "Programa Fome Zero" e foi posteriormente nomeado, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, assumindo a tarefa de implementar o Programa. Desde 2006, ocupa o cargo de Subdirector-Geral da FAO e Representante Regional para América Latina e Caribe.
A nomeação do novo Director-Geral da FAO apenas terá lugar entre 25 de Junho a 2 de Julho de 2011, em Roma, mas o candidato brasileiro já iniciou a sua campanha. Ao nivel da comunicação e promoção da candidatura, dispõe de uma web page em 6 línguas, de uma newsletter e de uma forte presença nas redes sociais. Constata-se que existe um trabalho bastante profissional, e devidamente planeado, que espero que venha a culminar numa vitória brasileira, e também lusófona, para o mais importante cargo da FAO.
Em Portugal, não temos, infelizmente, muitos exemplos de empresários que, depois de fazerem fortuna, decidem distribuir parte dos seus rendimentos no apoio à implementação e desenvolvimento de projectos e causas no mesmo meio social onde cresceram e e prosperaram as suas empresas. Temos, no entanto, alguns excelentes exemplos, como são os casos das Fundações Champalimaud, Francisco Manuel dos Santos (ligada ao Grupo Jerónimo Martins), Ilidio Pinho e Calouste Gulbenkian (apesar desta ter uma génese diferente das restantes). Nos EUA, a situação é, felizmente, diferente, bastante diferente, de que um dos exemplos paradigmáticos é a The Bill & Belinda Gates Foundation. Vem isto a propósito de uma recente doação de 50 milhões de USD feita à Universidade de Yale por Edward P. Evans, um antigo aluno da classe de 1964 e ex-CEO da editora Macmillan Inc, que vão ser utilizados na construção de um novo "campus" da School of Management. Já em Janeiro, um outro antigo aluno desta escola de origem chinesa, Lei Zhang, havia feito uma entrega de 8,888,888 USD (o oito é considerado um número da sorte na China) para o o mesmo "campus" e para bolsas de estudos de alunos estrangeiros. Enfim, bons exemplos que poderiam também ser (mais) seguidos em Portugal.
O "Wall Street Journal" dava conta num artigo publicado esta semana de que o banco suíço UBS apresentou um novo "Dress Code" para os seus funcionários suíços. Para além de especificar como os funcionários se devem vestir, este longo código de 43 páginas, apresenta também um conjunto de muitas "sugestões" e "conselhos" sobre higiene pessoal, alimentação, roupa interior, perfumes, tipo de calçado, cuidados com o corte de cabelo e muitas outras coisas mais!!!!. Veja abaixo algumas delas (o código completo pode ser obtido aqui):
"Do's
For women
Wear your jacket buttoned.
When sitting, the buttons should be unfastened.
Make sure to touch up hair regrowth regularly if you color your hair.
For men
Store your suit on a large hanger with rounded shoulders to preserve the shape of the garment.
Schedule barber appointments every four weeks to maintain your haircut shape.
Don'ts
Eating garlic and onions.
Smoking or spending time in smoke-filled places.
Wearing short-sleeved shirts or cuff links.
Wearing socks that are too short, showing your skin while sitting.
Allowing underwear to be seen.
Touching up perfume during or after lunch break.
Using tie knots that don't match your face shape and/or body shape."
De acordo com o "Wall Street Journal", o porta-voz da UBS reconheceu que "... the code may appear very detailed and in line with Swiss precision, (...), The goal is for clients to immediately know that they are at UBS when they are entering the bank," he said. After the test phase we may implement the dress code, or adapt it, or not use it at all ".
Este é um assunto que está actualmente a suscitar grande interesse e polémica em termos internacionais com os observadores divididos entre os que defendem as vantagens e a as virtualidades desta medida para a imagem de marca do banco suíço e aqueles que acham se se trata de uma mera acção de marketing sem qualquer impacto na criação de valor para o banco e/ou na fidelização ou captação de novos clientes.
É conhecida a rivalidade entre o Brasil e a Argentina no plano económico, sobretudo no quadro do Mercosul, e também no plano desportivo, nomeadamente ao nível das selecções de futebol dos dois países. Em termos globais, e nos últimos anos, o Brasil tem levado a melhor sobre a Argentina. Porém, e de acordo com um estudo apresentado há dias pela empresa Euroamericas Sports Marketing, a Argentina, no período 2009/2010, foi o primeiro "exportador" mundial de jogadores de futelol, tendo ultrapassado o Brasil. Assim, no referido período, cerca de 1800 jogadores argentinos foram transferidos para o estrangeiro, contra 1440 futebolistas brasileiros. Tal como ao nivel económico também assumem, em termos gerais, cada vez mais relevância internacional os jogadores oriundos de mercados emergentes localizados na América Latina, África, Europa Central e Oriental e até Ásia.
