Como já aqui havíamos dado conta, o Banco Africano
de Desenvolvimento (BAD) vai deixar a sua sede provisória em Tunis (Tunisia),
depois de ali ter permanecido cerca de 10 anos, e voltar a Abdijan (Costa do
Marfim). Este processo de relocalização já foi iniciado há alguns meses e
espera-se que fique concluído até finais de Novembro de 2014. Com esta mudança
cerca de 1500 dos 2000 funcionários desta instituição, e respectivas famílias
(estima-se um total de 5000 pessoas), vão voltar a Abidjan. Para os funcionários
que não pretendam regressar a Abidjan, cerca de 8% do número total de
colaboradores, e que irão abandonar o BAD, foi preparado um pacote de indemnizações para fazer face a esta
situação. Mas esta mudança do BAD do Magrebe para a África Ocidental não traz apenas importantes consequências para os colaboradores da instituição. Os efeitos desta decisão são também muito relevantes para as economias das duas
cidades, Tunis e Abidjan, e diria até para as economias dos dois países, e para as aparelhos diplomáticos dos países que costumam acompanhar com mais atenção a
actividade da mais importante instituição financeira internacional com intervenção em
África. Em relação a esta última dimensão são já vários os países que estão a
estudar o reforço da sua presença diplomática, na área económica e comercial, em
Abidjan ou a avaliarem que tipo de presença institucional deverão passar a ter
na Costa de Marfim, de modo a poderem seguir de perto a actividade do BAD.