O EUROSTAT acaba de publicar um conjunto de dados, referentes a 2015, sobre a posição das pequenas e médias
empresas (PME’s) no comércio de bens no espaço da União Europeia. Este trabalho
indica que as PME’s (empresas com menos
de 249 trabalhadores) representam 44,6% das exportações intra-europeias em
valor, enquanto as grandes empresas (+ de 250 trabalhadores) são responsáveis por 55,4%. Já no que se refere às importações, as PME´s têm um peso de 50,9% e as grandes empresas contribuem com 49,1%.
Em 5 países da União Europeia, as
PME’s geram mais de 2/3 do valor total
das exportações de bens no espaço intra-europeu: Chipre (88,1%), Letónia (81,2%),
Bélgica (70,2%), Estónia (68,1%) e Holanda (66,5%). Em sentido oposto, com as PME’s a
representarem menos de 1/3 do valor das exportações de bens no interior da
União Europeia, temos países como a França (21,4%) - o valor mais baixo dos países
da União Europeia e onde a posição das grandes empresas é dominante -, Alemanha
(26,1%), Eslováquia (29,9%) e Irlanda (32,3%).
Do lado das importações, num
grande maioria dos países membros da União Europeia, pelo menos metade das
importações em valor intra-europeias são realizadas por PME’s. Destacam-se
neste âmbito as importações realizadas pelas PME’s da Letónia (84,6% do total),
Chipre (81,5%), Estónia (78,6%), Lituânia (78%) e Malta (76,6%).
No caso de Portugal, as PME’s
asseguram 56% das exportações de bens, em valor, do país para o espaço da União
Europeia enquanto as importações realizadas pelas PME’s têm um peso de 70,8%, o
que permite evidenciar o papel muito relevante que estas empresas ocupam (também)
ao nível do comércio externo nacional.