Neste período pé-eleitoral que se vive actualmente em Portugal uma noticia que poderá interessar a quem costuma estar envolvido na preparação e gestão de campanhas eleitorais. A IESE Business School, uma das mais conhecidas e reputadas escolas de gestão do mundo, com sede em Barcelona, acaba de lançar um curso de formação designado por "Campaign Management Program" que é apresentado como "Europe's first executive course for political campaign managers and candidates". Um curso que vem reforçar o relacionamento da IESE Business School com a J.F.K. Kennedy School of Government/Harvard University, uma das prestigiadas escolas internacionais no domínio das politicas publicas e do desenvolvimento e cooperação internacional, e alargar a oferta de formação da universidade espanhola no âmbito dos cursos de "Leadership and Public-Sector Management Programs".
Este excelente "post" de Paulo Pedroso sobre os últimos resultados do PISA e a politica educativa de Maria de Lurdes Rodrigues em que, obviamente, partilho e concordo com a análise realizada.
Angola é nesta altura um mercado estratégico para as empresas e para a economia portuguesas. A banca é um dos sectores onde existe uma maior interdependência e cruzamento entre interesses empresariais portugueses e angolanos, mas é na actividade desenvolvida em Angola que os principais bancos nacionais conseguem gerar uma parte substancial dos seus resultados financeiros. Se os resultados destas operações já justificavam o nivel de prioridade e de atenção que este mercado merece por parte dos decisores bancários portugueses, um estudo apresentado na semana passada em Luanda sobre a taxa de bancarização em Angola deve, ainda mais, reforçar o nível de oportunidades e potencial de desenvolvimento do sector bancário neste país.
Com efeito, segundo um estudo realizado pela Associação de Bancos Angolanos (ABANC), em colaboração com a EMIS e a Marktest Angola, e apresentado no decurso do III Fórum de Economia e Finanças, apenas 11% da população angolana utiliza serviços bancários, constatando-se também uma tendência crescente para a “bancarização” dos angolanos, tanto no que respeita à procura de serviços bancários como quanto à sua disponibilização. Apesar desta taxa de bancarização dever ser contextualizada na realidade económica africana e angolana, estas não deixam de ser boas noticias para os banqueiros portugueses e angolanos.
A luta pelo controlo da construtora alemã Hochtief teve esta semana um novo desenvolvimento, depois da OPA hostil que foi realizada sobre esta empresa pela sua congénere espanhola ACS, liderada por Florentino Peres, actual Presidente do clube de futebol Real Madrid. Refira-se que são duas empresas de grande dimensão, com uma presença geográfica global e com actuação em toda a fileira das infraestruturas e "utilities".
A ACS é já o maior accionista da Hochtief, com um posição de cerca de 30% do capital social, mas os alemães têm utilizado diversos expedientes e estratégias para evitarem o controlo da empresa por parte da ACS. Esta semana, e para baralhar ainda mais esta disputa, a Hochtief conseguiu captar os recursos da Qatar Holding LLC, braço financeiro e investidor do referido país do Médio Oriente, que através de um aumento de capital vai passar a controlar 9,1% do capital da empresa por uma valor de 400 milhões de euros. Tudo isto se passa dias depois do Comité Executivo da FIFA ter escolhido o Qatar como país organizador do Fase Final do Campeonato do Mundo de Futebol de 2022 e que irá obrigar a fortes investimentos em estádios de futebol e na renovação de infraestruturas. Enfim, mais um exemplo em como é cada mais vez mais incontornável, e diria mesmo obrigatório, o acompanhamento e a abordagem dos fundos soberanos dos países do Médio Oriente por parte das grandes firmas europeias nas suas estratégias de capitalização e/ou expansão empresarial.
O LatinoBarómetro é uma ONG chilena que organiza regularmente estudos de opinião na região da América Latina. Entre os trabalhos mais relevantes desta ONG conta-se a "survey" anual "Latinobarometro" que se publica deste 1995. Para a edição de 2010 do "Latinobarometro" foram realizadas 19 000 entrevistas, em 18 países, representando mais de 400 milhões de habitantes. O estudo está disponivel aqui.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), recentemente considerada "Best Trade Promotion Organization from a Developing Country" pelo International Trade Centre, abriu esta semana um Centro de Negócios em Luanda, Angola. É o 7º Centro de Negócios da ApexBrasil no mundo, a par de estrututras semelhantes já existentes na Ásia (Pequim, China), Médio Oriente (Dubai, Emirados Árabes Unidos), América do Norte (Miami, Estados Unidos), América Latina e Caraíbas (Havana, Cuba), Europa Central e Oriental (Varsóvia, Polónia, e Moscovo, Rússia) e Europa Ocidental (Bruxelas, Bélgica). Apesar da já significativa presença de empresas brasileiras no mercado angolano, será de prever, com a criação desta estrutura de apoio à internacionalização das firmas brasileiras, um aumento da concorrência aos produtos e interesses económicos portugueses em Angola.
