Depois da recente eleição no Presidente do Banco Mundial, vai ser escolhido, próximos dias 18 e 19 de Maio, o próximo Presidente do BERD-Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, instituição financeira internacional, com sede em Londes. O BERD foi fundado, em 1991, com o objectivo de apoiar a transição para a economia de mercado dos antigos países comunistas da Europa Central e Oriental. Hoje o BERD tem 63 países accionistas, entre os quais Portugal, e alargou a sua intervenção aos países da Ásia Central e mais recentemente também a alguns países do Norte de África e Próximo Oriente, nomeadamente Tunísia, Marrocos, Egipto e Jordânia.
Os candidatos à presidência do BERD são:
- Bozidar Djelic (ex-Vice-Primeiro-Ministro da Sérvia);
- Jan Krzysztof Bielecki (ex-Primeiro Ministro da Polónia);
- Philippe de Fontaine Vive Curtaz (Vice-Presidente do Banco Europeu de Investimento, e de nacionalidade francesa);
- Suma Chakrabarti ("Permanent Secretary" no Ministério da Justiça do Reino Unido);
- Thomas Mirow (actual Presidente do BERD, de nacionalidade alemã).
Diversos observadores têm vindo a abordar a necessidade deste processo ser mais aberto, transparente e baseado no mérito dos candidatos, como, aliás, se chamou também a atenção no caso da eleição para o cargo de Presidente do Banco Mundial. Até agora a presidência desta instituição tem sido dominada pelo Eixo Franco-Alemão, tendo tido 3 presidentes de origem francesa - Jacques Attali/1991-1993; Jacques de Larosière/1991-1998 e Jean Lemierre/2000-2008 - e dois de origem alemã - Horst Köhler/1998-2000 e Thomas Mirow/2008-Até ao presente. Será que é desta vez que o BERD vai ter um Presidente fora do Eixo Franco-Alemão?