quarta-feira, 9 de julho de 2014

Encerramento do CDE – Centro para o Desenvolvimento da Empresa (Bruxelas)

aqui, aqui e aqui havíamos abordado o tema CDE – Centro para o Desenvolvimentoda Empresa, herdeiro do CDI – Centro para o Desenvolvimento Industrial, instituição conjunta do Grupo de Estados ACP (África, Caraíbas e Pacifico) e de União Europeia, criada no âmbito do Acordo de Cotonou, e que tem por missão principal o desenvolvimento do sector privado dos países ACP. Foi uma instituição que teve um papel relevante em Portugal, nos anos 90 e no inicio deste século, no estímulo e na criação de condições para a internacionalização de diversas empresas portuguesas para os países ACP, e principalmente para os países da África Subsaariana. Mas no passado dia 18 de Junho de 2014, e tendo em atenção “the various initiatives to restore the CDE to proper working order did not yield the desired results .... (and) the European Union’s desire to proceed with the revision of Annex III of the Cotonou Agreement and the ordered closing of the CDE”,  o Conselho de Ministros dos Países ACP, reunido em Nairobi, decidiu encerrar o Centro para o Desenvolvimento da Empresa  e avançar com a criação de  “a light structure capable of adequately responding to the needs of the ACP private sector while safeguarding the CDE's gains and best practices”. É um nova fase que vai iniciar no apoio ao sector privado, no âmbito da parceria ACP-UE, existindo alguma expectativa sobre o tipo de prioridade que vai dada a este assunto.

Alan Rugman (1945-2014)


Actualmente desempenhava as funções de Director da área de “International Business & Strategy” e de “Founding Fellow” do The John Dunning Centre for International Business da Henley Business School/University of Reading (Reino Unido). Foi professor em várias universidades europeias e e da América do Norte e publicou um largo e diversificado número de livros e de artigos onde, entre outros assuntos, analisou as estratégias e o desempenho das empresas multinacionais. O Prof. Rugman foi também Presidente da Academy of International Business (2004-2006) e “Fellow da Royal Society of Arts” e um dos 10 autores mais citados na área do “International Business”. Deixa uma grande saudade também para todos aqueles que vinham acompanhando a sua obra!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Implicações da mudança do Banco Africano de Desenvolvimento para Abidjan (Costa do Marfim)

Como já aqui havíamos dado conta, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai deixar a sua sede provisória em Tunis (Tunisia), depois de ali ter permanecido cerca de 10 anos, e voltar a Abdijan (Costa do Marfim). Este processo de relocalização já foi iniciado há alguns meses e espera-se que fique concluído até finais de Novembro de 2014. Com esta mudança cerca de 1500 dos 2000 funcionários desta instituição, e respectivas famílias (estima-se um total de 5000 pessoas), vão voltar a Abidjan. Para os funcionários que não pretendam regressar a Abidjan, cerca de 8% do número total de colaboradores,  e que irão abandonar o BAD, foi preparado um pacote de indemnizações para fazer face a esta situação. Mas esta mudança do BAD do Magrebe para a África Ocidental não traz apenas importantes consequências para os colaboradores da instituição. Os efeitos desta decisão são também muito relevantes para as economias das duas cidades, Tunis e Abidjan, e diria até para as economias dos dois países, e para  as aparelhos diplomáticos dos países que costumam acompanhar com mais atenção a actividade da mais importante instituição financeira internacional com intervenção em África. Em relação a esta última dimensão são já vários os países que estão a estudar o reforço da sua presença diplomática, na área económica e comercial, em Abidjan ou a avaliarem que tipo de presença institucional deverão passar a ter na Costa de Marfim, de modo a poderem seguir de perto a actividade do BAD.