Interessante artigo da revista “The Economist” sobre as significativas mudanças e as novas prioridades da politica externa polaca. Uma politica externa “...more pragmatic and less romantic (…) and for the first time in decades, Poland is a player, not a playgroud, in European diplomacy (…) and perhaps the first time in its history, Poland has good relations with Germany, Russia and America at the same time”. Um dos principais artificies destas mudanças é, sem dúvida, o actual Ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radosław Sikorski (veja também aqui uma nota biográfica mais desenvolvida), um antigo jornalista, formado em Oxford, que chegou a cobrir, em meados da década de 80, os conflitos armados em Angola e no Afeganistão (tendo alcançado o World Press Photo Prize de 1987) e que é casado com a escritora e jornalista Anne Applebaum, vencedora, em 2004, do prémio Pulitzer (categoria "não ficção") com o seu livro “Gulag: A History” (com tradução portuguesa da Livraria Civilização Editora).
Desde 2003, o Center for Global Development (CGD), um dos mais importantes "think tank" norte-americanos, publica o "Commitment to Development Index". Na introdução a este indicador, o CGD refere o seguinte: "Which rich countries are doing the most to help poor ones? Rich and poor nations are linked in many ways—by foreign aid, commerce, the environment, and more. Each year, the Commitment for Development Index (CDI) rates rich-country governments on how much they are helping poor countries via seven key linkages: aid, trade, investment, migration, environment, security, and technology". Em 2010, Portugal surge muito bem classificado no CDI: na 8ª posição, à frente de países como o Canadá, Espanha, EUA, Áustria, Austrália, Alemanha, entre outros, num "ranking" liderado pela Suécia. Veja aqui mais informações sobre este projecto.
António Marinho Pinto foi reeleito como bastonário da Ordem dos Advogados. A vitória de um espírito livre, inconformado, frontal, sem medo e solidário. Aguardo com expectativa o seu segundo mandato na Ordem dos Advogados.
Via blogue Empreender, de Vasco Eiriz Sousa, tivemos conhecimento da lista de 144 projectos das áreas da economia e da gestão candidatos a financiamento governamental no âmbito da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Estes projectos vão ser avaliados por um júri internacional, liderado por Robert Peterson.
Veja aqui algumas das escolhas de Tim Harford no Twitter: a lista de "Top 10 Economists" e também as "Honourable mentions". Ou ainda o mesmo ranking -"Top 10 Economists"-, de acordo com a selecção do Oxford Economics Blog.
O ministro francês da Industria, Christian Estrosi, decidiu criar o "Observatoire du Fabriqué en France" que tem por objectivo medir, em termos estatisticos, o que é fabricado no seu país e, em última análise, o estado da industria francesa.
O "Observatoire du Fabriqué en France" vai utilizar 3 indicadores principais que serão actualizados anualmente, a saber:
" - La part française des produits fabriqués en France, passée de 75 % à 69 % entre 1999 et 2009, mesure la valeur de la production due aux acteurs français. Aujourd’hui, les produits français contiennent plus de pièces de fabrication étrangère qu’auparavant. Ce phénomène concerne surtout l’aéronautique, le ferroviaire, l’agroalimentaire et les industries de santé. A l’inverse, l’industrie navale, la mode et le luxe utilisent de plus en plus de composants fabriqués en France.
- Le positionnement des filières françaises dans les échanges mondiaux : en dix ans, l’industrie française est devenue globalement importatrice.
- La part des produits fabriqués en France parmi les produits vendus dans l’Hexagone, qui est passée de 67 % à 64 %, permet d'évaluer le niveau de la demande intérieure satisfaite par la production nationale. Cette baisse touche en particulier l’automobile et les industries de santé. A l’inverse, les produits fabriqués en France dans l’aéronautique, le ferroviaire et les technologies de l’information gagnent de l’importance sur le marché intérieur.
Ces données, fournies par l’Insee et les douanes, permettent d’étudier dix secteurs stratégiques pour l’industrie française : l’automobile ; l’aéronautique ; le ferroviaire ; la construction navale ; les technologies de l’information ; la mode et le luxe ; les biens de consommation ; la chimie et les matériaux ; la santé ; l’agroalimentaire."
Veja também aqui a opinião e o posicionamento dos franceses sobre os produtos "Made in France".
O Wall Street Journal acaba de publicar a "Annual Survey' 200". Nesta "survey" surgem em posições relevantes, nas suas categorias e em diversos paises, as empresas Alibaba.com Ltd. (China), Infosys Technologies Ltd. (India), Nintendo Co. (Japão), Samsung Electronics Co. (Coreia do Sul) e Semiconductor Manufacturing Co. (Taiwan).
