quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Investir na Guiné-Bissau


Depois de um longo período de instabilidade politica e militar, a bonança parece estar a chegar à Guiné-Bissau. Pelo menos, o Banco Mundial revela algum optimismo em relação às melhorias observadas no ambiente local de negócios e nas condições existentes para a criação e desenvolvimento da actividade empresarial. Para além da relativa estabilidade governativa que o país atravessa e do interesse das autoridades em promoverem o desenvolvimento do sector privado guineense, parte da referida mudança está também relacionada com a actividade realizada pelo CFE – Centro de Formalização de Empresas, entidade que funciona como uma “one stop-shop” para o registo de empresas e que foi criada com o apoio, e beneficia da assistência técnica, do Banco Mundial, IFC, PNUD e Banco Africano de Desenvolvimento. No último relatório “Doing Business´ 2012”, elaborado pelo  Banco Mundial, a Guiné-Bissau foi considerada “among the 10 most improved economies in África this year”, tendo passado da posição 181 para a posição 176 no referido ranking. Para além disso, o “Doing Business’2012” destaca também as reformas efectuadas ao nivel da legislação económica e comercial e a redução do número de procedimentos (de 17 para 9 procedimentos) e de dias para a criação de uma empresa (de 216 para 9 dias) neste país africano. São progressos significativos e imprescindíveis para o desenvolvimento do sector privado da Guiné-Bissau que não estarão a passar despercebidos em Portugal e que poderão (re) estimular o interesse das empresas nacionais por este país, como, aliás, se constata com a partida para Bissau, no inicio desta semana, de uma missão empresarial organizada pela AIP– Associação Industrial Portuguesa.