Por diversas vezes já tivemos oportunidade de chamar atenção neste bloque (veja por exemplo aqui) para o crescente protagonismo internacional da economia e das empresas turcas. A Turquia é hoje uma das principais economias emergentes mundiais e está a alargar a sua zona de expansão e influência para diversos países do Norte de África, Próximo e Médio Oriente e Ásia Central. E agora também para a Polónia. De acordo com esta noticia, a companhia aérea estatal turca - Turkish Airlines - está interessada em adquirir a sua congénere polaca - Lot Polish Airlines. A Lot é uma das maiores companhias de aviação da Europa Central e Oriental e, desde 2009, tem vindo a atravessar algumas dificuldades financeiras.
Tendências, estratégias e negócios em mercados internacionais. Globalização, comércio e investimento internacional. Desenvolvimento e cooperação internacional. E outras coisas mais.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Wine Books of the Year
Via blogue The Wine Economist, a informação de que os livros Wine Wars , de Mike Veset, e In Search of Pinot Noir, de Benjamin Lewis, foram nomeados para o prémio "wine books of the year 2011", por Paul O’Doherty, "book reviewer" no site da jornalista Jacis Robinson (JancisRobinson.com), uma referência mundial na análise e critica de vinhos.
Português entre as personalidades mais influentes na Polónia
O jornal polaco Gazeta Prawna acaba de anunciar o seu ranking anual das "50 personalidades mais influentes na Polónia", este ano liderado por Jacek Rostowski, ministro das finanças polaco. Mas neste ranking, surge, desta vez, um português, na 19ª posição. Trata-se de Pedro Pereira da Silva, Country Manager do Grupo Jerónimo Martins na Polónia. Um reconhecimento público pelo excelente trabalho que vem vindo a desenvolver na Polónia. Em 13 anos, a cadeia de "discount" Biedronka, adquirida em 1998 pelo Grupo Jerónimo Martins, passou de 240 lojas para 1 870 lojas e, em 2011, facturou cerca de 5,8 mil milhões de euros, o que representou um crescimento de cerca de 20% relativamente ao ano de 2010.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Rússia: um mercado cada mais relevante para as empresas polacas
O crescimento da economia polaca, a crise que afecta os países da Europa Central e a significativa melhoria das relações politicas e diplomáticas entre a Polónia e a Rússia são factores que estão a potenciar o crescimento das relações económicas russo-polacas. De acordo com o Instituto de Estatística Polaco (GUS), nos primeiros 11 meses de 2011, as exportações polacas para a Russía cresceram 23,8%, em comparação com o período homólogo do ano anterior. No mesmo período, as vendas polacas para os países da UE27 cresceram 11,4%, enquanto que para a Zona Euro registaram um aumento de 9,9%. Estes dados indiciam, claramente, que existe uma vasta área de expansão e de penetração económico-comercial para as empresas polacas no Leste do Continente Europeu, nomeadamente na Rússia, Ucrânia, Bielorússia e países Bálticos, e até em alguns países da Ásia Central.
Portugal/Golfo Pérsico: Depois da abertura de representações diplomáticas, segue-se o estabelecimento de ligações aéreas regulares
Depois da recente abertura das representações diplomáticas de Portugal nos Emirados Arábes Unidos e no Qatar (até há pouco, Portugal apenas tinha uma representação diplomática na Arábia Saudita), a TAP vai passar a ter rotas regulares para Abu Dhabi (na foto), nos Emirados Árabes Unidos, a partir de Lisboa, Porto e Faro. Este enquadramento institucional e a existência de ligações aéreas directas com estes países são factores que poderão impulsionar, de um forma decisiva, o relacionamento económico de Portugal com as monarquias do Golfo, ao nível das exportações, da captação de investimento estrangeiro e até do turismo.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Depois do México, Portugal é o país com maior número de filiais de empresas espanholas
O Instituto Nacional de Estatística de Espanha publicou recentemente um interessante relatório, designado "La Empresa en el Mundo Global: Estadísticas sobre Empresas Filiales", sobre o investimento espanhol no exterior e o investimento estrangeiro em Espanha. Abaixo destacamos algumas das conclusões que nos pareceram mais relevantes deste estudo:
Em termos de investimento espanhol do exterior, e segundo o INE Espanhol, existiam, em 2009, cerca de 4 132 empresas espanholas instaladas no exterior, das quais 49,4% nos países da União Europeia e 40,7% na América. O país com maior numero de filiais de empresas espanholas é o México (9,5% do total e representando 391 empresas), seguido de Portugal (8,7%/359 empresas), EUA (8,3%/341 empresas), Reino Unido (8,1%/333 empresas) e França (6,6%/274 empresas).