Veja este excepcional video institucional de promoção internacional das empresas espanholas, realizado pelo ICEX - Instituto Espanhol do Comércio Externo, que aproveita as sinergias resultantes da vitória alcançada pela selecção do país vizinho da última fase final do Campeonato do Mundo de Futebol. A mensagem deste video é seguinte: "¿Qué tienen en común la victoria de la Selección Española en el Mundial de Fútbol de Sudáfrica y las empresas españolas? Principalmente, los valores que han contribuido a su éxito fuera de España: competitividad, liderazgo, trabajo en equipo, fiabilidad, creatividad y estrategia, entre otras". Parabéns Espanha!
O "Centre d' Analyse Stratégique", organismo de análise e reflexão estratégica na dependência directa do Primeiro-Ministro francês, acaba de publicar um "paper" denominado "Innovation et Internationalisation des Entreprises Françaises - S’implanter à l’étranger : un atout pour réaliser sa première innovation" que conclui que a internacionalização é um importante motor de inovação para as empresas, sobretudo para aquelas que se instalam em países desenvolvidos. Este artigo, baseado num estudo realizado junto de 2 300 firmas francesas, refere também que a internacionalização desempenha um papel mais relevante que a dimensão das empresas no processo de inovação empresarial. O estudo adianta ainda que empresas instaladas no estrangeiro dão mais atenção à renovação e à melhoria da qualidade dos seus produtos do que as empresas com exclusiva actividade no mercado interno que optam, sobretudo, por dar prioridade à redução de custos e à flexibilização do processo de produção.
O Partido Socialista Francês deverá hoje adoptar na sua Convenção Nacional um texto programático sobre a politica externa francesa, denominado "Nouvelle donne internationale et européenne" que foi preparado por alguns antigos ministros socialistas como Hubert Védrine, Catherine Trautmann, Alain Richard, Elisabeth Guigou ou ainda Henri Weber, Pouria Amirshahi e Laurent Baumel. A redacção deste texto, de cerca de 20 páginas, coube a Laurent Fabius e a Jean-Christophe Cambadélis, e segundo alguns observadores veio colmatar um vazio que há muito se sentia na reflexão e nas propostas programáticas deste partido, pois há mais de 30 de anos que o PSF não apresentava um documento com esta consistência sobre a politica externa de França. Um texto a ler com atenção!
Em Espanha, existem actualmente três das melhores e mais prestigiadas escolas de negócios do mundo - o IESE, o IE e o ESADE - que conseguiram, nos últimos anos, atingir uma grande projecção internacional e captar os melhores professores e alunos nas áreas da gestão empresarial. Numa interessante entrevista publicada no jornal espanhol Cinco Dias, os três principais responsáveis destas escolas abordam os temas da formação actual de dirigentes empresariais e dos desafios que estes estabelecimentos de ensino enfrentam neste periodo de crescente globalização económica. Mas, de uma forma muito interessante, chamam também a atenção para o contributo que é dado por escolas para o reforço da notoriedade da imagem da "marca Espanha" no mundo.
O Center on Public Diplomacy da University of Southern California anunciou recentemente o vencedor do "2010 CPD Prize for Best Student Paper in Public Diplomacy". O trabalho seleccionado, da autoria de Melanie Ciolek, designa-se "Understanding Social Media’s Contribution to Public Diplomacy" e aborda a utilização da rede social Facebook pelo Departamento de Estado dos E.U.A. com o objectivo de aumentar a notoriedade e o impacto da visita que o Presidente Obama planeia realizar, brevemente, à Indonésia.
O BERD - Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento, em colaboração com o banco Unicredit e o jornal Financial Times, lançou um concurso de ensaios para comemorar o 20º aniversário da Queda do Muro de Berlim. Candidataram-se jovens nascidos em 1989 nos países onde o BERD desenvolve a sua actividades, na sua grande maioria ex-países comunistas ou ex-repúblicas da União Soviética, e os ensaios abordaram suas experiências nestes países no período após a Queda do Muro de Berlim. Foram recebidas cerca de 600 candidaturas e a vencedora deste prémio foi Ana Dabrundashvili, de Tbilisi, Georgia. Os 24 melhores ensaios foram publicados, em Setembro de 2010, num caderno especial do BERD designado por "Born in '89".
