Fonte: The Economist
Num artigo recente a revista The Economist, chamava a atenção para a forte presença e envolvimento de 3 bancos estrangeiros - o Unicredit (Itália), Raiffensein Bank International (Áustria) e Erste (Áustria) - em diversos países da Europa Central e Oriental. Estes bancos iniciaram e/ou reforçaram as suas operações nesta região, logo após a queda do muro de Berlim, em 1989, souberam aproveitar e beneficiar das oportunidades de negócios que surgiram nos últimos anos e têm hoje uma enorme margem de progressão e de expansão devido ao potencial de crescimento dessas economias e às baixas taxas de bancarização existentes na Europa Central e Oriental. Mas não deixa de ser interessante constatar, apesar da proximidade geográfica e do peso das relações históricas, a forma muito hábil e inteligente como os sucessivos governos austríacos, acompanhados pelas suas empresas e associações empresariais, não tiveram dúvidas sobre o interesse estratégico da Europa Central e Oriental e como mobilizaram, no momento correcto, recursos e incentivaram a realização de investimentos, quando outros tinham outras prioridades e/ou algum receio sobre os caminhos que estes países iriam seguir.
No caso português, existem 3 bancos com investimentos na região - Millennium/BCP, BES e Banif Mais - que têm apoiado a presença empresarial portuguesa nesta região e contribuído para a colocação de alguns deste países, sobretudo a Polónia, Hungria, Eslováquia e Roménia, na agenda de internacionalização dos empresários nacionais.