Num estudo realizado recentemente na Bélgica pela DHL e pela UNIZO (organização empresarial de profissionais liberais e pequenas e médias empresas) junto de 500 PME's com menos de 200 trabalhadores, constatou-se que cerca de 85% das empresas têm actividades de exportação ou de importação, direccionadas, fundamentalmente, para os seguintes mercados/regiões geográficas: França (74%), Alemanha (46%), Holanda (44%), África (10%), Ásia/Oceânia (10%), Médio Oriente (6%) e América do Norte (5%). A Bélgica, tal como a Holanda, são pequenos países com uma grande vocação exportadora e são hoje dois dos principais "traders" globais, No entanto, e numa altura em que lá, como cá, se aposta na abordagem de mercados extra-comunitários, caracterizados por fortes índices de crescimento e grandes oportunidades de negócios, cerca de 35% das empresas belgas inquiridas encontram nesses países diversas barreiras, nomeadamente ao nível dos procedimentos alfandegários de importação/exportação, para além de outros obstáculos não formais. Por isso, é neste tipo de mercados que os dispositivos públicos de diplomacia comercial são, e tenderão a ser, mais procurados pelas empresas, sobretudo pelas PME's, e em que deverão estar devidamente ajustados aos fluxos e às características dessa procura empresarial.