Um outro bom exemplo, de uma outra parte do mundo, constitui o modelo de desenvolvimento sueco. Desta vez, "the swedish model" foi analisado por Ari Kokko, professor na Copenhagen Business School e na Stockholm School of Economics, num excelente paper publicado, em Agosto de 2010, pela United Nations University, e que concluiu o seguinte:
"First, the initial success of Swedish industrialization and the subsequent development of industrial competitiveness are largely the results of intentional policies and strategies implemented by the state and individual companies. By investing heavily in institutional capacity, knowledge, and skills, Sweden has created the capacity to take advantage of new opportunities and to adjust to changing conditions in the global market. The policy lessons from these experiences are clear. Countries aiming for growth and sustainable development—or just to maintain their relative competitiveness in the international market—need to invest continuously in institutional and human capacity. When opportunities arise or market conditions change, it is mainly the actors that have excess capacity who are able to respond positively to the changes.
Second, while the need for a welfare state was clear at an early stage of industrialization and development—to balance the increased risk and uncertainty when household-based production systems were replaced by urban industrial systems—it took a long time to construct a comprehensive welfare state. The development of the various components of the welfare state was gradual, and closely related to both needs and financial capacities. The earliest components of the welfare state, such as compulsory education and insurance schemes, were closely connected to the industrialization process itself: literacy, insurance for work-related accidents, and unemployment insurance are necessary for successful industrial development. Subsequent developments were largely driven by political pressures. The socialist revolutions in Eastern Europe after the First World War had a strong impact on the political climate in Sweden, and contributed to a stronger emphasis on the public provision of social welfare. The early welfare state was not very generous because of the limited financial resources of the state, but the level of benefits increased from the 1950s and onwards, as the rapidly growing economy made the country more prosperous. Later on, after the 1980s, changing demographic and economic conditions have mandated an adjustment in the opposite direction: benefit levels have been adjusted downwards because of the mismatch between limited tax revenues and increasing costs for health care and pensions.
(...) A third broad conclusion from the Swedish experience of growth and development. It is hard to overestimate the importance of social stability. Although the first decades of the 20th century were characterized by a struggle between labour and capital, it resulted in a broad political compromise that has survived to the present. The outcome has been an unusual degree of political stability, where the overall character of society is not likely to change much even if political power shifts from one of the main political parties to another. This stability, in turn, guarantees that the rules of the game are predictable and that the degree of uncertainty for long term investors is low".
Numa altura em que o Continente Africano volta, por boas razões, à agenda politica internacional, veja aqui a entrevista dada ao blog Next Billion por Todd Moss, Vice-Presidente do "think tank" norte-americano Center For Global Development e responsável nesta instituição pelo "The Emerging Africa Project", sobre os condicionalismos ao investimento e à boa governação em Àfrica.
George Soros, financeiro norte-americano de origem húngara, anunciou numa entrevista que tenciona doar cerca de 100 milhões de USD à organização não-governamental Human Rights Watch. Esta é a primeira de uma serie de iniciativas filantrópicas que Soros pretende desenvolver nos próximos tempos. Segundo o jornal New York Times "It is the largest gift he has made, the largest gift by far that Human Rights Watch has ever received, and only the second gift of $100 million or more made by an individual this year, according to the Center on Philanthropy at Indiana University (....) So far this year, Mr. Soros has donated about $700 million to various causes, including the gift to Human Rights Watch. His hedge fund, Quantum Endowment, grew 29 percent in 2009, earning him $3.3 billion in fees and investment gains."
Decorre nesta altura o Ramadão, mês sagrado para os muçulmanos de todo o ano e que constitui um dos pilares do Islão. Entre o nascer e o pôr-do-sol, os fiéis devem abster-se de comer, beber, fumar e ter relações sexuais.
Este ano, o Ramadão tem lugar do inicio de Agosto ao inicio de Setembro, pelo que as privações são particularmente difíceis, devido à onda de calor que cobre grande parte do Médio Oriente.
Durante o período em que vivi na Tunísia, passei em Tunis um Ramadão, e pude observar a grande diferença deste mês para os restantes meses do ano. Tudo muda nesta altura do ano, desde os comportamentos e hábitos das pessoas, até aos ritmos e horários de trabalho e de funcionamento de todo o tipo de estabelecimentos. Neste período, pede-se ao crente maior proximidade aos valores sagrados, uma leitura mais assídua do Alcorão, frequência das mesquitas e maior correcção pessoal e auto-domínio. É de facto um mês muito especial para os muçulmanos de todo o mundo e que culmina com o "Aid el-Fitr", celebração que marca o fim do jejum do Ramadão. Sinal da importância do Ramadão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido decidiu criar no seu site oficial uma página designada por "Living Ramadan" onde são relatadas experiências pessoais dos seus diplomatas acreditados em Embaixadas situadas em países muçulmanos. A não perder!
Veja aqui uma das últimas entrevistas concedidas por C.K. Prahalad, antes do seu recente falecimento, e que a "Strategy + Business" designou por "The Life’s Work of a Thought Leader".
