Pela primeira vez desde a sua função o BERD - Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento vai ter um Presidente que não é nem alemão, nem francês. Um tanto surpreendentemente, o britânico Sir Suma Chakrabarti (na foto), um especialista em questões de desenvolvimento e cooperação internacional, foi eleito, na Sexta-feira, Presidente do BERD. Na mesma Assembleia Geral do BERD, foi decidido a criação de um fundo especial no valor de mil milhões de euros para apoiar as operações em quatro democracias árabes emergentes: Egipto, Tunísia, Marrocos e Jordânia. Neste quatro países, o BERD vai concentrar a sua actuação "sur le développement du secteur privé, la croissance des petites et moyennes entreprises, l'amélioration des services municipaux, le développement de secteurs financiers stables et l'amélioration des services de fourniture d'énergie". A prazo, o BERD poderá vir a investir cerca de 2,5 mil milhões de euros por ano nestes quatro países, sem diminuir o seu envolvimento nos países da Europa Central e Oriental e na Ásia em que opera actualmente.
Portugal faz parte do grupo de accionistas do BERD e tem um representante na administração executiva da instituição que é actualmente Abel Mateus (substituiu João Cravinho). O alargamento da intervenção do BERD ao Egipto, Tunísia, Marrocos e Jordânia poderá abrir, a curto-médio prazo, oportunidades claras de negócios para as empresas portuguesas, algumas delas já presentes nos referidos países, sobretudo em Marrocos e na Tunísia.