As estratégias de investimento no estrangeiro das empresas chinesas são fortemente influenciadas pela dimensão e pelo potencial de crescimento dos mercados, de acordo com um estudo realizado junto de 140 executivos chineses por Bala Ramasamy, professor na CEIBS - China Europe International Business School (Shangai). Outros factores determinantes na escolha de mercados externos por parte de investidores chineses estão relacionados com a existência de boas relações políticas e diplomáticas com a
China e de acordos comerciais bilaterais, de níveis reduzidos de corrupção, de
boas infra-estruturas tecnológicas e de facilidades de natureza fiscal e
aduaneira. Estes dados têm particular significado num momento em que a China tem
um papel cada vez mais relevante enquanto investidor internacional, como revelam
os dados do “World Investment Report’2014”. Com efeito, em 2013, o investimento
directo no exterior (IDE) da China ultrapassou, pela primeira vez, os 100 mil
milhões de USD, representando 18,1% do IDE global e ocupando um lugar preponderante em algumas economias do Sudeste Asiático, África e América Latina. Para
as empresas portuguesas, e sobretudo para aquelas com maior envolvimento nos mercados internacionais, o reforço da posição da
China (também) como actor e emissor global de investimento directo estrangeiro traz crescentes oportunidades, mas também algumas ameaças. Para que possam tirar os maiores benefícios desta incontornável situação, as empresas portuguesas deverão ser capazes de perceberem as consequências destas macro tendências e de estabelecerem, face a situações concretas, estratégias de colaboração ou de reposicionamento empresarial, principalmente, nos mercados mais relevantes para a oferta portuguesa de bens e serviços, não esquecendo naturalmente o mercado doméstico.
Tendências, estratégias e negócios em mercados internacionais. Globalização, comércio e investimento internacional. Desenvolvimento e cooperação internacional. E outras coisas mais.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
Finlândia e América Latina
Via blogue EcoAmericano do jornal espanhol El País uma análise muito oportuna de Alejandro Rebossio sobre as relações económicas da Finlândia com os países da América Latina. Em 2013, e pela primeira vez, o governo finlandês estabeleceu um plano de actuação específico para esta região do Continente americano onde já estão instaladas cerca de 160 empresas de capitais finlandeses. O stock de investimento finlandês na região já atingiu um montante de 6 mil milhões de euros. Como se constata, até países com poucas afinidades históricas e culturais com a América Latina, como é do caso da Finlândia, estão a apostar no incremento das relações económicas e comerciais com esta região devido, fundamentalmente, às oportunidades de negócios existentes nos mercados latino-americanos. Face a esta tendência e a este tipo de desafios que surgem num contexto de alguma instabilidade económica e política na União Europeia, vai ser particularmente interessante perceber qual vai ser a "reacção" de alguns dos parceiros históricos e tradicionais dos países da América Latina. Referimo-nos a Portugal e a Espanha, cada um deles com os respectivos interesses, mas com níveis de envolvimento e de compromisso diferentes.
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