A UNCTAD apresentou, no mês passado de Julho, a edição de 2010 do "World Investment Report", desta vez dando particular ao tema do "low carbon investment". Veja aqui uma síntese com as principais conclusões deste importante relatório e também os comentários ao mesmo realizados pelo "Private Sector Development Blog" da IFC-International Finance Corporation.
A não perder este artigo publicado na edição de 17 de Julho da revista "The Economist" sobre a politica de cooperação e desenvolvimento internacional do Brasil e designado "Brazil's foreign-aid programme: Speak softly and carry a blank cheque".
Acabei de receber a newsletter nº 6 da da Câmara de Comércio Polónia-Portugal (PPCC). Uma newsletter que recomendo a todos aqueles que pretendam iniciar negócios na Polónia, acompanhar a presença empresarial portuguesa ou tomarem conhecimento do que mais relevante se passa ao nivel da economia e dos negócios neste país da Europa central e Oriental. No entanto, neste número da newsletter da PPCC um assunto chamou-me particular atenção: a "survey" realizada conjuntamente por esta associação empresarial e pela consultora TPA Horwat junto das empresas polacas com capitais portugueses e que foi apresentada, em Varsóvia, no passado mês de Maio, numa conferência intitulada “The Forces Behind the Portuguese Investment in Poland”. O evento contou com a presença de destacadas personalidades, nomeadamente de Carlos Costa, na altura Vice-Presidente do Banco Europeu de Investimento e actualmente Governador do Banco de Portugal, Marta Gajecka, Vice-presidente do Banco Europeu de Investimento, Witold Orlowski, Chief Economist da PricewaterhouseCoopers, e um dos mais destacadas economistas polacos, e também de Pedro Silva, Presidente da PPCC e Director-Geral da Jerónimo Martins Polska. Mais uma excelente iniciativa da PPCC!
"Taking the first steps towards understanding, implementing and managing sustainability from a cost/profit perspective." Veja aqui a versão em pdf gratuita deste interessante livro da "European Foundation for Management Development".
"While China is recognised as one of the world's leading destinations for inward foreign direct investment, outward investment by Chinese companies has also taken off in recent years. This column presents survey data suggesting that, similar to western firms, Chinese companies tend to invest in well-developed countries with a large market size and a favourable institutional environment". Veja aqui o artigo.
"In 2009 the Baltic countries were hit by record recessions. Growth rates fell to -14% in Estonia, -18% in Latvia, and -15% in Lithuania. This column argues that structural adjustment towards the tradable sector is needed not only for a durable adjustment of their external position, but also for sustained growth in the long run – and sooner, rather than later". Veja aqui o artigo.
Luanda, capital de Angola, é a cidade mais cara para expatriados, de acordo com o estudo "Worldwide Cost of Living Survey" da consultora Mercer. Este estudo analisou 214 cidades nos 5 Continentes e pela primeira vez no Top 10 das cidades mais caras para expatriados surgem 3 metrópoles africanas, nomeadamente Luanda (1ª posição), Ndjamena (3ª), no Chade, e Libreville (7ª), no Gabão. O Top 10 inclui ainda 3 cidades asiáticas - Toquio (2º), Osaka (6º) e Hong Kong (partilha a 8ª posição) - e 4 cidades europeias - Moscovo (4ª), Genebra (5ª), Zurique (8ª) e Copenhaga (10ª).
Na passado dia 14 de Julho, no Europarque, em Santa Maria da Feira, e numa iniciativa do Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento (MEID) foram apresentadas um conjunto de 12 medidas de incentivo à execução do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional, incluindo a criação da linha de Crédito QREN-Investe e a disponibilização recursos significativos para Fundos de Capital de Risco. Estas medidas inserem-se na "Estratégia para a Aceleração da Execução de Projectos Empresariais no âmbito do QREN" e foram apresentadas perante uma plateia de empresários e gestores que acolheram com bastante agrado e satisfação este conjunto de importantes decisões no âmbito do QREN/Empresas. Como foi referido na referida sessão por responsáveis do MEID, pretende-se, fundamentalmente, com esta estratégia (i) facilitar o acesso ao crédito bancário por parte das empresas, (ii) disponibilizar novos fundos de capital de risco e de financiamento por "business angels" para a capitalização das empresas, (iii) simplificar procedimentos e (iv) criar condições para a rápida recuperação económica através de um maior incentivo à produção de bens transaccionáveis, serviços de valor acrescentado, I&D e à internacionalização.
