Por diversas vezes neste blogue (ver Etiquetas, separador "Diásporas"), tive a oportunidade de chamar a atenção para a necessidade das autoridades portuguesas definirem uma estratégia de envolvimento activo da diáspora portuguesa no âmbito da política externa nacional, sobretudo na sua vertente económica e comercial. Por isso, saúdo e registo com especial satisfação o anúncio da criação do Conselho da Diáspora Portuguesa. Trata-se de uma excelente iniciativa que pretende envolver os mais
destacados elementos da diáspora portuguesa
numa estratégia de aumento da visibilidade e credibilidade da imagem de Portugal no exterior e de reforço da capacidade de "lobby" portuguesa nos diversos países de acolhimento da nossa emigração. Recordo, no entanto, que a 21 de Julho de 1999, o ICEP (actual AICEP) e a Confederação Mundial dos Empresários das Comunidades Portuguesas (actual, Confederação Internacional dos Empresários Portugueses), constituiram a chamada Rede de Conselheiros para a Internacionalização da Economia Portuguesa (RCIEP) que já incorporava alguns dos objectivos hoje anunciados para o Conselho da Diáspora Portuguesa. No âmbito desta estrutura, foram nomeados por sucessivos governos, como Conselheiros para a Internacionalização da Economia Portuguesa, alguns dos mais destacados gestores e empresários da diáspora portuguesa que, de um modo geral, se envolveram de uma forma bastante determinada e profissional nesse projecto (tive a oportunidade de acompanhar de perto o trabalho de excelência desenvolvido pelo grupo de Conselheiros no mercado da Polónia). Por isso, espero que este antigo "network" venha a ser envolvido na iniciativa agora anunciada que julgo que deverá ter, claramente, uma maior abrangência, e que seja também aproveitada toda a experiência adquirida no projecto RCIEP que teve "momentos altos" mas que, por vicissitudes várias, acabou por perder dinamismo e vitalidade.
P.S. - Sobre este assunto veja também o post "Portugal, um país sem mulheres ilustres" no blogue Vistas Largas.
P.S. - Sobre este assunto veja também o post "Portugal, um país sem mulheres ilustres" no blogue Vistas Largas.