Depois da Estónia, em 2011, e da Letónia, em 2014, a Lituânia é, desde hoje, o último país Báltico a aderir à Zona Euro. A entrada da Lituânia na Zona Euro decorre numa altura de grande tensão entre a Rússia e os Países Bálticos (antigas repúblicas da União Soviética), e constitui mais uma etapa no processo de integração deste país a Ocidente (por contraponto ao facto de anteriormente pertencer ao chamado Bloco de Leste), depois da adesão, em 2004, à União Europeia e à NATO. Por ora, e de acordo com uma sondagem do Eurobarómetro de Dezembro de 2014, 63% da população lituana tem uma posição favorável à mudança de moeda e às consequências decorrentes desta opção, numa altura em que a economia lituana revela já sinais de se encontrar familiarizada com esta nova moeda (mais de 70% dos empréstimos bancários das empresas e das famílias são realizados em Euros). Por outro lado, cerca de 50% das exportações lituanas já são destinadas aos países da União Europeia, tendência que se está a consolidar, depois da crise russa de 1998 ter forçado grande parte das empresas lituanas a reorientarem as suas prioridades em termos de mercados de exportação. No entanto, a Rússia continua a ser o primeiro cliente (19,8% do total, em 2013) e o primeiro fornecedor (28,1% do total, em 2013) da Lituânia. Mas a evolução da situação na Rússia deverá continuar a ser acompanhada com muita atenção pelas autoridades deste país de 3 milhões de habitantes (dos quais cerca de 5% são de origem russa), que adquire actualmente a totalidade das suas necessidades de gaz à Rússia, que viu recentemente algumas das suas empresas agrícolas impedidas de exportarem os seus produtos para este mercado na sequência do embargo russo a um conjunto de produtos agrícolas europeus, mas que quer continuar a reforçar ao seu posicionamento no âmbito da União Europeia e da NATO.