A Fundação Robert Schuman acabou de publicar um estudo muito interessante de Thierry Chopin et Camille Lépinay denominado "L'influence des eurodéputés français au Parlement européen : état des lieux un an après les élections européennes". Neste trabalho, os autores concluem o seguinte: "Un an après les élections de juin 2009, le bilan est assez mitigé avec peu de progrès, certains reculs et des faiblesses réelles. Si les eurodéputés français sont mieux représentés au sein des commissions influentes, on doit noter un fort taux de renouvellement - qui a un impact négatif en termes de capacité à obtenir des postes de responsabilité - et l’absence d’eurodéputés français au sein du Bureau du Parlement européen ; par ailleurs, la légère augmentation du nombre de coordinateurs dissimule mal l’écart persistant avec celui des autres « grandes » délégations nationales ; en dernier lieu, le problème du cumul des mandats caractérise de manière singulière près de la moitié des eurodéputés français".
De acordo com este trabalho, e no inicio desta 7ª legislatura (2009-2014) do Parlamento Europeu, Portugal possui uma posição de influência confortável quando comparado com outros países da UE27 de idêntica dimensão. Nas 23 comissões parlamentares deste inicio de legislatura (2009-2010), Portugal teve a presidência da Comissão do Comércio Internacional, com a Alemanha a acumular o maior número de lideranças de comissões parlamentares (5 presidências), seguida da Itália (5), França (4), Reino Unido (3), Espanha (2), Finlândia (1), Polónia (1) e Suécia (1). Quanto ao número de coordenadores das 22 comissões parlamentares (a comissão sobre a crise internacional não foi incluída neste levantamento), a posição de Portugal também é relevante ao conseguir eleger 6 coordenadores, um número superior ao alcançado, por exemplo, por países como a Rep. Checa (5), Austria (4), Bélgica (4), Suécia (3), Hungria (3), Irlanda (3), Grécia (2) ou até mesmo a Polónia (5).
Do meu colega e amigo Octávio recebi um link sobre a apresentação realizada pela Volkswagen na feira Auto China'2010 do seu primeiro veículo de duas rodas construído sob o conceito "Think Blue". Esta bicicleta eléctrica designada por A "VW Bik.e" não tem pedais, é dobrável, tem travões de disco nas duas rodas e funciona com uma bateria que pode ser recarregada no próprio automóvel. Foi concebida para se encaixar perfeitamente no compartimento do pneu extra de um automóvel, sendo apresentada como um complemento da utilização deste. Ou seja, o condutor pode deixar o seu veículo num parque de estacionamento e utilizar esta bicicleta nas zonas de maior tráfego ou de acesso interdito a automóveis. As questões da mobilidade estão no top da agenda internacional! Mas será esta a próxima aquisição do Tiago?
Disputa-se hoje a 2ª volta das eleições presidenciais polacas entre os candidatos Jaroslaw Kaczynski, líder do principal partido de direita (PIS), e Bronislaw Komorowski, candidato da Plataforma Cívica (PO), partido do centro liberal que se encontro no poder em Varsóvia. Segundo as últimas sondagens vão ser eleições muito disputadas. Como se tem verificado, pelos menos desde a adesão do país à União Europeia, em 2004, defrontam-se, uma vez mais, duas "Polónias" bem diferentes do ponto de vista sociológico, politico e até económico: uma Polónia urbana, moderna, jovem, pró-europeia, cosmopolita, mais qualificações e com maior poder de compra, representada nesta eleição pelo candidato Bronislaw Komorowski; e uma Polónia rural, conservadora, eurocéptica, mais idosa, menos qualificada e mais ligada que a anterior aos valores e propostas da igreja católica, protagonizada neste acto eleitoral pelo candidato Jaroslaw Kaczynski. No entanto, e do ponto de vista do respectivo peso eleitoral, estas duas "Polónias" são muito semelhantes, o que torna difícil antecipar com alguma segurança um provável resultado eleitoral.
P.S. - Bronislaw Komorowski é o novo Presidente da Polónia. Conseguiu 53% dos votos expressos nesta disputa eleitoral contra 47% do candidato conservador Jaroslaw Kaczynski.
Maria Lurdes Rodrigues, ex-Ministra da Educação, vai lançar na Quinta-feira, na Livraria Almedina, em Lisboa, o livro "A Escola pública pode fazer a diferença" que faz uma análise das politicas educativas lançadas no período em que esteve à frente do Ministério da Educação (2005-2009). A apresentação desta obra contará com as intervenções do antigo Presidente da República, Mário Soares, e do médico e investigador, Manuel Sobrinho Simões.
Via blogue do FCO-Foreign Commonwealth Office (Reino Unido), tivemos onhecimento da criação da rede social "Diplodocus"("Ning Network") "for people doing international facing digital jobs for governments, whether in embassies, ministries of foreign affairs, or somewhere else.". Esta iniciativa foi implementada por Stephen Hale, "Head of Engagement, Digital Diplomacy" do FCO e insere-se num projecto mais vasto de utilização dos vários recursos da web para divulgar os objectivos gerais da politica externa do Reino Unido.
