segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Portugal, o Mar e os portos portugueses



Nos últimos tempos, a temática do Mar tem suscitado a realização de diversas iniciativas que, em termos gerais, pretendem despertar e sensibilizar a sociedade civil e as entidades oficiais para as potencialidades que este importante recurso pode trazer para o desenvolvimento económico de Portugal. Tem vindo a concluir-se que há muito trabalho para fazer e que é necessária uma parceria forte e eficaz entre o sector público e o privado para que se possam obter os melhores resultados na exploração da chamada "fileira do mar". Sinal do muito que há para fazer nesta área são os dados agora publicados pelos Serviços de Estatística da Comissão Europeia sobre o movimento dos portos nos países da União Europeia. Com efeito, nenhum porto nacional figura no "Top-20 Container Ports in 2010 (on the basis of volume of containers handled)", nem no "Top-20 Cargo Ports (on the basis of gross weight of goods handled)", apesar de Portugal dispor da maior região marítima da União Europeia. Nos dois casos,  a liderança é ocupada pelo porto de Roterdão (Holanda), seguido dos portos de Antuérpia (Bélgica) e de Hamburgo (Alemanha). Nos dois rankings, os portos espanhóis estão bem posicionados: no "Top-20 Container Ports", surgem os portos de Valência (5º lugar), Algeciras (8º), Barcelona (10ª) e Las Palmas (14º); no "Top-20 Cargo Ports" aparecem os portos de Algeciras (7º) e Valência (9º). São sinais da dimensão da nossa economia e do volume das trocas comerciais de Portugal com o exterior, mas também da relativa "periferia económica" dos portos portugueses. Como é que se poderá alterar esta situação?