No que se refere ao volume de negócios, as filiais de empresas espanholas no exterior alcançaram, em 2009, o valor de 159 800 milhões de euros. Em termos sectoriais, o contributo para este volume de negócios é liderado pela industria (34,4%), seguido dos serviços (29,3%) e do comércio (27,4%). O maior volume de negócios das filiais espanholas do sector industrial tem origem nos países do Continente Americano (59,4), enquanto os países da Zona Euro concentram mais de metade do volume de negócios das filiais do sector do comércio.
Em relação ao investimento estrangeiro em Espanha, e segundo a mesma publicação, estavam instaladas em Espanha, em 2009, cerca de 8 064 empresas filiais de empresas estrangeiras nos sectores da industria, comércio e serviços. Estas empresas empregavam mais de 1 milhão de trabalhadores, o que representa cerca de 10,9% do total de postos de trabalho nos referidos sectores.
O principal país de origem das filiais de empresas estrangeiras em Espanha, em termos de número de empresas, é a Alemanha (15,8% do total), seguida da França (13,9%), EUA (12%), Holanda (11,8%) e Reino Unido (9,3%). Em termos de volume de negócios, lideram as filiais de empresas francesas (23,8%), logo seguidas das empresas com capitais da Alemanha (14,2%), EUA (12%), Reino Unido (9,6%) e da Holanda (9,2%).
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
A relevância das agências de promoção e captação de investimento estrangeiro: o caso da "Invest in Bogota"
Figure: Bogota, Colombia # of inbound FDI projects (cumulative)
by targeted and non-targeted sectors between 2003-2011
Source: fDi Markets Database, Authors Calculations
A captação de investimento directo estrangeiro (IDE) está hoje no topo da agenda de decisores políticos e empresariais. Na execução e implementação das políticas nacionais de promoção e captação de IDE assumem especial relevo as agências de promoção de investimento. Mas se há uns anos atrás a actividade destas instituições passava mais ou menos despercebida, hoje a sua acção está muito mediatizada e sujeita ao escrutínio público por parte de dirigentes políticos, empresários, jornalistas e opinião pública em geral. Este facto reforça a necessidade de se procederem a avaliações periódicas sobre o desempenho destas organizações e o seu contributo para a captação de projectos de IDE, como aquela que está a ser realizada na Invest in Bogota, agência de promoção de investimento da cidade de Bogotá, capital da Colômbia (Lisboa tem uma agência semelhante, designada por InvestLisboa), por Ku Hornberger, economista do Banco Mundial. Os resultados desta investigação indicam que desde a criação da Invest Bogota, em Setembro de 2006, triplicaram o número de projectos de IDE instalados em Bogota, sobretudo nos sectores identificados como prioritários pelos responsáveis desta agência (cf. quadro acima). Hoje estão instaladas, em Bogota, cerca de 1 205 empresas multinacionais, fundamentalmente na área da hotelaria, logística, BPO/Call Center e indústria transformadora, tendo a Invest Bogota intermediado, desde 2006, mais de 280 milhões de USD de IDE que geraram cerca de 3600 empregos. Em síntese, e de acordo Kusi Hornberger, “…when done proactively with sector focus and a high level of professionalism, government or private sector investment promotion activities can impact economic development by helping to increase the flow of productivity-enhancing FDI and jobs into a location.”
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