O "FT’s Emerging Africa Section" apresentou recentemente um gráfico interactivo sobre as tendências da governação em 53 países africanos, tendo por referência o "Mo Ibrahim Index". O "Mo Ibrahim Index" patrocinado pela Mo Ibrahim Foundation, instituição criada pelo Dr. Mo Ibrahim, milionário de origem sudanesa que fez fortuna no sector das telecomunicações, mede a qualidade da governação de acordo com 4 área fundamentais: "safety and rule of law", "participation and human rights", "sustainable economic growth" e "human development".
Veja aqui o estudo “Economic Development in Africa Report' 2010,” com o subtítulo “South-South Cooperation: Africa and the New Forms of Development Partnership”, elaborado pela UNCTAD.
O estudo "African Development Indicators' 2010" do World Bank vem chamar a atenção para a importância da chamada “corrupção silenciosa” (“quiet corruption”) – a falta de cumprimento por parte de funcionários públicos na prestação de bens ou serviços pagos pelo estado – que é, na opinião desta entidade multilateral de financiamento, um fenómeno generalizado e predominante em todo o continente africano que está a ter um efeito enorme sobre a população mais pobre e que terá consequências muito graves, a longo prazo, no processo de desenvolvimento económico e social deste continente.
Este trabalho aponta exemplos de alguns casos de "corrupção silenciosa" nos sectores da saúde, educação e agricultura:
a) "Um relatório de 2004 concluiu que 20% dos professores nas escolas primárias da zona rural do Quénia ocidental ausentam-se durante o horário escolar, enquanto no Uganda dois inquéritos revelaram taxas de absentismo dos professores de 27% em 2002 e 20% em 2007.
b) Um controlo deficiente a nível de produtores e armazenistas fez com que 43% dos fertilizantes analisados, e vendidos na África Ocidental durante década de 1990, não continham os nutrientes previstos, o que significa que eram basicamente ineficazes.
c) Segundo alguns estudos, mais de 50% dos medicamentos vendidos na Nigéria na década de 1990 eram contrafeitos.
d) Num estudo de observação directa de prestadores de cuidados de saúde no Uganda, a taxa de absentismo foi de 37% 2002 e de 33% em 2003."
Os especialistas do World Bank referem ainda que, apesar da maioria dos estudos sobre corrupção se debruçarem sobre casos que envolvem pagamentos de elevados subornos, a "corrupção silenciosa", embora de menor dimensão em termos monetários, é particularmente destrutiva para as populações mais pobres e vulneráveis e por isso mais dependentes dos serviços públicos para satisfazerem as suas necessidades mais básicas.
Em vésperas do inicio da fase final do Campeonato do Mundo de Futebol, Sandeep Mahajan, World Bank's Lead Economist for South Africa, coloca um interessante post no blogue End Poverty sobre as consequências deste grande evento desportivo para a economia sul-africana. Sandeep Mahajan conclui este post referindo que se nada de positivo de concretizar "...it doesn’t matter, because as Simon Kuper and Stefan Szymanski say in their book Soccernomics, hosting doesn’t make you rich, but it does make you happy.”
A Mota Engil anunciou mais uma aquisição na Polónia, desta vez a compra de 93% da empresa de construção PRD-M LUBLIN por cerca de seis milhões de euros. É a 2ª aquisição que a Mota Engil faz na zona de Lublin, depois de no inicio das suas operações no mercado polaco ter também adquirido uma outra empresa de construção civil situada nesta região oriental da Polónia, já próxima da fronteira com a Ucrânia. Como refere a imprensa de hoje, esta nova aquisição "está em linha com a estratégia da empresa", a que acrescentaríamos que segue também as principais tendências internacionais em termos de investimento estrangeiro na Europa Central e Oriental. Sobre esta dimensão relacionada com o mercado, ainda há dias a Câmara de Comércio e Industria Polaco-Alemã, sediada em Varsóvia, tornava públicos os resultados de uma "survey" realizada junto do universo das empresas polacas com capitais alemães que apontavam para o facto destas empresas continuarem a considerar o mercado polaco como o mais atractivo para o investimento directo estrangeiro na Europa Central e Oriental. Este estudo refere também que 86% dos empresários alemães tornava hoje a investir na Polónia devido, fundamentalmente, aos seguintes motivos/factores de atractividade do mercado: cumprimento dos prazos de pagamento, qualificação da mão de obra, estabilidade do sistema legal, dimensão do mercado e da procura interna, custos da mão-de-obra e qualidade do sistema de ensino superior.
Veja também aqui uma síntese das relações económicas e empresariais polaco-alemãs preparada pelo meu ex-colega Michael Hausler, Conselheiro Económico e Comercial da Embaixada da Alemanha em Varsóvia.